Propaganda anticristã, antifamília tradicional e anti-Israel causa tragédias

Propaganda anticristã, antifamília tradicional e anti-Israel causa tragédias


Recentes atentados nos EUA contra judeus, católicos e apologista evangélico são exemplos desse tipo de propaganda em suas mentes perturbadas

Uma série de atentados recentes nos Estados Unidos tem evidenciado os efeitos nefastos da propaganda anticristã, antifamília tradicional e anti-Israel no Ocidente nos últimos anos. Em 10 de setembro, o apologista evangélico e ativista político conservador norte-americano Charlie Kirk, 31 anos, do programa de rádio e internet Turning Point USA, que se destacou nos últimos anos na guerra cultural nos Estados Unidos, combatendo o ateísmo, o aborto e a ideologia de gênero, e defendendo a cosmovisão cristã através de palestras e debates com jovens em universidades nos Estados Unidos e na Europa, foi assassinado com um tiro no pescoço durante um evento de debate que ele promovia na Universidade de Utah Valley, nos EUA, para milhares de jovens.

Duas semanas antes, em 27 de agosto, um jovem de 23 anos disparou uma arma contra crianças que estavam em uma reunião religiosa na Igreja da Anunciação, no sul de Minneapolis, capital do estado de Minnesota, nos Estados Unidos. As crianças, que estavam retomando suas aulas após as férias escolares, eram alunas de uma escola católica localizada ao lado da igreja e estavam participando de uma missa que celebrava a semana da volta às aulas. De acordo com as autoridades, foram confirmadas três mortes, dentre elas de duas crianças - um menino de Oito anos e uma menina de dez anos. Outras 17 pessoas ficaram feridas, sendo 14 delas menores de idade, e duas estavam em estado crítico até o fechamento desta matéria. Segundo o relato, o atirador se matou após o atentado.

O detalhe desse terrível atentado, e que tem sido abafado por grande parte da mídia tradicional, é que o atirador era um rapaz transsexual declaradamente antissemita e anticristão. Vídeos aterrorizantes do jovem circularam nas redes sociais ainda no dia do atentado, com o conteúdo deles sendo confirmado pelas autoridades como sendo realmente dele. Neles, aparecem planos para o ataque, um desenho do rosto de Jesus crucificado sendo usado como alvo para tiros, um desenho da igreja sendo golpeado pelo atirador com um punhal, símbolos do movimento LGBT e cartuchos da arma trazendo as seguintes mensagens em inglês: “Onde está o seu Deus?”, “F* este mundo. Pulverize Deus. Odeio você[s]”, “E* tudo o que vocês representam”, “Israel deve cair”, “Feito no sofrimento e ódio” (frase acompanhada com onomatopeias de riso), “Sou o acordador (woker), bebê. Por que você está tão sério?”, “Para as crianças” (frase também acompanhada com onomatopeias de riso), “6 milhões não foram o bastante” (numa alusão aos judeus mortos pelo nazismo), “Matem Trump agora!” etc.

Ninguém está afirmando aqui, com base no caso desse jovem, que pessoas que se dizem com transtorno de gênero são potenciais assassinos ou agressores. Isso seria uma generalização. O ponto em foco é que esse jovem em específico cometeu um crime bárbaro contra crianças em uma igreja motivado declaradamente, assumidamente, por uma série de retóricas anticristãs, antissemitas e antifamília tradicional que têm sido disseminadas constantemente nos últimos anos na própria mídia secular e em redes sociais. A sua mente perturbada era uma síntese de todas essas propagandas distintas que têm um ponto em comum: uma aversão aos valores judaico-cristãos que fundaram a civilização ocidental. Além de essas retóricas consistirem em discursos que se chocam contra as bases da nossa civilização, infelizmente elas também têm levado algumas mentes mais fracas a cometerem atrocidades em nome dessas bandeiras antivalores.

Desintegração de lares devido à ideologia de gênero

Recentemente, o site de notícias cristãs The Christian Post fez uma matéria sobre depoimentos tocantes de irmãos de pessoas que se identificam como transgêneros. Esses depoimentos foram vinculados em um episódio recente do podcast norte-americano Generation Indoctrination (“Geração Doutrinação”), do apresentador Brandon Showalter, que resolVeu dar voz a essas pessoas que são muitas vezes ignoradas no debate cultural sobre ideologia de gênero: os familiares. A matéria foi publicada no site em 1 de setembro.

Os depoimentos trazidos ao programa vieram de pessoas dos Estados Unidos e outros países, dentre eles a Austrália. Showalter observou em seu programa que “o acerto de contas cultural que Ocorreu na Inglaterra e nos Estados Unidos ainda não se desenrolou na Austrália (...) e tem sido uma jornada tremendamente solitária para as famílias australianas sofredoras”.

Um dos entrevistados, chamado Brian, relembrou o momento em que seu irmão mais velho reuniu a família e anunciou: “Sou uma mulher”. Diz ele: “Minha família inteira ficou chocada, todo mundo ficou chocado. Foi muito chocante. Você nunca espera ouvir algo assim, especialmente meus pais. Você cria um filho por 19 anos e nunca espera ter qualquer indício de algo assim, e só de ter isso ali é simplesmente muito louco”. Inicialmente, Brian disse que respondeu como muitos jovens são ensinados a fazer: com aceitação. “Na escola, você aprende a ser muito receptivo com esse tipo de coisa. Eu era assim. Era muito receptivo. Eu queria apenas apoiar meu irmão”, disse ele. “Mas, à medida que fui crescendo, amadurecendo um pouco e entendendo a gravidade da situação, definitivamente comecei a discordar e a ter dúvidas sobre isso”, afirmou.

Enquanto seu irmão buscava a medicalização trans, Brian disse que ficou impressionado com à permanência das mudanças. “É um crime remover partes naturais e perfeitamente funcionais do seu corpo por algo que só existe na sua mente e que são apenas sentimentos”, disse ele. “Isso cria essas decisões das quais você nunca pode voltar atrás, e você fica preso a essas cicatrizes permanentes pelo resto da vida”, enfatizou. As consequências se estenderam para além do irmão. “A família inteira mudou muito”, disse Brian. “Eu me lembro da nossa casa. Não parecia mais um lugar de segurança. Parecia muito uma zona de guerra. Havia brigas e discussões constantes”, declarou, dizendo ainda que o foco no irmão o fez se sentir esquecido. “Definitivamente, durante aquele período, senti que me isolava nas sombras da família. Foi um período muito difícil também, porque, começando o ensino médio, eu não conseguia realmente contar com meus pais. Eles não estavam realmente lá para mim, porque estavam realmente focados em tudo o que estava acontecendo na família”.

A matéria do Christian Post ressalta que a dor também pesou de forma diferente sobre os pais do rapaz. “Minha mãe sempre foi tão emotiva com isso. E sinto que meu pai meio que se afastou. Ele meio que se isolou nisso”, disse ele. Com o tempo, ambos os pais ficaram “igualmente tristes com isso. Eles apenas demonstram isso de maneiras diferentes”.

Outro depoimento foi de uma moça chamada Ashley, do sudeste dos Estados Unidos, que compartilhou como o anúncio do irmão a deixou inicialmente dividida. Embora tentasse apoiá-lo, no fim das contas ela não conseguiu aceitar o que via como uma piora no estado mental dele. “Seria muito mais fácil simplesmente dizer que ele morreu. Mas não posso dizer isso”, disse ela. “É como ver alguém morrer lentamente na sua frente”, declarou. Ashley disse ter ficado aliviada quando os líderes políticos nos Estados Unidos, durante o governo Trump, começaram a tomar medidas mais enérgicas.

“Às vezes, ainda não me toco, porque, seis anos atrás, eu não imaginava que se tornaria tão grande, tão rápido”, disse ela. Ainda assim, ela lamenta o que já foi perdido. “Gostaria que não fosse tarde demais para o meu irmão... Mas agora ele já é adulto”, lamentou.

Outro depoimento foi dos irmãos David e Mallory, que descreveram como a transição da irmã deles abalou sua família, que antes era estável. “Acho que uma das partes mais difíceis é que eu só quero ter uma família perfeita e ideal, como imaginei quando criança, em vez de ver isso explodir”, disse David. “É realmente doloroso, porque sei que nunca mais será a mesma coisa depois disso”, acrescentou. Mallory relembrou o momento em que sua mãe lhe contou que sua irmã havia começado a tomar testosterona por se ver como homem. “Ainda me lembro daquela noite como provavelmente uma das piores da minha vida”, disse ela. “Minha mãe simplesmente desabou na minha frente. Nunca a vi tão chateada na vida. O peso disso tudo também me atingiu”, contou. Por ter crescido em uma cidade que ela descreveu como liberal, Mallory afirmou que inicialmente foi “programada” para afirmar a nova identidade da irmã, mas ver seus pais sofrerem mudou sua perspectiva. “Ver meu pai chorar, ele que nunca chora, me fez perceber que... não posso simplesmente ignorar os sentimentos dos meus país”, disse ela. Embora a irmã continue em contato, Mallory disse que as reuniões familiares são tensas, se evitando usar o nome escolhido ou o nome de batismo para minimizar conflitos. “Nós meio que andamos em ovos”, disse ela. David disse que vê sua irmã mais como “uma vítima” da cultura de hoje Showaiter encerrou o episódio destacando o profundo impacto que a ideologia de gênero teve sobre famílias inteiras, não apenas sobre os pais. “A desintegração das famílias é, de longe, o sofrimento mais doloroso que a ideologia de gênero já causou”, disse ele. Todos esses casos nos lembram a importância de os pais não apenas ensinarem os valores do Evangelho para seus filhos, mas serem pais mais presentes na criação deles, estabelecendo uma relação sólida com seus filhos e sendo exemplos para eles - porque o exemplo inspira mais do que palavras -, além de incentivar os filhos a buscarem uma experiência real com Deus. E oremos pelas famílias que atravessam momentos difíceis, para que Deus as oriente e ajude a superar essas situações. As famílias, lembremos, são a célula-mãe da sociedade e das igrejas. Famílias saudáveis geram sociedades saudáveis.

Ataques letais antissemitas aumentam no Ocidente

A propaganda midiática anti-Israel tem gerado tragédias terríveis no Ocidente nos últimos meses. Na noite de 21 de maio deste ano, por exemplo, o casal de noivos judeus evangélicos Yaron Lischinsky e Sara Milgrim, funcionários da Embaixada de Israel em Washington DC, foi assassinado por um militante antissemita norte-americano em frente ao Museu Judaico situado na capital federal norte-americana.

Ao saber do ataque, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, após classificar os assassinatos dos dois jovens judeus como “atrozes”, lembrou que “o mundo está presenciando o terrível preço do antissemitismo e da incitação desenfreada contra o Estado de Israel”.

Poucos dias depois, em 1 de junho deste ano, oito judeus ficaram gravemente feridos nos Estados Unidos quando um homem antissemita de 45 anos lançou dispositivos incendiários em uma multidão de judeus, enquanto gritava “Palestina livre!”. O ataque ocorreu em Boulder, no estado norte-americano do Colorado, onde ocorria uma manifestação para lembrar os reféns israelenses que permanecem detidos em Gaza pelo grupo terrorista Hamas. As vítimas desse ataque eram quatro mulheres e quatro homens com idades entre 52 e 88 anos, sendo esta vítima mais velha Israel Wilhelm, sobrevivente do Holocausto promovido pelos nazistas contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Apoiadores de Israel têm se retraído, exceto evangélicos

Como se não bastasse o aumento do antissemitismo no mundo nos últimos anos devido à propaganda persistente antiIsrael, nos últimos meses tem também diminuído o apoio ao povo judeu por parte de grupos que tradicionalmente o apoiam. Em entrevista ao site de notícias norte-americano The Daily Caller no dia 2 de setembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trmp, afirmou que estava havendo um declínio do apoio a Israel no Congresso dos EUA. Pesquisam mostram que os democratas, que no passado recente, eram divididos em seu apoio a Israel (53% eram contra em 2022), hoje são em sua maioria esmagadora oposição a Israel (69% hoje - dados do Pew Research Center), enquanto os republicanos, que eram ainda mais pró-Israel que os democratas, sendo sempre pró-judeus em sua esmagadora maioria nas últimas décadas, agora estão rachados em seu apoio à Israel no Congresso, e entre os eleitores do partido há hoje muito menos apoiadores do que antes (hoje, 37% dos republicanos são contrários a Israel).

“Israel teve o lobby mais forte no Congresso [dos Estados Unidos] do que qualquer outra instituição, empresa, corporação ou estado que eu já vi. Hoje, porém, não há um lobby tão forte. É incrível”, disse Trump ao jornalista Reagan Resse do The Daily Caller. “Israel era o lobby mais forte que já vi. Eles tinham controle total sobre o Congresso, e agora não têm mais. Sabe, estou um pouco surpreso de ver isso”, enfatizou Trump.

Reese observou que uma pesquisa Pew Research Center de março deste ano revelou que 53% dos adultos dos EUA tinham uma visão desfavorável de Israel, em comparação com 42% em 2022. E ele continuou lembrando que, além disso, metade dos republicanos pesquisados pelo Pew Research agora veem Israel de forma desfavorável, ao que Trump acrescentou que, embora as Forças de Defesa de Israel (FDI) precisassem terminar a guerra em Gaza, ele acreditava que isso estava prejudicando a reputação internacional de Israel. “Eles vão ter que acabar com essa guerra. Mas isso está prejudicando Israel. Não há dúvida. Eles podem estar vencendo a guerra, mas não estão vencendo no mundo das relações públicas, sabe, e isso está os prejudicando”, declarou o presidente norte-americano.

Trump também disse que acredita que as pessoas “se esqueceram do dia 7 de outubro”, referindo-se ao massacre terrorista de 2023 promovido pelo Hamas e que levou à morte, com requintes de selvageria, de 1,2 mil pessoas – a esmagadora maioria civis e mais de 90% de judeus, com muitas crianças, bebês e idosos entre as vítimas - e fez 3,4 mil feridos e centenas de reféns. Segundo o presidente norte-americano, esse esquecimento tem levado a uma crescente opinião pública desfavorável em relação a Israel. Trump também afirmou que “ninguém fez mais por Israel do que eu, incluindo os recentes ataques ao Irã, destruindo aquela coisa”, numa alusão aos ataques norte-americanos de junho que destruíram as usinas de enriquecimento de urânio do Irã, que buscava chegar a bombas atômicas com o fim de usar contra Israel.

Em matéria no dia 1 de setembro comentando as declarações do presidente norte-americano, o jornal The Jerusalem Post ressaltou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem dito que Trump se opõe a um acordo parcial sobre reféns. “Esqueçam os acordos parciais. Entre com força total. Terminem”, disse Netanyahu, citando o presidente dos EUA e acrescentando que “a janela de legitimidade de Israel perante a comunidade internacional é limitada e que adiar com um acordo parcial prejudicaria o esforço para destruir o Hamas”. Netanyahu, porém, está sofrendo pressão interna da oposição, que defende um acordo parcial, segundo fontes do The Jerusalem Post ligadas ao governo israelense.

Por sua vez, os países europeus não querem que Netanyahu vá até o fim, pois temem que isso possa provocar um genocídio, mesmo que o governo israelense já tenha afirmado várias vezes que sua guerra é apenas contra o Hamas e reafirmado seus cuidados para não atingir civis durante os confrontos. Apesar disso, a cada novo ataque das FDI em Gaza, à imprensa tem destacado civis que acabam sendo atingidos também, mesmo que involuntariamente, o que tem gerado uma campanha cada vez mais crescente de propaganda contra Israel.

O único grupo que se mantém forte no apoio a Israel ainda hoje, segundo as pesquisas, são os evangélicos. Nos Estados Unidos, ao todo, 72% deles são pró-Israel, enquanto 69% dos sem religião nos EUA são contrários a Israel — dados do Pew Research Center. Ainda segundo levantamentos, o maior apoio evangélico a Israel está nos Estados Unidos e na América Latina, com destaque para os evangélicos do Brasil e da Guatemala. Na Europa, por Sua vez, uma grande parte dos evangélicos também apoia Israel, mas esse apoio é menos vocal lá do que nos Estados Unidos e no Brasil, por exemplo.

(Com informações da Fox News, Christian Post, BBC e The Jerusalem Post)

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