A BÃblia relata a história de uma mulher que havia doze anos padecia de hemorragia. Os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas são enfáticos ao descreverem o tempo de seu sofrimento. Marcos e Lucas registram também que aquela mulher buscou auxÃlio por meio dos médicos, mas nada adiantou. As finanças dela se esvaÃram e a enfermidade permaneceu. Ela precisava trilhar agora o caminho da fé para alcançar a cura que não lhe custaria nada. O especialista Jesus estancaria a fonte de sua hemorragia apenas com a virtude que sairia dEle. Assim como nos dias atuais, naquele tempo já existiam os charlatões da fé e, possivelmente, essa mulher havia sido vÃtima dos tais. Ela pode ter sido iludida com falsas promessas de melhoras até perceber que já estava à beira da morte. Era o momento de tomar uma atitude diferente. Sabermos o que realmente queremos e sermos perseverantes nos conduzirá ao caminho da vitória.
A situação daquela mulher
Observando os critérios da lei mosaica (LevÃticos 15.25-27),
iremos perceber que aquela mulher estava impura para sua famÃlia, impura para a
sinagoga e impura para a sociedade. Ela deveria viver, enquanto doente,
afastada do convÃvio familiar, social e religioso. Ela não poderia compartilhar
dos bens comuns com a sua famÃlia e parentes. Ela era oprimida emocionalmente
por grande solidão. Disposta a não permanecer naquela situação, ela tomou
algumas atitudes importantes:
1) Antes de erguer o seu corpo, ela ergueu a sua fé (Mateus
9.21) Haverá momentos que seremos nossos próprios pregadores e motivadores.
2) Ela saiu do cenário da derrota e partiu para o cenário da
vitória (Mateus 9.20). Nada mudará se ficarmos trancados em nossos próprios
problemas, murmurando ou nos vitimizando. Devemos levantar e ir ao encontro de
Jesus. O Senhor foi até aqueles que não podiam ir até Ele (Mateus 8.14,15;
9.18,19; João 5.1-6) e mandou trazer aquele que não enxergava (Lucas 18.40),
porém foi necessário que outros fossem ao encontro dEle. A fé exige esforço e
determinação (Hebreus 11.6). Fé é decisão, atitude, e não mero sentimento.
3) Foi sozinha, debilitada, mas determinada. Na maioria das
vezes, estaremos sozinhos, mas não é motivo para desistirmos de nossos ideais.
A solidão fez parte da vida de muitos personagens bÃblicos. O próprio Jesus
ficou sozinho (Mateus 26.31). Paulo, o apóstolo dos gentios, também (2 Timóteo
416,17).
Os obstáculos daquela mulher
Chegar até Jesus não seria uma tarefa fácil, porém aquela
mulher estava determinada. Ela haveria de enfrentar uma sociedade
preconceituosa e uma multidão que a impedia. E além de tudo isso, Jesus estava
indo para uma casa que não era a dela, tocar em alguém que não era ela. Isso a fez
ser uma “intrusa” pela fé. Aquela mulher não foi a primeira a ser inserida nos
anais da graça, basta recordarmos de Tamar, Raabe, Rute, Batseba, a mulher siro-fenÃcia,
a pecadora que ungiu os pés de Jesus, dentre outras, que se tornaram
protagonistas dos benefÃcios da fé em Deus.
As três honras de Jesus para aquela mulher (Lucas
8.45-48)
1) Jesus honra a fé daquela mulher. Todos estavam apertando,
mas só ela estava tocando de verdade. Como é importante uma atitude sincera em
um culto público. Perdemos muitas bênçãos quando não reconhecemos onde estamos
(templo) e o que viemos fazer (culto).
2) Ela começa sendo chamada apenas de mulher, mas depois
Jesus a chama de filha. As bênçãos de Deus sempre estão à espera de Seus
filhos. Ele é pai amoroso e tem prazer em nos abençoar.
3) Jesus traz cura e ânimo. Foram muitos anos de solidão e isolamento.
Aquela mulher havia perdido toda expectativa de vida, mas o Senhor a curou.
Agora ela voltaria novamente, de cabeça erguida, para o meio de sua famÃlia, Ã
sinagoga e à sociedade. Louvemos a este Deus que faz maravilhas (Salmos 92.5).
por Antônio Adson Rodrigues
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