Todos nós conhecemos o célebre Sermão do Monte proferido por Jesus Cristo aos Seus seguidores e demais ouvintes durante o Seu ministério terreno. O evento foi registrado pelo apóstolo Mateus em seu Evangelho nos capítulos 5 a 7. Nestes discursos, o Messias profere lições de conduta e moral ao ditar os princípios que normatizam e orientam a vida de um cristão. Esses discursos podem ser considerados como um resumo dos ensinamentos do Nazareno a respeito de Seu Reino, de Seu acesso e da transformação que o mesmo produz na vida do ser humano.
Quando Jesus faz a Sua primeira ministração, Ele anuncia àqueles
que desejavam segui-lO como se apresentar, o que resulta na integridade do
obreiro, fazendo com que não tenha que se envergonhar. Os obreiros têm a
capacidade de ouvir o que tem de ser ouvido e aplicar o que tem que ser
aplicado em sua vida, na condição de obreiro. A responsabilidade de um obreiro
é muito grande diante do ministério que exerce diante dos demais fiéis na
Igreja do Senhor. Portanto, é necessário que detalhes de nossa vida sejam
observados para não sermos repreendidos. Por esse motivo, colocar em prática
essa padronização exposta por Jesus resultará na integridade do obreiro. O
obreiro íntegro não tem do que se envergonhar (2 Timóteo 2.15).
O Senhor deixou-nos ensinos que lapidam a vida do obreiro dedicado
à Sua Seara. São ensinos que nos condicionam, não somente no sentido
espiritual, incluindo também o comportamental e o caráter. Um bom exemplo do
que estou dizendo é que Jesus nos identificou como o “sal da terra”. O sal dá
sabor ao alimento, além de conservar as substâncias e ainda faz a “diferença”
quanto ao sabor do alimento: em termos gastronômicos, o consumidor logo percebe
quando um alimento está “insosso”. O obreiro é aquele que dá o “sabor” ao Evangelho
por ele anunciado, pelo seu comportamento diante da sociedade, apresentando uma
vida equilibrada. Não podemos esquecer que o obreiro é a “luz do mundo”, isto
é, a diferença entre os homens: onde há um crente, lá está a luz oferecendo uma
orientação aos demais, não comungando com os erros praticados pelos
impenitentes. O fiel mantém uma vida íntegra diante de Deus e da sociedade. Ele
pode estar em meio aos demais, contudo o cristão deve ser luz em meio as
trevas. Até o vocabulário é diferente, levando os demais a ter respeito com a
sua presença entre eles. Na verdade, nós somos a referência para aqueles que
não comungam a fé cristã.
O Senhor, em Seu discurso, também fala da reconciliação e o
obreiro também trabalha a fim de fazer acontecer a reconciliação e,
evidentemente, a reconciliação entre irmãos em Cristo; por isso, ele deve ser a
referência entre os fiéis. No mesmo discurso, o adultério é citado como um
ponto negativo, sendo uma grande responsabilidade. Quando acontece esse pecado,
outros são atingidos: há um prejuízo muito grande que inclui a própria família,
as demais famílias que tomam conhecimento do ocorrido, os irmãos que formam a membresia
da igreja e a própria sociedade. Prezado leitor, estamos falando sobre a
integridade do obreiro para aqueles que desejam segui-lo.
O cuidado no falar envolve a postura do servo de Deus que foi
simplificada no célebre “sim, sim e não, não”. Infelizmente, nos dias atuais, a
mentira está tendo livre curso. As chamadas fakes news são notórias nas redes sociais,
com informações que, na maioria das vezes, não se tem certeza de sua
credibilidade e isso acaba por prejudicar as pessoas ao nosso redor. Cuidado ao
falar. Eu vou finalizar mencionando a mansidão como mais um assunto citado no
Sermão do Monte. O obreiro manso pode ser alvo de injustiças e ele se mantém
íntegro: o seu compromisso é com Jesus. O obreiro manso é aquele que não altera
à sua voz, não ameaça, suporta as adversidades e sabe o trabalhar de Deus em sua
vida. A mansidão daquele obreiro representa a sua vitória diante das
dificuldades. Não fomos chamados para brigar com ninguém, mas amar os inimigos e
pregar a Palavra com mansidão. Amar os amigos é fácil. O crente deve anunciar o
caminho da vida eterna e o Espírito Santo vai convencer a pessoa acerca de sua
necessidade de salvação pelo Evangelho.
por José Wellington Consta Junior
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