A cura de enfermidade da esposa decidiu o ministério de líder assembleiano
Deveria ter sido uma quinta-feira normal, como qualquer outro dia na rotina de Ester Moreira, esposa do pastor Weder Moreira, atual líder da Assembleia de Deus em Igarapava (SP): ela havia realizado uma viagem para São Paulo (SP) para fazer algumas compras durante a madrugada de compras no bairro do Brás. A esposa do líder assembleiano – com formação superior em Fisioterapia e líder do Círculo de Oração na igreja paulista – lembra que, ao chegar em casa, cansada por já estar a duas noites sem dormir, após o banho, ela passou a ter calafrios, com queda de pressão e dores pelo corpo. “A sensação que eu tinha é que ficaria gripada. Logo em seguida, comecei a sentir fortes dores de cabeça. Deitei-me e associei todos os sintomas ao cansaço da viagem e à chegada de uma gripe. O que eu não sabia é que minha vida estava prestes a desmoronar”, lembra.
Não muito tempo depois, a fisioterapeuta passou a sentir cólicas
renais e não conseguia mais sair da cama. Ester manifestou fraqueza e pressão
extremamente baixa. “Faziam apenas 11 meses que eu tinha me casado, meus pais moravam
em uma cidade próxima, então meu esposo, preocupado comigo, telefonou para eles
e relatou como eu estava. Logo meus pais chegaram em casa. Ao me verem,
imaginaram ser apenas uma cólica renal e uma gripe chegando. A minha mãe foi à
cozinha preparar comida para me alimentar. Lembro-me de levantar para ir ao
banheiro, onde eu desmaiei. Lembro-me deles me erguendo do chão”. Ao recobrar a
consciência, o marido e os pais da fisioterapeuta a levaram a Santa Casa de
Ituverava para ser analisada pelos médicos. “Quando cheguei na emergência, fiquei
em observação e fui medicada para as dores renais. O médico logo pediu exames
para confirmar a suspeita de uma infecção de urina. Ao saírem os resultados, foi
confirmado que eu estava com uma leve infecção. Isso não era nada, visto que
com frequência eu passava por isso”, revelou Ester.
A líder de oração manifestou desejo de voltar para casa, mas
o médico desaconselhou e indicou a realização de raios x e ultrassom no outro
dia. Os demais exames deram conta de que, além da infecção urinária, ela estava
com uma pedra no canal da uretra. “O que ninguém me disse é que a partir daí eu
enfrentaria um dos piores momentos da minha vida. O médico resolveu que eu
ficaria no hospital sexta-feira e sábado para serem administrados os medicamentos
via intravenosa. O médico havia dito que eu voltaria para casa no sábado, então
fui internada. Mas, de um dia para o outro, a minha saúde piorou, a coisa
ganhou uma magnitude gigantesca e a pessoa que teria alta na tarde de sábado
agora estava com uma junta médica tentando entender o que estava acontecendo”,
revelou Ester.
A “leve” infecção de urina evoluiu de um dia para outro de
uma forma assustadora e, no sábado, a fisioterapeuta passou a sentir falta de
ar. Quando repetiram o exame de sangue, observaram que a infecção havia
triplicado, a ausculta pulmonar estava comprometida e as cólicas renais só pioravam.
Ela desenvolveu uma infecção nos rins, pneumonia, derrame pleural e sepse
urinária (infecção generalizada). Todos os sintomas em três dias. “Os médicos
tentavam controlar a infecção de todos os jeitos possíveis, mas a cada dia que
amanhecia ela só aumentava. Minhas veias foram todas comprometidas devido aos fortes
antibióticos que me eram aplicados. Lembro que chamaram uma enfermeira da
pediatria para localizar minha veia pois todas se rompiam por estarem fracas.
Até hoje, elas não se recuperam. Fui encaminhada ao centro cirúrgico duas vezes
para tentar passar um cateter, porém sem sucesso. Entrava e saía do centro
cirúrgico, meus sinais vitais estavam todos instáveis, minha pressão subiu assustadoramente,
tomei três anestésicas raquidianas seguidas - recuperava de uma e já voltava
para o centro cirúrgico para tentarem novamente. Eu não conseguia mais respirar
sozinha e tive que ir para o balão de oxigênio”, lembra Ester. A grave situação levou o médico a chamar a
mãe e o marido para informar a sua ida para a Unidade de Tratamento Intensivo
(UTI). Eles não sabiam o que acontecia com a paciente. “Eles já haviam tentado
de tudo, mas as infecções progrediam e eles não conseguiram desobstruir meu
canal urinária. Por mais que eles tentassem, a pedra continuava lá, uma pedra
com quase 2cm. O médico disse para meu esposo: ‘Se vocês acreditam em Deus,
orem, pois não temos mais o que fazer’. Os médicos disseram que eu morreria de
sepse urinária”. Todos os dias, Ester era submetida a exames de sangue e raios
x, durante a manhã e à tarde, para acompanhar a evolução das infecções. Eram
cinco médicos que acompanhavam a paciente. “Mas o que eles não sabiam era que o
Médico dos médicos é que estava no controle daquela situação. Meu esposo é
filho de pastor e nessa época ele viajava pregando a Palavra de Deus. Havíamos
recebido o convite para administrar a Assembleia de Deus no distrito de São
Benedito da Cachoerinha (SP), mas, antes de casarmos, já havíamos decidido
declinar do convite. Eu estava caminhando para o terceiro ano de Fisioterapia e
ele de Direito, tínhamos planos para nossa carreira profissional que não
incluía pastorear”, recorda.
O futuro líder assembleiano afirmava não seguir por esse caminho,
não queria sofrer na obra, e a esposa o apoiava. “No momento em que falaram
para ele conduzir uma igreja, ele respondeu que só aceitaria caso o Senhor
falasse diretamente com ele, uma vez que uma vida ministerial não fazia parte
de nossos planos. Realmente, não eram nossos planos, mas eram os planos de
Deus. Dizer que Deus precisava falar conosco era só uma desculpa. A verdade é
que nós não queríamos dizer sim ao pastorado. O Senhor veio falar diretamente conosco”,
disse Ester.
Quando o médico disse para o marido clamar a Deus, o
Espírito Santo trouxe à memória o convite que haviam rejeitado. O pastor Weder
chegou de Franca (SP), passou no hospital para visitar a esposa, mas já não
podia entrar no hospital pelo horário. “No telefone, conversamos e tentávamos
amenizar o desespero que sentíamos. Ele voltou para casa, fez uma oração
sincera ao Pai, chorou e se lançou na presença de Deus. O meu marido fez um
voto. Após a oração, ele me telefonou novamente e me perguntou se eu tinha fé
que Deus podia me curar, eu disse que sim. Então, ele disse: ‘Se Deus te curar,
assumiremos a igreja’”. O casal orou por telefone e a paciente adormeceu.
No dia seguinte, o organismo de Ester não manifestava mais nenhum
sintoma, não havia mais infecção, os pulmões estavam intactos e a pedra que
estava no canal desapareceu. “Os médicos ficaram perplexos, repetiram os exames
milhares de vezes, eles achavam que tinham trocado os resultados. Lembro-me da
médica entrar no quarto e dizer: ‘Ester, desculpe, vou repetir seu exame, dessa
vez eu mesma farei, pois o laudo não pode ser o seu’”. A médica ficou aturdida
com os novos exames por não revelarem absolutamente nada. “Os exames estavam
normais. Deus operou um milagre em minha vida. Assumimos nossa primeira igreja
em fevereiro de 2014 e seguimos firmes no pastorado. Deus realiza milagres.
Creia apenas!”, testemunha.
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