Promova uma troca de altares em seu lar

Promova uma troca de altares em seu lar


Em Genesis 35.7, vemos o patriarca Jacó edificar um altar de adoração ao Senhor em uma região chamada Betel, onde outrora ele mesmo, um desesperado fugitivo, procurava conciliar o sono. Ali, o mesmo Deus, reverenciado pelo avô Abraão e o pai Isaque, lhe fez promessas que o animaram apesar das circunstâncias adversas.

Outro personagem em situação desesperadora era o povo hebreu quando sofria com as constantes invasões do exército midianita no período em que Deus levantava líderes civis e militares a fim de conduzir o povo a vitória contra seus opressores. Naquela época, os midianitas invadiam o território de Israel e destruíam suas plantações, causando destruição e morte. O povo clamou ao Senhor e a resposta veio através da indicação do camponês Gideão, que teve pela frente um desafio: o Senhor o incumbiu de derrubar um altar a Baal erguido por seu pai Joás. Nas entrelinhas, o Senhor disse a Gideão: “Se você almeja alcançar a vitória para você e a sua família, você tem de destruir esse altar levantado para Baal. Remova aquele altar e erga outro, desta vez dedicado a mim”. Esta é a mensagem de Deus para você, querido leitor, uma vez que o Senhor não tolera “concorrência”.

Pela madrugada, aparentemente, sem ninguém por perto, Gideão, acompanhado de dez homens sob as suas ordens, fez valer a ordem divina: ele derrubou o altar dedicado a Baal e ergueu um novo altar, que chamou de “altar de paz”. A partir de então, Deus começa a trabalhar na vida do juiz hebreu e em favor de seu povo. Meditemos sobre essa troca de altares, retornando ao episódio descrito em Gênesis, onde o Senhor ordena ao patriarca Jacó que se desloque até Betel, local onde o peregrino deveria erigir um altar. Ali, acontece algo que vale a pena lembrarmos. Os estudantes da Bíblia conhecem os fatos narrados naquele episódio, mas vamos comentar alguns detalhes do que aconteceu ao peregrino.

Enquanto se aproximava de seu destino, Jacó sabia que deveria acertar contas com seu irmão Esaú, de quem fugiu por ter sido ameaçado de morte (Gênesis 27.41). Durante o retorno a Canaã, o patriarca, temeroso do que poderia acontecer a ele e às pessoas que o acompanhavam, ordenou aos seus empregados que fossem até Esaú munidos de presentes a fim de conquistar a sua simpatia e sondar o ânimo do irmão. A resposta não poderia ter sido mais ameaçadora: “O seu irmão está vindo te encontrar com 450 homens”. Prezado leitor, você pode imaginar o que passou na cabeça de Jacó: “Certamente, o meu irmão irá cumprir a sua promessa e ainda promover um massacre, matando mulheres e crianças”. Quando o ser humano se depara com uma situação de crise, a única saída é o clamor a Deus. O patriarca não teve outra alternativa, senão buscar o socorro divino.

A Bíblia Sagrada informa que Jacó ficou sozinho, após levar a sua família e bens a um lugar seguro. De acordo com as Sagradas Escrituras, o Senhor honrou a fé do patriarca e, desta vez, o Altíssimo se manifestou de forma diferente daquela outra em Betel. Em Betel, o Senhor se manifestou no topo da escada, falando com Jacó e lhe fazendo promessas, tornando ali um lugar de promessas. Já no vau de Jaboque, aconteceu o tratamento divino em Jacó. Existe o momento da promessa e também o cuidado de Deus aos seus filhos para que as promessas se cumpram.

Na ocasião, o peregrino manifesta desespero devido à iminência de ser morto com seus familiares. Logo, Deus se manifesta, não mais no topo da escada, mas ao seu lado, a fim de cumprir a Sua palavra e oferecer ajuda àquele pai de família agoniado. O Altíssimo pergunta o nome do patriarca e, consciente da falha cometida no passado ao enganar o pai Isaque fazendo-se passar por Esaú, desta vez ele não pode mais enganar ninguém e responde “Jacó”, que significa “enganador”. Seu nome é mudado para “Israel”. Jacó entra no vale como enganador e sai como príncipe (Gênesis 32.28).

Após a reconciliação de Jacó com seu irmão, ele convoca seus familiares e parte rumo a Betel, mas antes promove uma mudança de nível espiritual em sua família, pois onde há “deus estranho”, não há paz. Querido leitor, estaria você mantendo “deuses estranhos” em seu lar? E que deuses seriam esses? O Senhor não deseja apenas libertar famílias, mas também protegê-las. Prezado leitor, promova uma “limpeza” em seu lar e jogue fora o que está atrapalhando o bom andamento espiritual do ambiente doméstico e você verá o resultado deste engajamento espiritual. Promova urgentemente uma troca de altares.

por José Wellington Costa Junior

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