O livro e o filme Crepúsculo (Twilight) têm em sua saga dois personagens principais, Edward Cullen e Isabella Swan (Bella). Conforme relata a escritora Stephenie Meyer, tudo aconteceu quando ela teve um sonho em 2 de junho de 2003. No sonho, ela viu uma garota humana e um vampiro que estava apaixonado por ela, e também pelo seu sangue. Foi baseado nesse sonho que Meyer escreveu o livro Crepúsculo. O enredo conta a trajetória de Bella, que, após a separação dos seus pais, vê sua mãe casar-se novamente e resolve sair de sua cidade, Phoenix, para Fork, em Washington, a fim de viver na companhia de seu pai, mudança que lhe proporcionou experiências de adaptação. Bella começou a estudar em uma escola local e, ali, conhece Edwar Cullen e se apaixona por ele. Cullen é um jovem que esconde um grande segredo. Eles começam a namorar e Bella descobre que Cullen, na verdade, é um vampiro. Porém, como Bella está perdidamente apaixonada por ele, continua o namoro.
Após algum tempo juntos, ela vai conhecer os pais de Edward,
que lhe recebem com muito afeto e cordialidade. Em uma tarde, Bella e Edward jogam
Baseball juntos, quando um trio de vampiros resolve passar na casa de Edward só
para dar um “Oi” e descobrem que Bella não é uma vampira, começando uma caça à garota.
Bella foge com a ajuda da família de Edward, mas é alcançada, caindo em
emboscada. Bella é mordida pelo vampiro, entretanto Edward suga o veneno da
mordida do vampiro a fi m de livrá-la de se tornar um monstro. Ele parte para a
sucção, ultrapassa o tempo permitido e a menina quase vai a óbito. Mesmo assim,
após irem juntos a uma formatura, Bella diz que deseja ser uma vampira e viver eternamente
ao lado de Edward.
O livro Crepúsculo foi lançado nos EUA em 2 de agosto de 2008,
em 9 de junho de 2009 em Portugal e 17 dias depois no Brasil. O livro é
dividido em três seções, sendo a primeira narrada pela personagem Isabella
Swuan, a segunda pela personagem Jacob Black e a terceira pela personagem
principal Bella Swan. A primeira tiragem foi de 3,7 milhões de exemplares nos EUA.
Destes, 1,3 milhão foram vendidos em 24 horas.
Desconhece-se a verdadeira etimologia da palavra “vampiro”, porém
a crença em vampiros (demônios que bebem sangue) é universal. Ela é documentada
na antiga Babilônia, no Egito, em Roma, na Grécia e na China. O vampiro é
conhecido por vários nomes: vrykolakes, brykilakas, barbarlakos, borborlakos ou
bourdoulakos em grego moderno; katakhanoso ou baital em sânscrito antigo; upiry
em russo; upiory em polonês; blutsäuger em alemão etc. Os chineses antigos
temiam o giang shi, um demônio que bebia sangue. Na China, histórias sobre vampiros
já existiam em 600 a.C. Descrições de lendas acerca de vampiros são encontradas
nas antigas cerâmicas da Babilônia e da Assíria, milhares de anos antes de
Cristo.
A crença também floresceu no Novo Mundo, assim como no
Antigo. Os peruanos pré-colombianos acreditavam numa classe de demônios chamados
canchus ou pumapmicuc, os quais sugavam o sangue dos jovens adormecidos de modo
a partilhar sua vida. Os astecas sacrificavam o coração dos prisioneiros ao sol,
na crença de que seu sangue conservava a energia solar.
Enfim, vampiros não são figuras benéficas, mas doentias e demoníacas,
que não podem ser vistos com simpatia e admiração. A inversão de valores que se
vê hoje pode ser explicada pelas palavras de Jesus em João 3.19: “A luz veio ao
mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras eram más”.
Infelizmente, no Brasil mesmo já existem vários clãs denominados “vampíricos”, com
confederações, rituais de iniciação, líderes e muitos seguidores. A
característica de seus membros é bastante peculiar. Existem muitos jovens hoje no
Brasil que dormem alimentada pelas escolas seculares, que indicam às crianças e
aos adolescentes que leiam os livros e assistam aos filmes da série. Diante
dessa realidade, os pais devem ficar atentos e orientar os filhos sobre os erros
e males dos livros e dos filmes da série. Um diálogo aberto com o filho(a) é uma
boa saída.
Conversei com meu sobrinho, um adolescente, sobre o conteúdo
dos livros e dos filmes, e, depois de ele assistir ao filme, me disse: “Tio, eu
assisti o filme e, como o senhor me disse, não há mesmo nada de interessante”. E
ele ainda me disse, em tom de lamento, que, no colégio em que estuda, em sua classe,
existe uma moça evangélica que já leu todos os livros da série Crepúsculo. O
esclarecimento por meio de um diálogo aberto é muito importante.
por Arnaldo Senna
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