Por que devemos jejuar?

Por que devemos jejuar?


O jejum bíblico é uma disciplina espiritual extremamente importante e, por que não dizer, indispensável à vida espiritual do cristão. Trata-se de um recurso à disposição do crente que, de fato, tem por objetivo ter uma vida espiritual abundante, fortalecendo sua comunhão com Cristo.

Apesar de toda a sua importância e de tudo o que a Bíblia ensina sobre o assunto, um grande número de cristão ainda não sabe exatamente a razão pela qual deve jejuar.

Nosso propósito, portanto, nestas linhas, é demonstrar algumas das principais razões pelas quais todo crente em Jesus deve lançar mão deste recurso espiritual, porquanto são inúmeros os seus benefícios.

Devemos jejuar porque Jesus nos incentivou a fazê-lo

Há certa controvérsia entre teólogos e estudiosos bíblicos se houve por parte de Jesus um direcionamento específico aos Seus discípulos acerca do jejum. Não é nosso objetivo neste momento adentrar esta discussão teológica. O que desejamos frisar aqui é que o nosso Senhor Jesus não se descuidou deste assunto. No Evangelho escrito por Marcos, no capitulo dois e versículos 18 a 20, o Senhor Jesus foi questionado pelo fato dos discípulos de João Batista e os fariseus jejuarem, mas não os Seus discípulos.

O ensino de Jesus no texto bíblico mencionado é esclarecedor acerca do jejum. Neste texto, fica claro que Jesus ansiava que, após a conclusão de Seu ministério terrestre, seus discípulos observassem a disciplina espiritual do jejum bíblico. Enquanto Jesus esteve no exercício de Seu ministério terreno, a noiva - Seus seguidores - ainda viviam em “lua de mel”. Não havia, portanto, motivos para a prática do jejum. Ocorre que, retirado o esposo, como foi, uma nova era teve início e, neste tempo - entre Sua partida e Seu retorno - a igreja precisa jejuar, e é isso que Jesus espera de nós.

A lição, portanto, que aprendemos com Cristo sobre o jejum é que, não estando Ele mais fisicamente entre nós, devemos jejuar e o fazemos porque ansiamos por Seu retorno e lamentamos, neste sentido, Sua ausência.

Além disso, o próprio Senhor Jesus Cristo, nosso maior exemplo, praticou o jejum. Em jejum, foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado e, ali, em jejum e oração, derrotou Satanás, no poder da Palavra de Deus.

Devemos jejuar porque o jejum é um maravilhoso aliado à oração

A Bíblia é taxativa ao afirmar que “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5.16b). O sacrifício de Cristo por nós no Calvário nos abriu o acesso ao Pai e, por meio da oração, podemos chegar “com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hebreus 4.16). Orar e ter a certeza de que Deus ouve a nossa oração é, sem sombra de dúvida, um dos maiores privilégios que o cristão possui. O véu do Templo foi rasgado de alto a baixo, o caminho que estava obstruído pelo pecado foi aberto, a dívida do pecado que fazia separação entre nós e Deus foi paga no alto do Gólgota e, assim, temos livre acesso ao Pai e o fazemos através da oração.

A disciplina do jejum bíblico potencializa a nossa vida de oração. É por essa razão que o jejum deve sempre ser acompanhado da oração. O jejum desassociado da oração torna-se um ritualismo vazio de qualquer sentido espiritual. Jejuar e não orar é creditar ao jejum um poder místico que ele não possui.

O jejum, obviamente, não torna a oração mais poderosa. O Deus que responde às nossas orações é o Deus onipotente e ponto! Alguém, então, poderia questionar: se o jejum não torna a oração mais poderosa, porque devemos associar o jejum à oração? A resposta é simples: o jejum torna o crente mais sensível às reais necessidades e motivações das nossas orações; jejuar auxilia-nos a abrir o coração e a mente ao fluir do Espírito Santo - o bendito Consolador -, recebendo Seu auxílio, como Aquele que intercede por nós com gemidos inexprimíveis (Romanos 8.26). Além disso, o jejum nos ajuda a compreender melhor as respostas de Deus às nossas orações, assim como aguça nossa audição espiritual.

Devemos jejuar porque o jejum potencializa o poder do Espírito Santo na vida do crente

 Em certa ocasião, os discípulos de Cristo se depararam com uma situação um tanto quanto desagradável. Ao serem procurados por um pai desesperado que levou até eles o filho que estava oprimido pelos demônios, eles não puderam expulsá-los. Tratava-se, na verdade, de um espírito maligno que, segundo a Bíblia, era surdo e mudo (Marcos 9.25). Após o menino ter sido completamente liberto pelo Senhor Jesus Cristo, os discípulos, sem compreender a razão pela qual não lograram êxito em expulsar aquele demônio, indagaram ao Senhor: “Por que não pudemos nós expulsar?”. A tal indagação, nosso Mestre foi taxativo: “Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não sair com oração e jejum” (Marcos 9.28, 29). Não pretendemos entrar nos pormenores acerca das forças demoníacas neste ensaio, uma vez que este não é nosso propósito e faltar-nos-ia espaço para discorrermos sobre todas as nuances do tema. O que pretendemos esclarecer, neste ponto, é que, pela passagem bíblica em destaque, fica claro que o jejum bíblico potencializa o poder do Espírito Santo na vida do crente.

O crente em Jesus Cristo, segundo a Bíblia, tem à sua disposição a plenitude do poder do Espírito Santo. É bastante conhecido de nós, os crentes pentecostais, o texto de Atos 1.8: “Mas recebereis o poder do Espírito Santo que há de vir sobre vós e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra”. Este poder, diz Paulo, é o mesmo poder que agiu ressuscitando o Senhor Jesus dentre os mortos (Efésios 1.20). Sendo assim, quando afirmamos que o jejum potencializa o poder do Espírito Santo, não estamos afirmando, como alguns pretendem, que há algum poder místico no jejum. Ao contrário, o jejum, como disciplina espiritual, trabalha a mente e coração do crente, de maneira que ele entende que todo o poder espiritual pertence ao Senhor Jesus Cristo e ele é apenas um instrumento para ser usado por Deus.

Devemos jejuar porque o jejum é um instrumento de autocontrole e de renúncia pessoal

Aquele que consegue controlar o desejo de se alimentar certamente terá muito mais facilidade em controlar outros desejos carnais. O crente que possui o hábito do jejum tem maiores condições de exercer o autocontrole em várias outras áreas de sua vida. Uma das qualidades do fruto do Espírito (Gálatas 5.22) é justamente a temperança. O cristão não é uma pessoa descontrolada, desequilibrada ou destemperada. Sua vida precisa ser uma demonstração de equilíbrio e temperança, em todos os aspectos, e o jejum contribui Trata-se de um recurso à disposição do crente que, de fato, tem por objetivo ter uma vida espiritual abundante, fortalecendo sua comunhão com Cristo.

Apesar de toda a sua importância e de tudo o que a Bíblia ensina sobre o assunto, um grande número de cristão ainda não sabe exatamente a razão pela qual deve jejuar.

Nosso propósito, portanto, nestas linhas, é demonstrar algumas das principais razões pelas quais todo crente em Jesus deve lançar mão deste recurso espiritual, porquanto são inúmeros os seus benefícios.

Devemos jejuar porque Jesus nos incentivou a fazê-lo

Há certa controvérsia entre teólogos e estudiosos bíblicos se houve por parte de Jesus um direcionamento específico aos Seus discípulos acerca do jejum. Não é nosso objetivo neste momento adentrar esta discussão teológica. O que desejamos frisar aqui é que o nosso Senhor Jesus não se descuidou deste assunto. No Evangelho escrito por Marcos, no capitulo dois e versículos 18 a 20, o Senhor Jesus foi questionado pelo fato dos discípulos de João Batista e os fariseus jejuarem, mas não os Seus discípulos.

O ensino de Jesus no texto bíblico mencionado é esclarecedor acerca do jejum. Neste texto, fica claro que Jesus ansiava que, após a conclusão de Seu ministério terrestre, seus discípulos observassem a disciplina espiritual do jejum bíblico. Enquanto Jesus esteve no exercício de Seu ministério terreno, a noiva - Seus seguidores - ainda viviam em “lua de mel”. Não havia, portanto, motivos para a prática do jejum. Ocorre que, retirado o esposo, como foi, uma nova era teve início e, neste tempo - entre Sua partida e Seu retorno - a igreja precisa jejuar, e é isso que Jesus espera de nós.

A lição, portanto, que aprendemos com Cristo sobre o jejum é que, não estando Ele mais fisicamente entre nós, devemos jejuar e o fazemos porque ansiamos por Seu retorno e lamentamos, neste sentido, Sua ausência.

Além disso, o próprio Senhor Jesus Cristo, nosso maior exemplo, praticou o jejum. Em jejum, foi levado pelo Espírito para isso. Repito: ao controlar o apetite, o crente em Jesus está dizendo para si mesmo que sua vida precisa ser controlada e que ele não pode dar vazão a todo e qualquer desejo, seja do corpo, da mente ou do coração.

Além disso, quando o crente jejua, ele está praticando a renúncia pessoal. A Bíblia Sagrada possui diversas passagens, especialmente no Novo Testamento, ensinando a renúncia pessoal. Este ensino, aliás, é o cerne do Cristianismo. Foi o próprio Cristo que, ao discorrer sobre o seu discipulado, afirmou: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia sua cruz e siga-me” (Mateus 16.24; Lucas 9.23). Certamente que o negar a nós mesmos, a qual o Senhor Jesus Cristo se refere, é muito mais do que apenas jejuar. Todavia, estamos certos de que a prática do jejum também é uma forma de negarmos a nós mesmos. O cristão que jejua certamente terá muito mais facilidade para negar a si mesmo, vivendo uma vida de renúncia pessoal diária, de maneira a poder dizer como o apóstolo Paulo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo, na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2.20).

Considerações finais

Vimos apenas quatro das muitas razões pelas quais o crente deve jejuar. Teríamos muitas outras para mencionar, todavia acreditamos que estas são suficientes para conscientizar o leitor de que o jejum bíblico, aliado à oração, é uma disciplina espiritual importantíssima e não pode ser negligenciada. Assim como toda disciplina, especialmente as disciplinas espirituais, como oração e leitura bíblica, o jejum não é fácil de ser praticado, mas extremamente necessário. Meu conselho é: comece a jejuar! Não se preocupe com o tempo, mas, sim, com a qualidade do seu jejum. Esta é uma disciplina espiritual maravilhosa e que certamente trará muitos frutos espirituais gloriosos para sua vida.

por Luiz Ricardo Carvalho de V. Batista

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