Transferência genética de salvação?

Samuel foi resposta do Senhor à oração de sua mãe Ana, antes estéril. Consagrado e entregue ao serviço na Casa do Senhor, ali cresceu sob a liderança do sacerdote Eli e, infelizmente, viu muitos desvios dos filhos daquele sacerdote; entretanto “o jovem Samuel ia crescendo e fazia-se agradável, assim para com o Senhor como também para com os homens” (1 Samuel 2.26). Logo seu ministério foi amplamente reconhecido porque “todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado por profeta do Senhor”.

Samuel teve um abençoado ministério sacerdotal e profético. Sob a unção do Espírito de Deus ele exortou a nação ao arrependimento e retorno ao Senhor, liderou o livramento da nação israelita da servidão aos filisteus, e assim “Samuel julgou a Israel todos os dias da sua vida” (1 Samuel 7.15). Depois de um ministério brilhante e de ter constituído seus filhos juízes sobre Israel, o idoso Samuel ouviu os anciãos da nação pedirem um rei. Por quê? Porque, disseram eles, “teus filhos não andam pelos teus caminhos” (1 Samuel 8.5). Infelizmente era verdade porque “seus filhos não andaram pelos caminhos dele; antes, se inclinaram à avareza, e tomaram presentes, e perverteram o juízo” (1 Samuel 8.3). Que tristeza! Que tragédia! Este episódio, dentre outros citados na Bíblia, provam que não há transferência genética de dons, valores morais, valores espirituais nem, sobretudo, salvação.

O capítulo 18 do profeta Ezequiel aprofunda o assunto atestando que “a alma que pecar, essa morrerá: o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele” (Ezequiel 18.20). A partir desta constatação bíblica segue-se que cada um de nós é responsável, diante de Deus, pela nossa eterna condição de salvo ou perdido.

É urgente, pois, que façamos a mais expressiva de todas as escolhas da vida. Que escolhamos a vida eterna que nos é franqueada gratuitamente pelos méritos de Cristo Jesus, que tomando sobre Si nossos pecados nos deu livre acesso ao Pai pelos Seus muitos sofrimentos em nosso lugar.

Certa ocasião um grupo de judeus, tendo sido exortado a confiar no Senhor Jesus, ouviu dele: “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32). Eles retrucaram equivocadamente: “somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres?” (João 8.33). O equívoco deles estava em estribarem-se na fidelidade de seu ascendente Abraão, como se tivessem recebido a carga genética espiritual daquele ancestral. Jesus os corrigiu: “todo aquele que comete pecado é servo do pecado” (João 8.34). Diante dessa resposta do Mestre, todos nós estamos enquadrados e servos do pecado; portanto, todos nós precisamos daquele que pode nos libertar do pecado – Jesus Cristo.

Querido amigo, tu queres a salvação? Receba-a gratuitamente confessando Jesus Cristo como teu Salvador e Senhor pessoal. Não há outro. Deus te abençoe!

por Celso de Castro Costa

Compartilhe este artigo. Obrigado.