O Caminho, a Verdade e a Vida

O Caminho, a Verdade e a Vida


Dois adágios que já se popularizaram muito entre celebridades e influenciadores são: “Todas as religiões levam a um mesmo Deus” e “O importante é ser uma boa pessoa, pois todos os caminhos levam a Deus”. Nesse caso, não existe um caminho, mas caminhos à disposição de uma predileção conveniente. Igualmente, dizem não existir uma única verdade estabelecida, mas milhares de verdades expressas por diferentes pontos de vista. Assim sendo, o conceito de vida em seu aspecto físico, moral e espiritual seria particular a cada linha de crença religiosa. Entretanto, será que, à luz das Escrituras, existiriam outras maneiras de se chegar a Deus? Quantas verdades são confiáveis na busca pelo Criador? Podemos conseguir salvação de várias maneiras? Existem várias vidas ou processos purificadores até chegarmos à vida eterna? Quantos caminhos, quantas verdades e quantas vidas há de fato?

Vivemos em um país laico, onde é permitida a diversidade de crenças, com todos tendo o direito de expressar suas convicções religiosas, e nosso objetivo não é contestar isso, mas expressar a nossa convicção à luz da Bíblia, a Palavra de Deus, nosso guia de fé e prática, a qual consideramos fonte infalível e inerrante. Ela nos mostra qual verdade observar como legítima para não andarmos errantes e entorpecidos por qualquer caminho que não nos levará ao tão desejado lugar que nossa alma anela.

Todos os povos e culturas possuem alguma religião. Os registros históricos e arqueológicos mostram que ela é universal e tão antiga quanto a humanidade. Isso se dá pelo fato de que há dentro de cada um de nós uma tendência religiosa, um forte desejo nato pelo sagrado, por conhecer e se aproximar do Criador de nossa existência. Porém, o que torna essa busca um fracasso é justamente nossa natureza adâmica manchada pelo pecado (Romanos 5.12), que leva aquele que busca isso a caminhos errôneos e tortuosos, aos quais o Diabo enganosamente o conduz, fazendo-o acreditar serem verdadeiros (1 Coríntios 10.19,20). Todavia, Deus por Sua graça e infinita misericórdia, nos dispôs a solução para essa aproximação com Ele através do sacrifício de Cristo no Calvário (Romanos 5.6-11). Não temos a possibilidade de conhecer o Pai por nossa própria iniciativa. Essa aproximação só é possível através de Jesus (Efésios 2.18,19; 3.11,12). Não somos nós que O achamos, mas sim Ele que nos achou.

O discurso politicamente correto de que diversos caminhos nos levam a Deus não passa de um engano universalista visando acariciar o pecado e abraçar o politeísmo. A Bíblia nos revela claramente que só existe um Deus (Efésios 4.6), subsistente em três pessoas, a saber: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Mateus 28.19); e só existe um salvador (1 João 4.14) e mediador entre Deus e os homens: Jesus (1 Timóteo 2.5). A Bíblia não menciona uma diversidade de maneiras de se chegar a Deus, tão pouco aprova como meio salvífico as práticas piedosas, de autonegação e de aplicação de justiças sociais. Servir a Jesus não se restringe a ser uma pessoa devota, que tem forte participação em ajudas generosas aos pobres e necessitados. Isso é uma obrigação requerida a qualquer cidadão de bem. Isso não garante diminuição das penas pelos nossos pecados e muito menos garante a salvação da alma pecadora. A Palavra de Deus diz que mesmo nossas atitudes consideradas boas são manchadas pelo pecado e insuficientes para tornarmo-nos agradáveis diante de Deus (Isaías 64.6; Romanos 7.18).

Posto isso, é um grande devaneio percorrer por uma via longe de Jesus e acreditar que estamos sendo aceitos por Deus apenas pelas boas ações que praticamos. Apenas Jesus Cristo pode nos levar a Deus (João 14.6). No andar com Ele desfrutamos da companhia do próprio Pai. Quem olha para Ele está olhando para o Patēr (João 10.30; 14.9-11).

Somos apresentados na Bíblia a unicamente dois caminhos incontornáveis, dos quais a realidade situacional é concreta (Mateus 7.13,14). Existem apenas esses dois caminhos e somente uma possibilidade: ou trilha por um ou anda no outro. Se não é com Cristo, é com Satanás (1 João 3.8). Se Jesus não for o Caminho, então seu destino será o inferno. Só existem essas duas opções. Ao rejeitar uma, automaticamente você escolherá a outra. Mesmo que certos segmentos religiosos venham apresentar ritos de purificação ou indulgências para purgar pecados, somente Cristo pode nos perdoar e salvar. Se certa religião afirma acreditar na Bíblia, mas nega a divindade de Jesus ou considera que a salvação precisa ser com obras humanas, esse modo de crença é inautêntico e profano, pois a salvação eterna somente é encontrada em Cristo.

O apóstolo Paulo nos admoesta que “o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4.4). Muitas pessoas, cegadas pelo pai da mentira (João 8.44), mesmo sendo tocadas pelo Espírito Santo, acabam rejeitando a salvação, optando pelos prazeres passageiros deste mundo. Satanás também tem se utilizado de muitas religiões falsas e enganosas para iludir com intuito de que tais pessoas não tenham conhecimento e rejeitem a verdadeira salvação para a alma. Pode parecer exclusivismo religioso, mas a verdade é que qualquer religião que não tenha Cristo como centro e como o único meio de salvação está seriamente catalogada como falsa. Se Jesus não é o começo e também o fim de seus credos doutrinários, então ela é incontestavelmente enganosa.

A religião verdadeira tem como célula mater a pessoa de Cristo, pois o Seu sangue é o sangue vicário derramado no Calvário para nossa salvação. Ela tem Jesus como único mediador, única esperança para a humanidade (João 1.6-14) e único meio de se chegar a Deus. Por mais mística, inclusiva e pacificadora que possa parecer, qualquer religião que não tenha Jesus como autor e consumador deve ser abandonada. Ele é a Verdade. Quem não está com Ele, encontra-se em farsa malignamente danosa. Jesus não engana ninguém. Ele nos deixou escrito, por meio de Seus servos, um manual de fé e prática que norteia nossa conduta: a Bíblia. Nela, Ele deixa claro que não comunga com o pecado (Salmos 5.4-6; 1 João 1.5-7,15-17). As religiões são politicamente corretas, sua pregação não confronta o pecado, estão a contar-lhe uma mentira. Já a verdade de Jesus é libertadora. Ele veio nos libertar do pecado e não nos confortar em nossa prisão.

por Osiel de Sá

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