Da artrogripose distal aos milagres

Da artrogripose distal aos milagres


Ele tinha macrocefalia e atrofiamento das pernas e dos braços, mas Deus o curou

Quem vê e ouve o jovem paraibano Áquila Samuel louvando a Deus não tem ideia dos ocorridos com ele e a família no decorrer do final da gestação, do nascimento e da sua vida ao longo de seus 24 anos. Em resumo: sua trajetória é de milagres. Ele é um milagre!

Quando grávida dele, Maria Conceição (Ceiça), sua mãe, fazia o acompanhamento pré-natal em Currais Novos (RN) e todos os exames apresentavam perfeita saúde dela e dele. Isso até um dia antes do parto. No pré-operatório, na última ultrassonografia, o exame detectou uma anormalidade: a criança estava com o crânio maior que o normal. “Minha mãe tinha tido um sonho na noite anterior, onde Deus havia revelado a ela que eu nasceria com deficiência”, conta Áquila.

Quando o menino nasceu, a médica informou à mãe que ele tinha macrocefalia. Na verdade, mais que isso. De imediato, os profissionais levaram o recém-nascido direto para a UTI, onde passou nove dias. Após exames mais detalhados, saiu o diagnóstico: Áquila era portador de uma doença rara chamada artrogripose distal. “Além do crânio grande, nasci com braços e coxas atrofiados e menores que o normal. Nasci sem joelhos e não faria o movimento de pedalar. Disseram que provavelmente eu não iria conseguir falar, nem andar e nem ouvir. Nem pescoço eu tinha. Não havia esperança de que minha mente fosse normal”, comenta.

No dia seguinte ao nascimento, seu pai, João Ednaldo, conhecido como irmão Doca, foi visitar a esposa e o filho no hospital. Quando viu o menino na incubadora, concluiu que ele não sobreviveria àquela noite. Nesse instante, Deus o fez lembrar-se da promessa que Ele havia feito de que seu filho seria usado para a glória do nome dEle. Quando seu pai aceitou Jesus, no sexto mês da gestação, o Senhor usou um irmão em profecia e disse: “Olha, o filho que está no ventre de tua mulher será para a glória do meu nome e ele vai te ajudar no ministério através do louvor”. Naquela madrugada do dia da visita, irmão Doca estava orando e lhe veio à mente Filipenses 2.27: “E, de fato, esteve doente e quase à morte, mas Deus se apiedou dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza”. Aquela palavra entrou em seu coração como um bálsamo. O pai passou a sentir segurança de que o Senhor estava cuidando de tudo e de todos.

Enquanto Deus falava com o pai, o Inimigo lançava setas na mente da mãe. Certo dia, uma enfermeira foi até ela e disse: “Estava vendo uma reportagem que dizia que quando um filho nasce todo deficiente é pagando os pecados dos pais”. Mesmo aflita por essas palavras, a mãe não contou ao esposo. Ele estava no trabalho em Picuí, distante mais de 50 km. Nesse ínterim, um evangelista por nome Zenóbio, passando em frente ao trabalho do pai do menino, foi movido pelo desejo de voltar e lhe entregar um recado. Disse ele: “Irmão Doca, Deus me deu um versículo para te dar. Não sei se faz sentido para o senhor. O texto é João 9.3, que diz: ‘Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus’”. Depois, quando o pai e a mãe de Áquila conversaram por telefone e ambos falaram dos acontecidos, entenderam que Deus estava mais uma vez gerando consolo a respeito do futuro da criança.

Passados 9 dias na UTI, a mãe voltou para casa, onde, em sonhos, o Senhor mostrou o milagre. Ela via seu filho brincando em uma praça. Enquanto o observava, alguém apareceu e questionou: “Ué, mas não disseram que ele não ia andar? Não disseram que ele não ia falar e que não ia correr?”. Ao observar direitinho seu filho no sonho pegando uma bola, a mãe percebeu que sua mão era maior que o normal. Ali, o Senhor lhe disse: “Eu vou fazer, mas vou deixar uma marca para que se lembrem que fui eu quem fiz”.

“De fato, o Senhor deixou uma marca para quando eu subir em qualquer púlpito, em qualquer local, ou fizer qualquer oração, eu olhar para mim mesmo e dizer: ‘Meu Deus, eu não sou nada. Eu só estou aqui porque foi a Tua mão que fez’. A marca foi eu só conseguir caminhar mancando”, comenta Áquila.

O rapaz conta que a irmã Nevinha Neto, uma das pioneiras da oração em Picuí, fez uma visita à família. No momento da oração, cheia do Espírito Santo, ela disse: “Ainda verei esta criança andando e correndo dentro da igreja”. Aos sete meses do filho nascido, irmã Ceiça foi a um Círculo de Oração no município de Baraúna. Lá, quando se preparava para ir embora, Deus usou duas irmãs. Uma falou particularmente no púlpito e outra na porta de saída. Ambas disseram: “Deus vai colocar tudo no devido lugar. Tudo! Este menino é para a glória de Deus”. A criança não estava com a mãe na ocasião.

Com o passar do tempo, sem qualquer procedimento cirúrgico, o milagre foi sendo visto no dia a dia. À medida que crescia, seus membros foram ficando normais. Quando tinha 10 anos, sua mãe conversava com um grupo de irmãs, contando os feitos do Senhor na família, quando pediu ao filho para mostrar as mãos. Para surpresa delas, o dedo anelar da mão direita, que era torto, milagrosamente endireitou naquele instante. Quando tinha 5 anos, Áquila recebeu a primeira oportunidade para cantar na igreja. Segundo ele, seus primeiros pastores, José Raimundo e Osiel Câncio, lhe ajudaram muito. Desde então, seu talento musical se desenvolveu. Hoje, Áquila canta na igreja onde congrega e em eventos para os quais é convidado, toca teclado e compõe canções ao Senhor. Residindo em Campina Grande, ele cursa Engenharia da Computação no Instituto Federal da Paraíba.

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