Cristãos perseguidos na China e Congo, e evangelismo avançando no Malawi

Cristãos perseguidos na China e Congo, e evangelismo avançando no Malawi

Estratégias são criadas para levar adiante a mensagem apesar da oposição

A organização Mission Network News (MNN) veiculou que a perseguição contra as comunidades cristãs na Nigéria e na República Democrática do Congo (RDC) não arrefeceu e se transformou em um grande desafio a ser encarado pelos demais cristãos, embora esse drama tenha sido ignorado por muitos. A entidade cristã deu conta de que ataques fatais nos dois países são rotineiros, frequentes e perpetrados por extremistas muçulmanos.

“Eles são como os jihadistas que atacaram a África centenas de anos atrás. Os muçulmanos fulani estão espalhados em 15 países na África Ocidental e Oriental, e estão ressuscitando problemas do passado”, disse Greg Kelley, missionário da MNN que acrescentou que “durante os dias que antecederam a Páscoa, quase 100 cristãos foram mortos no norte da Nigéria por extremistas muçulmanos. Vários fiéis e o pastor foram sequestrados em um ataque a um culto do Domingo de Ramos. No leste da República Democrática do Congo, pelo menos 69 cristãos foram mortos em três ataques separados no mês passado”, relatou o missionário.

Apesar do contexto marcado por dor e angústia, os missionários encontram maneiras de anunciar a Palavra de Deus às vítimas da perseguição, inclusive com a distribuição de Bíblias em áudio recarregáveis à energia solar. “Enviamos a Palavra de Deus a eles. As sociedades bíblicas traduzem as Escrituras para as línguas sobre as quais estamos falando na RDC e em toda a Nigéria. Todas essas línguas têm Bíblias”, explicou Kelley.

O missionário enfatizou a importância dessas Bíblias na vida dos crentes perseguidos, por este motivo ele pede orações para que a comunidade mantenha a serenidade e consiga interceder por seus opositores. A esperança é que a Palavra de Deus traga conforto e paz em meio à guerra.

As hostilidades tornaram-se rotineiras no Congo, país comandado pelo católico Denis Sassou Nguesso, que, juntamente com as demais autoridades do país, não consegue conceber uma política de austeridade que funcione contra a ação terrorista dos radicais, que perseguem homens e mulheres indefesos que apenas ousam manifestar publicamente a sua fé em suas reuniões e no cotidiano.

Perseguição dos comunistas não impede progresso da igreja na China

O pastor Johnnie Moore, membro da Comissão de Liberdade Religiosa dos Estados Unidos, alertou que “a conversão em massa ao Cristianismo na China é inevitável e pode ocorrer dentro de uma a três gerações”. Atualmente, a China, que abriga paroximadamente mais de 100 milhões de cristãos, pode chegar a ter entre 150 milhões e 175 milhões de cristãos. O ativista esclareceu que, desde o final dos anos de 1980, houve um notável crescimento na quantidade de protestantes na China, que passou a compreender pelo menos 3% da população. O canal de notícias Fox News veiculou que, além dos evangélicos, o catolicismo e o islamismo também têm experimentado crescimento, de maneira que, juntos, os religiosos chineses superam em número os membros do Partido Comunista Chinês (PCC).

Por sua vez, as autoridades chinesas não arrefeceram de seu objetivo de reprimir os cristãos nas mais diversas modalidades: destruição de torres e cruzes de igrejas, detenção de pastores e confisco de Bíblias etc. E em se tratando da literatura, o Livro Sagrado acabou sendo reescrito a fim de atender aos reclames dos comunistas em detrimento aos ensinamentos de Cristo, além da utilização da inteligência artificial para intimidar os crentes a se submeterem ao governo.

 A Revolução Cultural liderada por Mao Tsé Tung varreu o país oriental e “limpou” a nação dos símbolos capitalistas e tradicionalistas, contudo a mensagem cristã se expandiu por causa dos esforços de mártires, que acabaram morrendo no cárcere, tendo o corpo cremado e as cinzas entregues à família. As notícias recebidas dos missionários ocidentais após sua expulsão da China davam conta de que mais chineses se convertiam à fé cristã, apesar da perseguição. As ditaduras mundo afora têm sido enfrentadas por cristãos que mantêm a sua fé em Jesus Cristo, mesmo colocando em risco a sua segurança. Moore estima que o Partido Comunista não será o mesmo em uma geração e que os cristãos nacionais chineses serão a maior e mais forte igreja em todo o mundo.

Evangelho avança no Malawi graças ao Projeto Philip 

Enquanto a perseguição acontece na China e Congo, ganhando contornos assustadores, no Malawi a mensagem da Palavra de Deus avança grandemente. No país, as Boas Novas de Cristo são anunciadas através do Projeto Philip, que tem sido fundamental na decisão de muita gente a abandonar o pecado e seguir a Jesus, e um desses convertidos é o atual líder da igreja em Balaka, professor Amos, que abandonou a vida mundana e decidiu seguir a Jesus Cristo. “Eu gostava de participar de eventos sociais; bebida e raiva encheram minha vida. Meu dia mais memorável é quando Jesus me libertou da escravidão do pecado”. Amos disse que, após a sua decisão, alguns familiares instaram com ele para não frequentar os estudos bíblicos. “Eles diziam que era perda de tempo, mas eu não desisti de minha jornada de fé e transformei a oposição como combustível para continuar correndo a minha corrida”, revelou o professor. 

Os esforços dos evangelizadores resultaram na consolidação da fé no coração de Amos, que se tornou íntimo das Escrituras, em especial das passagens de João 16.33 e Josué 1.8, que se tornaram grande fonte de encorajamento para ele. Amos é um dos poucos cristãos portadores de um exemplar da Bíblia e ele mesmo conhece a enorme carência da Palavra de Deus em sua área. “Poucas pessoas têm Bíblias — a maioria não. Edificar uns aos outros na Palavra e no discipulado é difícil”, comenta. Por este motivo, há a necessidade da utilização de mais Bíblias para alcançar os compatriotas e equipar as pessoas no discipulado de longo prazo.

“Os estudos bíblicos do Projeto Philip são um presente especial de Deus sem precedentes. Através desta configuração de pequenos grupos, muitos jovens se juntaram à comunhão da Palavra e a frequência à igreja aumentou”, jubilou o professor, que observa as pessoas na comunidade utilizando os estudos bíblicos do Projeto Philip para se engajar na Palavra de Deus. 

O projeto também cuidou do crescimento espiritual das pessoas no sentido de ajudar o professor e seus pares a compreender a salvação apresentada por Deus aos seres humanos e a importância de compartilhar a sua mensagem por intermédio de pequenos grupos. “Eu estou comprometido em servir a Jesus e conduzir uma vida obediente, desejando que Deus continue me instrumentalizando para alcançar muitas vidas perdidas. A minha súplica é que meu irmão mais velho se entregue a Jesus como seu Salvador pessoal, pois ele ainda vive a velha vida que eu abandonei quando ouvi o Evangelho”, declara Amos.

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