Vida após morte cerebral e oração da igreja

Vida após morte cerebral e oração da igreja

Promessas do Senhor têm sido cumpridas na vida de jovem após período de prova de fé

Lyara Pereira Neris Barbosa de Souza descobriu em 2008, aos 14 anos, que era vítima de problema renal que comprometeu 70% de suas funções de modo que a sua internação tornou-se imprescindível. A biópsia foi realizada no Hospital Geral em Cuiabá (MT) e o resultado inconclusivo tornou nebulosa a causa da patologia. Apesar disso, se fizeram necessárias seções de hemodiálise. Até então os médicos não haviam identificado a nefropatia crônica que assolava o seu organismo.

“Rejeitei o tratamento por medo e desconhecimento do que era a hemodiálise. Pensava ter chegado ao fim, pois o médico me disse que eu teria pouco tempo de vida, pois as minhas taxas de ureia, creatinina e potássio eram assustadoras. Por eu ter apenas 14 anos, fizeram minha mãe assinar um termo isentando o médico e a clínica caso eu viesse a falecer”, lembra a jovem. Enquanto isso, a saúde de Lyara piorava a olhos vistos. Como seu organismo retinha muito líquido, ela passava mais tempo internada na clínica do que em casa. Não tendo outra alternativa, a paciente atendeu a recomendação médica e decidiu se submeter ao procedimento. Após um ano do diagnóstico, o seu estado era considerado gravíssimo. O quadro clínico a fez peregrinar de UTI em UTI. Os pais de Lyara, pastor Teodorico Barbosa de Souza e sua esposa Benedita Pereira Neris Barbosa de Souza (conhecida por irmã Bia), juntamente com seus irmãos Sebastião Pereira Neris e Marcos Roberto Pereira Neris, não cessavam de clamar em busca do socorro divino. “Na primeira seção de hemodiálise, tive a primeira parada cardíaca e respiratória, mas o clamor de minha mãe chegou diante de Deus e Ele me trouxe de volta”, recorda.

O seu tratamento e a consequente luta pela vida levou a paciente a fazer um balanço de sua vida, ao lembrar que a sua carreira como adoradora teve início aos 4 anos de idade e o Senhor cuidou dela, inclusive com promessas em sua vida. “A minha mãe jamais desistiu das promessas do Senhor. Quanto a mim, eu atravessava um período de dor e sofrimento, mesmo assim jamais abandonei a obra de Deus. Houve situações nas quais eu saía da cadeira de hemodiálise e cumpria a minha agenda de louvor”, relata a jovem.

O quadro clínico de Lyara complicou-se e ela chegou a ser internada com infecção generalizada porque a veia do braço direito onde havia a fístula foi estenosada. Naquele momento, ela pesava 37 quilos e o seu braço estava do tamanho de um refrigerante de 2,5 litros. A paciente não resistiu e o coma foi inevitável. “Permaneci 55 dias em coma profundo, com morte cerebral constatada, totalmente desenganada pelos médicos, que informaram minha mãe que o meu quadro era irreversível e com pupilas dilatadas. Os profissionais administraram os antibióticos mais potentes conhecidos pela medicina, sem sucesso. Eu estava no hospital, mas a minha família e a igreja do Senhor oravam por mim, e quando eu comecei a apresentar sinais de melhoras, os médicos não entendiam o que estava acontecendo. Antes disso, porém, os médicos haviam alertado minha mãe que se preparasse para meu óbito”, conta.

A paciente não tinha discernimento do que acontecia ao seu redor devido ao coma. Sua mãe ignorou o pessimismo dos médicos e seguiu o exemplo dos fiéis, clamando ao Senhor até obter a resposta. “Eu disse para Jesus que viesse pessoalmente e não enviasse um anjo para verificar essa situação, já que Ele, ao pedir que eu fizesse algo, eu O atendia sem indicar um substituto. A resposta de minha oração ultrapassou as expectativas”, relata Benedita. Lyara soube depois que o milagre a alcançou, mas não ficou restrito apenas à recuperação de sua saúde: os demais pacientes foram beneficiados pelo clamor de sua mãe.

“Enquanto estive na UTI, local onde não era permitida a presença de familiares, algo de extraordinário aconteceu: os médicos permitiram a presença da minha mãe por todo o período de internação e a medida que aconteciam melhoras em meu organismo, eu percebi que os demais pacientes internados na unidade intensiva começaram a apresentar melhoras também e foram embora para casa. Os familiares dos pacientes também tiveram acesso e acompanharam seus entes queridos. Depois minha mãe me disse que o Espírito Santo a respondeu e, ao pedir que Jesus viesse pessoalmente, Ele compareceu e a Sua glória irradiou sobre os demais pacientes”, lembra Lyara.

Quando a paciente foi submetida à cirurgia para desligamento da fístula, ela já havia retornado do coma, o braço voltou ao normal, mas continuava nas sessões de hemodiálise diários às 6h da manhã e com duas horas de duração. Seu retorno ao lar deu-se no dia 13 de março de 2013. Devido aos seus 37 kg, não havia possibilidade de realizar a sessão completa de hemodiálise. Após três meses de sua saída da UTI, ela foi chamada para o transplante de rim, no dia 16 às 7h da manhã. O procedimento foi executado no Hospital do Rim e Hipertensão na Vila Mariana, em São Paulo (SP), em atendimento à fila de transplante.

Lyara hoje agradece a Deus pelas bênçãos recebidas de Suas mãos. “Para glória de Deus, recebi a cura completa! Jesus é o mesmo ontem, hoje e será eternamente, e não existe impossível para Ele! Hoje em dia, dou prosseguimento ao meu ministério de canto e aproveito para anunciar o meu testemunho por onde vou! Sou membro da Assembleia de Deus Ministério do Belém em Morada do Ouro, conduzida pelo pastor Sérgio Martins, em Cuiabá (MT). Estou com 29 anos, sou psicóloga e no momento estou em fase de conclusão do curso de Direito. Sempre vou contar o milagre que Deus realizou na minha vida”, alegra-se a jovem.

Por sua vez, a mãe e Lyara revela que nos locais onde ela se apresentava ainda enferma o Senhor revelava Seus planos: viagens ao redor do mundo para cantar e contar as Suas maravilhas, e formação no nível acadêmico e profissional. “A minha filha, após sua reabilitação já recebeu convite para visitar a Bolívia e os Estados Unidos. Ela já possui seu apartamento e tem se realizado no meio secular também. Ela formou-se em Psicologia há seis anos”, celebra.

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