Descoberta a língua perdida dos amorreus

Descoberta a língua perdida dos amorreus

Até então, os pesquisadores haviam encontrado poucas evidências de que os amorreus, povo nômade que viveu há mais de 3.000 anos na região atualmente conhecida como Síria e Israel, tivessem uma língua própria. Entretanto, uma descoberta sugere não ter apenas existido uma língua amorita, mas que também ela foi possivelmente usada até o leste da antiga Mesopotâmia, atualmente no Iraque. Tratam-se de tabuinhas com inscrições na antiga língua dos amorreus.

Os pesquisadores Manfred Krebernik, professor e presidente de Estudos do Antigo Oriente Próximo na Universidade de Jena, na Alemanha; e Andrew R. George, professor emérito de literatura babilônica na Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres, disseram à Live Science que alguns especialistas duvidavam da existência da linguagem. Segundo eles, o conhecimento do amorreu era tão lamentável que alguns especialistas duvidaram que tal linguagem sequer existisse. Eles acrescentaram que as tabuinhas resolvem essa questão e mostra que a linguagem era articulada de forma coerente e previsível e totalmente distinta da linguagem acadiana.

A Sociedade de Arqueologia Bíblica (BAS, na sigla em inglês) observa que os pesquisadores descrevem o par de tabuletas da Antiga Babilônia – que datam de aproximadamente 1894 a.C. – como trazendo inscrições com vocabulários semelhantes, mas em duas línguas distintas divididas em duas tabuinhas. A coluna da direita está escrita na língua acadiana, enquanto a linguagem usada na coluna da esquerda é o que os pesquisadores chamam de “semita do noroeste, com alguma mistura de acadiano”, que é o amorreu.

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