Refutando o falso evangelho e abraçando a mensagem da cruz

Refutando o falso evangelho e abraçando a mensagem da cruz

“Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis” (2 Coríntios 11.3-4).

Outro evangelho? Não! Não há outro! Não pode haver dois evangelhos. A verdade é que tão somente alguns homens têm tentado, de forma sorrateira e sagaz, perverter o Evangelho de Cristo. Trata-se de um intento vão, porque o evangelho pervertido já não é Evangelho, é um pseudo-evangelho.

Nos dias do apóstolo Paulo, à época da Igreja Primitiva, os falsos ensinamentos já circulavam de forma a tentar afastar os crentes da simplicidade que há em Cristo. A preocupação de Paulo se justifi ca pelo fato de que o apóstolo sabia que sempre que uma igreja troca o Evangelho da graça por outro evangelho, entra por um caminho cujo destino final é a morte.

Assim, escrevendo à igreja de Corinto, Paulo denuncia essa tendência de se abandonar o verdadeiro Evangelho por outro evangelho, um evangelho diferente, que na verdade não é o Evangelho. É um evangelho falso, que tem a sua origem na antiga serpente, Satanás.

O comprometimento do apóstolo dos gentios em pregar o genuíno Evangelho aos crentes de Corinto é revelado de forma explicita quando ele afirma: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2 Coríntios 11.2).

Paulo sabe que uma mensagem que não purifica o pecador, preparando-o para encontrar-se com Cristo, mas que, ao contrário, afasta-o dEle, sem precisar afastá-lo da igreja, somente pode vir de inspiração demoníaca. Esse câncer, chamado falso evangelho precisa ser tratado radicalmente. Visto que jamais teremos uma igreja cristã, cujas pessoas que fazem parte dela estejam sendo formadas em seu caráter à imagem de Cristo, se não pregarmos com responsabilidade e integridade a Palavra de Cristo, a Bíblia Sagrada. Pois a Palavra de Deus bem compreendida e obedecida é o caminho mais curto para a perfeição espiritual. E nós não devemos selecionar algumas passagens preferidas em detrimento de outras. É preciso nada menos que uma Bíblia inteira para fazer um cristão inteiro.(1)

O apóstolo Paulo entendia perfeitamente que os pregadores do falso evangelho eram verdadeiros corruptores da noiva de Cristo, não tencionavam nada de bom para ela, ainda que quisessem dar a entender o contrário. Queriam se valer da noiva e não se dedicar zelosamente ao bem-estar espiritual da mesma. Aqueles falsos mestres estavam desviando a comunidade cristã de Corinto para longe da pureza de Cristo. Enquanto Paulo, ensinando com comprometimento o verdadeiro Evangelho, purificava a noiva, os falsos apóstolos corrompiam-na, apartando-a da simplicidade e pureza devidas a Cristo.

Segundo o Dicionário Bíblico de Strong, a palavra grega usada para “corromper” (phtheiro), em relação à espiritualidade da igreja, significa “desviar a igreja cristã daquele estado de conhecimento e santidade, no qual ela deve permanecer”.(2)

Em relação às virgens, a palavra era usada para indicar “sedução”, como também para indicar a ruína de todas as formas, morais ou de confiança, mas que igualmente indica a destruição eterna.

A corrupção moral está sendo ali denunciada por Paulo, pois a mesma leva a virgem pura, a Igreja, a comportar-se como uma prostituta. O Evangelho puro forma uma Igreja pura, porém um evangelho adulterado forma uma igreja adúltera. Portanto, refutemos o falso evangelho e abracemos sempre a Mensagem da Cruz.

Notas

(1) TOZER. A. W. Citado em TRASK, Thomas E. GOODALL, Waide I. De Volta para a Palavra. CPAD, p. 18.

(2) STRONG, James. Dicionário Bíblico Strong: Léxico Hebraico, Aramaico e Grego. Sociedade Bíblica do Brasil, p. 1742.

Por Márcio Santos.

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