Mais de 2,7 mil casos de antissemitismo na Alemanha

O Departamento de Pesquisa e Informação sobre Antissemitismo (RIAS) anunciou no dia 28 de junho um fato estarrecedor na Alemanha: aconteceram recentemente mais de 2,7 mil casos de antissemitismo contra a comunidade judaica nacional. A entidade divulgadora é um grupo que acompanha esses incidentes no país. O relatório emitido dá conta de que a discriminação teve motivos variados, como o conflito no Oriente Médio, com críticas antissemitas a Israel; teorias de conspiração antijudaicas; e até teorias antijudaicas na pandemia. Todos esses “argumentos” foram considerados estimuladores dos 2.738 casos registrados.

O grupo informou também que os registros incluem incidentes criminosos e não criminosos. Entre as ocorrências, figuram 63 ataques e seis casos de violência extrema. Em média, foram catalogados aproximados sete casos de antissemitismo diários na Alemanha. O comissário do governo alemão para combater o antissemitismo, Felix Klein (foto), qualificou como “assustadora” a quantidade de ocorrências, mas ele acredita que o registro desses casos “é um passo para reduzir os números sombrios”. Os ativistas disseram que os responsáveis por 17% dos incidentes foram “extremistas da direita” alemã, entretanto eles disseram que a maioria esmagadora dos incidentes não está ligada a qualquer visão política específica.

O grupo qualificou como sendo “violência extrema” um ataque a um judeu que participava de uma vigília por Israel na cidade de Hamburgo e uma troca de tiros em um centro comunitário judaico em Berlim. “Ao todo, 964 pessoas — judeus e não-judeus — foram diretamente afetadas por incidentes antissemitas”, disse Benjamin Steinitz, chefe da RIAS. Já Marina Chernivsky, membro da organização israelense Ofek, avaliou o alto número de casos como um “barulho de fundo” na vida judaica na Alemanha.

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