Por causa das alterações na estrutura da córnea, que se torna mais fina, sofrendo modificações em sua curvatura, ela vai ganhando uma forma mais cônica que o normal (ectasia). Geralmente, as alterações na córnea resultam em miopia e astigmatismo miópico. A Medicina define a miopia e o astigmatismo como dois tipos de erros refrativos. Por sua vez, o ceratocone ocular é a distrofia considerada mais frequente da córnea. As estatÃsticas mostram que é uma doença que afeta um indivÃduo em cada mil e ocorre em todo o mundo, com maior incidência em alguns grupos étnicos.
De modo geral, ele é diagnosticado em adolescentes na segunda década de vida, apresentando o quadro mais grave na segunda e na terceira décadas de vida do paciente. “A doença pode afetar apenas um ou ambos os olhos e o diagnóstico é feito por observação clÃnica e de exames complementares de diagnóstico. O ceratocone não tem cura, contudo, se tratado de forma adequada, pode restabelecer aos doentes uma boa acuidade visual compatÃvel com as necessidades das tarefas diárias. Nos estágios mais avançados, o doente pode, inclusive, ficar cego”, informa o médico português.
O profissional indica as duas formas mais utilizadas no tratamento da doença, que são óculos ou cirurgia.
O tratamento da hipovisão provocada pela enfermidade através de óculos deve ser feito durante o inÃcio da doença; e quando os óculos não produzirem os efeitos desejados, o paciente deve experimentar lentes de contato para ceratocone, lentes de contato semi-rÃgidas ou rÃgidas. Já o tratamento via cirurgia é para a colocação de anéis corneanos no estroma da córnea a fim de modificar a sua curvatura, para resultados visuais satisfatórios. Mas, quando a córnea não apresenta condições fÃsicas ou é muito cônica ou turva, o procedimento indicado é o transplante de córnea, de forma a restabelecer a transparência dos meios óticos.
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