De que maneira o pecado é passado aos seres humanos?

De que maneira o pecado é passado aos seres humanos?

Lemos em Romanos 3.23-26 que “todos pecaram”, mas como acontece a transmissão do pecado ainda hoje?

Para entendermos como acontece a transmissão do pecado até os dias atuais, precisamos inicialmente regressar ao início de tudo, quando o homem foi criado por Deus à Sua imagem e semelhança. Portanto, entre outros atributos, o homem foi criado eterno e santo, com uma perfeita comunhão com o seu Criador. Em Gênesis 2.8, a Bíblia diz que “o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, na banda do oriente, e pôs ali o homem que tinha formado”. Observemos que, dentro do Éden, Deus criou um jardim, um lugar especial, um santuário peculiar onde colocou o homem. Ao desobedecer a seu Criador, o homem pecou e foi “destituído” não apenas do lugar, mas também da posição e da glória que havia recebido. Deus, que é santo e justo, executou Sua justiça sobre o homem e esse foi expulso daquele maravilhoso jardim e lhe foi tirado todos os privilégios e a posição que ocupava guardando e administrando aquele lugar (Gênesis 2.15). Ao ser lançado para fora do jardim, o homem foi “destituído” e perdeu sua condição original de santo e eterno, e seu acesso ao jardim foi bloqueado por um querubim e por uma espada inflamada (Gênesis 3.23-24).

As consequências do pecado

Ao ser banido do jardim, o homem passou a viver em uma condição moral e espiritual totalmente diferente, sofrendo as consequências de sua desobediência. Perdeu sua glória e santidade e se tornou um ser mortal — seu acesso à árvore da vida foi bloqueado e sua comunhão ilimitada com o Criador foi perdida. Esta condição não afetou apenas Adão e Eva. As consequências deste nefasto ato de desobediência atingiram todos os seus descendentes até os dias de hoje. “Pelo que por um homem entrou o pecado o mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Romanos 5.12). Isto significa que, a semelhança de Adão, excluído do santuário, todos os homens já nascem destituídos da natureza santa e justa de Deus. Quando Paulo diz na Carta aos Romanos que “todos estão debaixo do pecado “Não há um justo, nem um sequer” (3.9-10), ele está dizendo que todos nós estamos fora do jardim, o caminho foi bloqueado para todos pela justiça de Deus e não há um sequer que possa, por sua própria justiça, regressar àquela condição original existente antes da Queda. Todos nós fomos excluídos da glória de Deus. O pecado de Adão levou toda a humanidade para fora do jardim, para longe da presença de Deus. É exatamente nisto que consiste a perpetuação do pecado a todos os homens até os dias atuais. Lembremo-nos de Davi quando disse: “Eis que em iniquidade fui formado e em pecado me concebeu minha mãe” (SaImos 51.5). Davi estava apontando para a sua condição original de pecador como consequência da natureza humana destituída da glória de Deus, não apenas desde o nascimento, mas desde a concepção no ventre da mãe. Portanto, ser um pecador é uma condição inerente a todos os seres humanos.

A solução para o pecado

A gloriosa mensagem do Evangelho nos mostra o caminho (João 14.6) apontado por Deus pelo qual Ele nos conduz de regresso ao santuário e nos restitui a glória que perdemos aos sermos destituídos, expulsos do jardim: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou...” (Hebreus 10.19). O caminho do jardim foi bloqueado para Adão e todos nós, seus descendentes, porém Deus proveu um caminho novo e vivo que nos conduz de regresso ao Santuário da Sua santa comunhão – Jesus Cristo!

Por Sérgio Batian.

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