Cura de poliomielite com hino da Harpa

Cura de poliomielite com hino da Harpa

Quando criança, Lindaura foi curada ao cantar o hino nº 7 do hinário assembleiano

A menina Lindaura já ensaiava os primeiros passos aos oito meses de idade causando alegria aos pais, que moravam na cidade de Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa (PB), quando, com o passar do tempo, os pais (in memoriam)  André Augusto de Figueiredo (conhecido como Irmão Ninfo) e Josefa Moreira de Figueiredo (conhecida como Irmã Zefinha) perceberam algo diferente nos movimentos da filha. Ao levarem a criança ao médico, a informação recebida não foi nada animadora. “Os exames solicitados deram conta de que eu havia contraído poliomielite e que meus pais deveriam adquirir aparelhos a fim de possibilitar a minha locomoção”, conta Lindaura.

A notícia desalentadora comoveu os pais e demais familiares. “Minha mãe chorava muito, meu pai não emitia opinião, contudo o Senhor falava por meio de profecia que eu visitaria muitos países e seria instrumentalizada por Ele. Lembro que a minha mãe retrucava e dizia: ‘Deus vai instrumentalizar uma aleijada?’”, conta. Mesmo naquela época, a paralisia não foi obstáculo para que Lindaura comparecesse aos cultos e demais programações agendadas pela liderança da igreja onde congregava. “As irmãs que trabalhavam no Departamento Infantil me levavam no colo para os trabalhos. Eu não ficava restrita ao contexto do lar; ao contrário, congregava. Apesar de minha pouca idade, comecei a desenvolver a certeza de que o Senhor poderia me restabelecer”, lembra.

A menina presenciava as maravilhas que Deus realizava por meio do homem cujas filhas a levavam à igreja: o presbítero José Alves. Ao contemplar irmãos sendo curados, ela não entendia a razão pela qual a sua mãe não abordava o obreiro e solicitava um clamor para o seu restabelecimento. O que a mãe fazia era manter a filha seguindo uma agenda nada agradável a uma criança com aproximados três anos de idade, mas necessária devido àquela situação: sessões de fisioterapia. “Eu oferecia resistência e dizia para minha mãe que sentia medo. Falava para ela que morreria durante o processo, mas era esse o recurso indicado para pacientes com meu perfil. Cheguei a dizer para ela também: ‘A senhora não acredita que Jesus cura as pessoas? Eu acredito!’. Nessa época, meus pais já haviam comprado os aparelhos e aguardavam a entrega em casa”, conta Lindaura. A insistência da menina compungiu o coração dos pais, que convidaram o presbítero José Alves para lhes fazer uma visita e orar pela filha. “Lembro-me que, ao chegar em casa, o obreiro me abordou assim: ‘Galeguinha, você crê que Jesus cura?’. E eu respondi: ‘Creio, sim’. E logo comecei a cantar o hino 7 da Harpa Cristã, intitulado ‘Cristo cura sim’. Nesse ambiente enlevado pelo hino, o presbítero orou por mim, foi um pedido com poucas palavras, mas vimos o Senhor realizar o milagre. Ele me ordenou: ‘Galeguinha, levante!’. Eu levantei com as pernas muito fracas, segurei na parede e dei os primeiros passos. Desde então, nunca mais parei de andar”, jubila.

A “galeguinha” cresceu e jamais precisou utilizar os aparelhos. Hoje, Lindaura Moreira de Figueiredo Santos está com 60 anos, casada com o pastor Ozéias Moreira dos Santos e é mãe de Hanã, Lucas e Dafne. Como forma de agradecimento pela bênção recebida no passado, Lindaura se esmera na Seara do Mestre ao anunciar o Seu amor para aqueles que ainda não O conhecem. “Quando completei 12 anos, realizava com os demais irmãos a evangelização no sertão paraibano. Eu tocava acordeon, violão e cavaquinho. Naquela época, acompanhava o pastor Antônio das Chagas (então líder da Assembleia de Deus em João Pessoa) a fim de evangelizar pelo sertão afora. Eu fazia parte do grupo Harmonia Celeste e íamos em cada cidade para ganhar almas para Jesus. Tenho o propósito de realizar para o Senhor o que eu puder com as minhas pernas que Ele curou e levar aos povos a mensagem de que o Senhor continua o mesmo e ainda opera milagres. Em cumprimento de Suas promessas, o Senhor nos permite alcançarmos o Brasil e algumas nações, levar edificação e Palavra de vida”, conta.

Sempre focando em atividades com mulheres e família, Lindaura esteve durante 12 anos na direção da União Feminina da Confraderj (UFECON), a convite do pastor Temóteo Ramos de Oliveira, presidente da entidade e 3º vice-presidente da CCGADB. Atualmente a família da irmã Lindaura faz parte da membresia da Assembleia de Deus em Paracambi (RJ) e dirige uma congregação em Queimados, região metropolitana do Rio de Janeiro (RJ).

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