Pastor João Ceno Ohlweiler

Pastor João Ceno Ohlweiler

Conheça um pouco da vida e ministério do novo líder da Convenção das Assembleias de Deus em Santa Catarina

J0ão Ceno Oblweiler nasceu no oeste catarinense, em 1942, na localidade de Linha Catres, em Porto Novo (hoje Itapiranga). Descendente de imigrantes alemães, começou a trabalhar muito cedo, ajudando o pai na entrega do leite produzido pela chácara do pai, em Cunha Porá. Na adolescência, morou numa pensão em Palmitos, a fim estudar, mas teve de interromper os estudos antes de completar o primeiro grau para ajudar os pais nas despesas da casa. Aos 15 anos, arranjou emprego num armazém de secos e molhados, onde trabalhou durante dez anos. Por influência de um dos sócios, Leopoldo Trenneponhl, passou a tomar gosto pela leitura da Bíblia mesmo antes de se converter.

Ele e a esposa aceitaram a Jesus e à fé pentecostal no mesmo dia, o que lhes custou a rejeição da família, de ambos os lados, e o desprezo da comunidade luterana de Cunha Porá. Quando o armazém em que trabalhava fechou, teve de procurar emprego em Palmitos, conseguindo uma vaga de vendedor nas Casas Pernambucanas. Prestes a ser promovido a gerente, foi consultado pelo pastor Nirton dos Santos sobre a possibilidade de ingressar no ministério. À chamada se confirmou, e no dia 1 de julho de 1971, na condição de presbítero, assumiu a Assembleia de Deus de Pinhalzinho. Antes de completar um ano ali, foi transferido para Pomerode, em razão da necessidade que a igreja ali tinha de alguém que falasse alemão. Ele ficou em Pomerode até 1978, quando foi transferido para Ibirama.

Ibirama marcou de maneira muito positiva o seu ministério, pois no período de quase cinco anos em que permaneceu ali, foi ordenado evangelista e depois pastor, em 1983. No mesmo ano, o campo de Ibirama foi emancipado, e essa foi a primeira igreja em que pastor João Ceno trabalhou na condição de pastor-presidente.

Em 1989, assumiu a liderança da Assembleia de Deus em Indaial e em 1991, foi transferido para Rio do Sul. Nesse meio-tempo, em 1990, foi empossado como vice-presidente da Caixa de Evangelização da Convenção das Assembleias de Deus em Santa Catarina e Sudoeste do Paraná (Ceadescp).

Em 1993, foi designado para a liderança da Assembleia de Deus em Caçador, igreja que pastoreou durante catorze anos. Enquanto pastoreava essa igreja do oeste catarinense, foi determinada a sua mudança para Jaraguá do Sul, no entanto a igreja se recusou a deixá-lo sair. Percebendo que a mudança não era mesmo da vontade de Deus, a Convenção voltou atrás e permitiu que ele ficasse ali. Em 2005, assumiu a presidência da Caixa de Evangelização e em 2006, quando morreu pastor Valmor Batista, líder da Assembleia de Deus em Joinville, assumiu a liderança da igreja em Criciúma, substituindo pastor Arcelino Victor, que saía de lá para liderar Joinville. Desde de 30 de dezembro daquele ano, lidera a Assembleia de Deus em Criciúma, e este ano assumiu a presidência da Convenção das Assembleias de Deus em Santa Catarina.

Nesta entrevista, ele fala sobre sua chamada ao ministério e os desafios à frente da Ciadescp. Esta é apenas uma parte da entrevista, que está sendo publicada na íntegra na próxima edição da revista Manual do Obreiro (CPAD), edição do primeiro trimestre de 2012 e que começa a circular já em meados de novembro deste ano.

Como aconteceu sua conversão a Cristo?

Eu me converti na cidade de Cunha Porá, no oeste catarinense, eu comecei a visitar os cultos em uma casa particular, onde os crentes se reuniam, meu patrão me evangelizou e passei a visitar regularmente os cultos nessa residência, porque alguém havia dito que um grupo de crentes só fazia o que a Bíblia ordenava. Aquele detalhe me chamou a atenção e fui conferir. Mais tarde, descobri que as Bíblias católicas e protestantes eram diferentes, e a pregação deles era mais pautada na Palavra de Deus e calou fundo em minha alma, até que finalmente eu e minha esposa aceitamos Jesus Cristo como nosso Salvador em 15 de maio de 1964. Por essa época, eu professava a fé luterana, mas, apesar do aspecto religioso, não era convertido.

Como ocorreu a sua chamada ministerial?

Quando fui visitar um obreiro na cidade de Cunha Porá, ele me perguntou: “Ceno, se você tiver uma chamada para o ministério, está disposto a trabalhar na obra do Senhor?”. Respondi: “Sim! Se isto acontecer, eu aceitarei. Ele então continuou a falar: É que eu senti que o Senhor vai te chamar para trabalhar em Sua obra”. Passaram-se os anos e, em um culto no lar, na cidade de Palmitos, Deus falou comigo através da mensagem da Palavra de Deus, chamando-me para a sua Seara. Eu guardei aquela mensagem. Mais tarde, me envolvi nos trabalhos seculares. Além disso, estava com várias propostas interessantes para a minha carreira, e isso aconteceu depois de três anos e meio dessa profecia. Naquele período, estava indeciso entre assumir a gerência na extinta rede de lojas das Casas Pernambucanas na cidade de Palmitos ou trabalhar na cidade de Maravilha, e atender à proposta da empresa. Quando eu estava analisando as duas ofertas para me decidir onde trabalhar, o pastor Nirton dos Santos, na época pastor da Assembleia de Deus em Chapecó, me visitou na loja onde eu trabalhava e perguntou se eu estava disposto a trabalhar na obra do Senhor. Ele estipulou um prazo para eu dar a resposta, mas, na hora que ele saiu do estabelecimento, a mensagem profética calou fundo em meu coração e voltei meus pensamentos para aquele momento em que a ouvi. Eu cheguei a pensar em expor esse convite à minha esposa para saber a sua opinião. Durante o almoço, tentei falar com ela a respeito daquele assunto, mas sobreveio temor sobre mim; eu queria falar, mas não conseguia, somente chorava e soluçava, e as crianças perguntando o que  estava acontecendo. Depois de alguns minutos, consegui controlar-me e a primeira palavra que consegui emitir foi: “Já tenho a resposta!”. E minha esposa quis saber do que se tratava, e logo falei sobre o convite do pastor Nirton e acrescentei que era Deus que estava me chamando para a Sua obra e não existia mais nenhuma outra proposta que pudesse me desviar do propósito do próprio Senhor. No sábado seguinte, quando o pastor Nirton me abordou, eu disse que estava à disposição, no que ele me respondeu que já havia trabalho para mim.

O senhor lembra o nome do irmão que foi o instrumento de Deus para entregar essa mensagem profética?

Foi o pastor Reinoldo Hass, e na ocasião o Senhor disse que estava me incumbindo de uma tarefa na Sua obra e que, no tempo certo, Ele estaria cumprindo essa chamada. Essa profecia demorou três anos e meio para se cumprir.

Quais eram as suas atividades na igreja quando foi chamado para o ministério?

Iniciei como auxiliar, depois fui indicado para ser presbítero e também atuava na programação da rádio.

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