Ela sobreviveu a uma picada fatal de cobra e a 5 paradas cardíacas

Ela sobreviveu a uma picada fatal de cobra e a 5 paradas cardíacas

Hoje, a jovem paraibana Érika Viviane não só tem saúde plena como também é missionária em Papua Nova Guiné

No início da década de 80, no mês de novembro, em um sábado pela manhã, a menina Érika brincava no jardim enquanto seu pai limpava uma área. Nas proximidades da casa, na praia de Tambaú, em João Pessoa (PB), havia algumas árvores rodeadas por pneus, onde a menina de apenas três anos de idade se divertia, quando, de repente, “os pais ouviram um choro, correram para saber o que tinha acontecido e Érika lhes disse que um bicho havia lhe picado. O pai mataria depois uma cobra coral no mesmo lugar.

Diante daquela situação, foram duas as atitudes dos pais da menina: clamar ao Senhor pela saúde da filha e levá-la rapidamente ao hospital. O Departamento Infantil da igreja estava reunido em um trabalho na manhã daquele dia e a irmã Vera Lúcia, mãe de Érika, foi ao templo onde as crianças estavam para pedir oração e também clamar a Deus para que livrasse Érika do efeito daquele veneno. Em alta voz, na oração que fez junto com as crianças e o pastor Humberto de Lima Rangel (pastor da igreja na época), irmã Vera disse: “Senhor, eu não tenho condições de ter mais filhos, a Érika é a única filha mulher que tenho e ela foi uma promessa tua. O Senhor disse que me daria uma filha e que a usaria com grande poder. Deus, não é essa cobra e nem esse veneno que me farão perder a fé na promessa que o Senhor me fez um dia”.

Ao chegarem com a criança ao Hospital Universitário, irmã Vera e seu esposo, irmão Álvaro, foram atendidos e receberam a informação de que aquela unidade de saúde não dispunha de soro antiofídico, e que este só chegaria de São Paulo dias depois que fizessem o pedido.

O quadro clínico da menina era muito complexo. No hospital, após sofrer cinco paradas cardíacas, o cardiologista, doutor Nominando Diniz, chamou a mãe e lhe disse: “Mãe, se você quer ficar com sua filha mais um pouco, tome-a em seus braços, porque será a última vez”. Naquele momento, a mãe abraçou a pequena Érika, que estava em cima da maca, levantou-a para o céu e disse: “Deus, o Senhor me deu, e se o Senhor der de volta a vida para minha filha, eu a dou para Ti”.

Não havia mais nada a ser feito, o veneno continuava lá. Segundo os médicos, por ela ter sido acometida por artrose e poli-artrite séptica e reumática, se sobrevivesse ficaria paralítica. “Olha, mãe, se ela sobreviver, vai ficar paralítica, pois todas as suas articulações estão inchadas”, disse doutor Marcelo Costa, médico particular que acompanhou o tratamento de Érika.

Mulher de oração, a irmã Vera ensinou seus filhos a buscarem a Deus e terem comunhão com Ele, levando-os aos trabalhos de oração na igreja, desde quando ainda estavam no ventre. Ela disse então aos médicos que Érika não morreria, pois Jesus a curaria completamente. Doutor Marcelo ficou admirado com a fé daquela mãe, que ainda disse: “Doutor, o senhor vai ver que ela não vai morrer, porque o meu Deus irá fazer uma transfusão de sangue em minha filha agora”. O médico, que era ateu, respondeu: “Vera, se esse Deus fizer isso que você está dizendo, eu o aceito como meu único e suficiente Salvador”.

Após três dias, Érika saiu do hospital completamente recuperada, e todos testemunharam a conversão do então ateu doutor Marcelo Costa, que serviu ao Senhor por vários anos na Igreja Batista, até partir para a Glória firme na fé. Membro da Assembleia de Deus em João Pessoa (PB), presidida pelo pastor José Carlos de Lima, a jovem Érika Viviane Araújo Cavalcante, hoje com 30 anos de idade, formada em Letras e com especialização em Linguística, atende à chamada missionária, fazendo a obra do Senhor na aldeia Birubiru, em Papua Nova Guiné, com apoio de seu pai, o hoje pastor Álvaro Cavalcante.

Ela saiu do meio da parentela no dia 11 de agosto de 2011, deixando muita saudade junto aos familiares. Sua mãe lembra que houve um período em que quase esquecera o que havia prometido a Deus. Ela e o marido investiram nos estudos da filha, pois desejavam que ela fosse professora, seguindo os passos da mãe, mas Deus chamou a sua atenção para a promessa feita. A menina desde cedo, depois de seu surpreendente restabelecimento, também sentira a chamada missionária.

A irmã Vera sempre teve o desejo de fazer missões em outros países, mas, na sua época de mocidade, não teve tantas oportunidades, por conta de algumas privações que enfrentou. Mas, dedicou-se ao chamado da filha.

Com experiência própria com Deus, Érika acredita que o peso da decisão de ir para a obra missionária não está relacionado apenas ao fato de a mãe ter prometido a Deus que lhe entregaria para o trabalho missionário, mas está intimamente ligado a um relacionamento pessoal que ela própria tem com Deus: “Estou indo por que tive um encontro pessoal com Deus, tive minha própria conversão, tenho minha história com Deus. Não estou apenas dando continuidade à história da minha mãe; eu tenho a minha própria história com Deus”, conta Érika.

Enviada para a obra missionária através da Associação Linguística Evangélica Missionária (ALEM), para trabalhar na área de tradução da Bíblia em uma região onde são faladas mais de 800 línguas, a jovem relata a alegria de estar perfeitamente saudável para cumprir o “Ide” do Senhor: “Tudo isso é um mistério. Para mim, o próprio Deus previu essa situação e, dessa forma, permitiu que minha mãe me dedicasse à obra missionária”.

Por, Edilberto Silva.

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