Estimativa é da equipe de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU
Um novo relatório do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas conclui que o número de idosos no mundo inteiro será maior do que o de crianças pela primeira vez em 2045, prognosticando o início de um “inverno demográfico” que alguns especialistas creem que poderá constituir a maior crise internacional no próximo século.
De acordo com o relatório “World Population Ageing 2009” (O Envelhecimento
da População Mundial, edição de 2009), 22% da população mundial terá mais de 60
anos dentro de 40 anos — um salto em relação aos 11% de 2009 e os 8% de 1950.
Uma tendência de baixos índices de nascimento perpetuada em nível
mundial com a utilização crescente da contracepção e abortos vem fazendo com
que a população idosa cresça num índice de 2,6% por ano — três vezes mais rápido
do que o crescimento total da população mundial. A quantidade de pessoas da
faixa etária de mais de 60 anos triplicará no começo do milênio, chegando a 2
bilhões em 2050.
A ONU notou que esse desequilíbrio terá um forte impacto na
classe trabalhadora do mundo inteiro, pois é essa classe que arcará com todo o sustento
da população desproporcionalmente idosa. As Nações Unidas frisam que a dramática
mudança demográfica provocará impacto em vários aspectos da vida humana, inclusive
no crescimento econômico, investimento, consumo, aposentadoria, impostos e saúde
pública. “À medida que as crianças representarão uma proporção cada vez menor da
população, poderá haver uma redução no número de escolas, enquanto que uma parte
cada vez maior da população cada vez mais idosa começará a exigir mais instituições
de saúde de longo prazo”, escreveram os autores do relatório.
“Na esfera política, o envelhecimento da população poderá moldar
os padrões de votação e a representação política”, afirmam.
Don Feder, líder pró-família, destacou, durante evento de Marcha
pela Vida em 2009, os índices de natalidade caindo em queda livre e a consequente
devastação econômica, ressaltando que “poderão resultar na maior crise que a humanidade
confrontará neste século”.
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