Assembleiana de São Paulo passou mais de oito anos de sua vida sem ver a luz devido a uma enfermidade
Quem vê irmã Mercê Melo louvando e pregando a Palavra de Deus não imagina o que ela já passou. Ela é membro da Assembleia de Deus no Belenzinho (SP), sede Vila Rio Branco, Setor 36, liderada pelo pastor José Soares, e hoje testemunha o milagre que Deus realizou em sua vida. Aos cinco anos de idade, ela foi acometida por uma enfermidade que a levou à cegueira total. “Tive as duas vistas perfuradas pela enfermidade e carrego em meu corpo essas cicatrizes. Perdi litros de sangue do meu corpo, por causa de uma hemorragia pelas vistas. Esta enfermidade custou mais de oito anos da minha infância”, relata.
Um dia, o médico chegou para os pais e falou que não havia
mais solução, e que a menina iria morrer. “Ele ainda disse que se eu sobrevivesse,
ficaria louca para o resto da vida, porque aquela enfermidade havia danificado
o meu cérebro. Não tinha possibilidade nenhuma de eu voltar a enxergar, só se houvesse
um transplante de vista. Mas, mesmo assim, ele não me dava esperança nenhuma”. O
pai de Mercê era obreiro e a mãe, mulher de oração. Em todos os lugares que
passavam, pediam oração em favor da menina. “As pessoas não me visitavam porque
tinham medo de me olhar. Conforme as minhas vistas foram perfuradas pela
enfermidade, as carnes das vistas vieram para fora e ficou algo horrível”.
Mas, a mãe de Mercê confiava no Deus a quem servia. “Ela vivia
constantemente falando com Ele e, em um determinado dia, fez um voto ao Senhor:
se Ele me curasse, ela ia fazer de tudo pra que eu vivesse só servindo à obra
de Deus. A minha mãe praticamente me deu para o Senhor”, conta.
Irmã Mercê diz que sentia fortes dores de cabeça ao ponto de
chegar a desmaiar. Dormir ela já não sabia mais o que era. Porém, “no dia seguinte
após o voto que ela fez com o Senhor, fui a primeira pessoa a levantar em casa.
Parece que aqueles oito anos não tinham se passado para mim. Eu fui até a porta
e vi uma pessoa de branco que andava de um lado pro outro e eu comecei a
gritar; assustada, pensei que era um ladrão que tinha invadido a casa. Meu pai
veio, ficou atrás de mim chorando, porque havia se passado oito anos que eu era
cega e desenganada pelos médicos, e de repente eu estava ali andando normal como
se nada tivesse acontecido. E meu pai começou a chorar e falava: ‘Verdadeiramente,
o Senhor é Deus! Verdadeiramente, só Deus é o Senhor!’. Ele me abraçava
chorando. Ele percebeu logo que o Senhor já havia me curado, que eu já estava enxergando.
Eu creio que, naquela manhã, eu estava recebendo a visita do Anjo do Senhor no
meu lar”, alegra-se.
Veio então a curiosidade de ver e tocar em tudo. “Parecia que
eu estava iniciando a vida ali naquele dia. Eu creio que o Senhor escreveu uma
nova história para mim”, regozija-se. Completa Mercê: “Naquele dia, esqueci da
medicina. Mas, vários anos se passaram e um dia resolvi procurar os médicos. Em
São Paulo, eu procurei o Hospital das Clínicas, e fui fazer o exame. Quando
falei para o médico que já tinha sido cega, ele se assustou e me perguntou ‘Como?’,
pois entrei na sala como uma pessoa que nunca apresentara tal doença”.
Ele perguntou se podia fazer uns exames e Mercê aceitou na hora,
já que também tinha curiosidade em saber da medicina o que havia acontecido.
“Tive mais uma surpresa da parte do meu Deus. Ele faz coisas além do nosso entendimento.
Fiquei dois meses fazendo exames, até que o médico me chamou e começou a me
explicar o resultado dos exames. Segundo a tomografia feita na minha cabeça, havia
sangue misturado com miolos. E de acordo com ele, uma pessoa que tem um problema
como esse jamais poderia ser normal. No entanto, percebia que eu não tinha qualquer
anormalidade”, recorda.
Continuando com o diagnóstico, dessa vez falando da vista. “Ele
falou também do sinal de perfuração nas vistas, da cicatriz. E disse que eu não
tinha só a córnea, mas ela era misturada com sangue. Ele começou a me explicar tudo
o que se passou naqueles exames, até que declarou que não tinha explicação para
o que aconteceu comigo. Já que, para a medicina, eu deveria ser totalmente cega.
Naquela hora, me alegrei muito no Senhor. Sempre quando eu falo sobre isso, me emociono,
pois vejo o que o Senhor fez na minha vida. Todos os exames que faço mostram
que deveria ser cega, porque eu tenho as cicatrizes nas vistas, mas eu enxergo normalmente.
Nosso Deus é maravilhoso. É o Deus do impossível!”, jubila.
Irmã Mercê finaliza exaltando o Senhor. “Para o homem não há
explicação. Sei que foi Deus que devolveu minha visão, que me curou por
completo. Há anos que não uso nem colírio. Não sinto nada e viajo fazendo a
obra do Senhor. Dedico a minha vida em prol da obra dEle”.
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