Cientistas estão tentando produzir híbridos de homens com animais

Cientistas estão tentando produzir híbridos de homens com animais

Mais de 150 embriões que misturam elementos genéticos de seres humanos e animais já foram criados na Inglaterra. O que a Bíblia diz a respeito disso?

Um grupo de cientistas da Academia de Ciências Médicas de Londres anunciou há poucos meses uma prática aterradora: alguns colegas britânicos já teriam criado mais de 150 embriões híbridos de homem e animal em pesquisas secretas efetivadas em laboratórios do país. Segundo o jornal britânico “Daily Mail”, que foi o primeiro a noticiar o alerta em sua edição online de 25 de julho [2011], esses cientistas já estariam fazendo isso há três anos, à sombra da vergonhosa legislação britânica sobre uso de embriões humanos para pesquisas. Ao todo, 155 embriões que misturam elementos genéticos humanos e animais teriam sido criados nos últimos três anos, e os autores dessas experiências bizarras são exatamente cientistas que lutaram pela liberação da pesquisa com células-tronco embrionárias na Inglaterra, e que depois de verem aprovado seu desejo, lutaram também pela liberação da implantação de material genético humano em animais. O pretexto usado por eles para a aprovação desse tipo bizarro de pesquisa é “produzir novos remédios”.

Desde que esse tipo de pesquisa foi aprovado no Reino Unido em 2008, por meio da lei denominada Human Fertilisation Embryology Act (a Lei de Embriologia para Fertilização Humana, aprovada na Câmara dos Comuns por 336 votos a 176), já se imaginava esse perigo, que agora, finalmente, é reconhecido como real. O Kings College de Londres e as Universidades de Newcastle e Warwick obtiveram licença para essas experiências antinaturais após a aprovação da referida lei, que garante a utilização de embriões humanos em ensaios de laboratório. Segundo a legislação britânica, os embriões híbridos à base de material genético humano e animal devem ser destruídos no máximo depois de 14 dias de desenvolvimento e sua implantação no útero de uma mulher está proibido. Porém, há a ameaça séria de algum cientista ou alguns cientistas, às escondidas, decidir deixá-los viver um pouco mais, o que daria lugar a monstruosidades ou promover infecções, pois a passagem do DNA humano ao DNA animal pode criar incógnitas. Não se sabe até hoje no que poderá dar uma experiência dessas se levada até às últimas consequências.

Aí é que está o grande temor, porque sabe-se que alguns cientistas estão à procura de “cybrids”, entes resultantes da implantação de um núcleo de célula humana numa célula animal. Também procuram criar “quimeras”, resultantes de células humanas misturadas com embriões animais. A ideia é gerar “animais humanizados”.

As pesquisas secretas foram reveladas quando um comitê de cientistas denunciou ante o Parlamento britânico um possível cenário de pesadelo com a hibridação homem-animal indo longe demais. O professor Robin Lovell-Badge, do National Institute for Medical Research, foi um dos que tornaram público o trabalho de implantação de material genético de seres humanos em embriões animais visando criar novas criaturas com atributos humanos. Ele mencionou a inoculação em cérebros de macacos de material tirado de fetos. Porém, os documentos da Academia de Ciências Médicas relativos à pesquisa, e que foram divulgados na Internet pelo site LifeSiteNews.com, falam também da implantação de material genético de seres humanos em ratos, porcos e sapos.

O Dr. Peter Saunders, presidente do grupo Christian Medial Fellowship, que reúne 4.500 médicos do Reino Unido, manifestou ser muito difícil bloquear com leis essas experiências anti-humanas. Como ressalta Saunders, “cientistas em geral ignoram a teologia, a filosofia e a ética e, com frequência, há interesses ideológicos ou financeiros por trás de suas pesquisas”.

O lorde David Alton introduziu um debate no Parlamento britânico e recebeu a resposta de que esses esforços para produzir um humano-animal híbrido pararam por falta de verba. “Eticamente isto jamais poderia ser justificável, e desprestigia nosso país. É qualquer coisa que toca no grotesco”, acrescentou Lord Alton. “Dos 80 tratamentos e curas obtidas a partir de células estaminais, todos vieram de células estaminais adultas, nenhuma de células embrionárias. Isso não tem fundamento na moral e na ética, nem tampouco na ciência e na medicina”, completou.

Josephine Quintavalle, do grupo pró-vida Comment on Reproductive Erthics (Corethics), perguntou com toda razão na matéria do jornal “Daily Mail”; “Por que isso deve ser mantido em segredo? Se eles estão orgulhosos do que fazem, por que é preciso apelar ao Parlamento para que isto seja trazido à luz?”.

Fiscalização mais rígida

O mais preocupante de tudo isso é que as autoridades britânicas preferem não abolir esse tipo de pesquisa. Em vez disso, querem apenas regulamentá-la mais detalhadamente, pois acham que seria o suficiente para evitar o surgimento de aberrações. À maioria dos cientistas britânicos está pedindo uma maior fiscalização e regulamentação sobre os experimentos misturando DNA animal e humano. Eles não pedem o fim desse tipo de experiência, mas apenas a imposição de limites, que seriam monitorados, para que tais experimentos nunca sejam levados às últimas consequências. Sem dúvida, uma enorme temeridade.

Em nome do “progresso da ciência”, a ética está sendo atropelada há muito tempo. Primeiro, permitiram matar vidas para fins de pesquisa, posto que o feto é vida, como afirma a Bíblia e é corroborado por boa parte dos cientistas, que entendem que a vida começa na concepção. E em segundo lugar, além de matar embriões e fetos, estão implantando o material genético deles em animais! Absurdidade sem tamanho.

Mesmo o cientista Martin Bobrow, presidente do grupo que escreveu o relatório de alerta, é condescendente com esse tipo de pesquisa. Ele afirma que “a regulamentação mais rigorosa não é necessária para a maioria das experiências, mas há um pequeno número de experimentos que podem aproximar as áreas social e eticamente sensíveis e, nesses casos, precisamos ter uma camada extra de fiscalização”.

O argumento de Bobrow dado a jornalistas em Londres para justificar a não-proibição definitiva das pesquisas é que “inúmeros testes em ratos com genes humanos, para pesquisar doenças ósseas, do cérebro e do coração já estão em andamento, bem como experiências com cabras, onde o gene humano é implantado, também estão sendo feitas para estudar problemas de coagulação do sangue”. E mais: “Outros países provavelmente irão seguir no caminho da fiscalização e chegar a seus próprios mecanismos de regulação para monitorar tais experiências”. Ou seja, a lógica de Bobrow é: “Se não fizermos isso, outros países podem passar à nossa frente, autorizando isso. Logo, por que nós não fazemos logo?”.

Ora, será que uma mera regulamentação seria suficiente para deter essas tentativas? E que barreira moral há para cientistas que já matam embriões e fetos para fazer pesquisas irem um pouco além e tentarem criar aberrações? Lembrando que há alguns anos a imprensa na Grã-Bretanha noticiou que cientistas haviam anunciado planos de criar embriões humanos com o núcleo removido de vaca e ovos de coelho.

Entre as experimentações que preocupam são aquelas onde células do cérebro humano podem ser implantadas para mudar cérebros de animais (e que estaria sendo tentado em macacos) e aquelas que poderiam levar à fertilização de óvulos humanos em animais e a todas as modificações de animais que possam criar atributos considerados exclusivamente humanos, como características faciais, de pele ou da fala.

O professor Robin LovellBadge, que também é chefe de Biologia de Células-Tronco e Genética do Desenvolvimento em Medicina da Grã-Bretanha, é um dos que combatem a proibição para essas pesquisas, e vai além. Ele chega a afirmar: “Achamos que alguns destes experimentos devem ser feitos, mas em um caminho aberto para manter a confiança pública”. O que esperar após uma declaração dessas? Em vez de demonstrarem receio após ser tornado público esse tipo de pesquisa, esses cientistas ainda defendem esse tipo de prática “em certos níveis”.

Mas, o Dr. Peter Saunders, chefe executivo da Christian Medical Fellowship, é um dos especialistas que discordam frontalmente do posicionamento de Lovell-Badge. Ele declara que essas questões precisam ser debatidas no Parlamento e que qualquer órgão consultivo deve ter uma composição diversificada. “O perigo é que podemos acabar em um sistema político onde cientistas regulamentam cientistas”, disse Saunders. Saunders lembra ainda que, de certa forma, seres híbridos já são uma realidade relativamente comum no nível da genérica celular, pois já existem hoje ratos geneticamente modificados para expressar uma forma humana de hemofilia e vacas projetadas para produzir leite com características humanas, além de o DNA humano ser frequentemente inserido em camundongos para estudar o câncer. Ora, tudo isso que ocorre hoje já é preocupante, então, por que pensar em ampliar esse campo de estudos? Onde poderemos chegar se for autorizada a ampliação da pesquisa nessa área?

Na China, cientistas já inseriram genes humanos no DNA de embriões de vacas leiteiras, chegando a produzir com sucesso cerca de 200 vacas híbridas. Essas vacas produzem leite que é praticamente idêntico ao leite materno humano. A ideia é, em breve, ter enormes rebanhos de vacas produzindo uma alternativa para o leite materno. Eles esperam ter esse leite vendido em supermercados globais em menos de 5 anos.

Cientistas da Rockefeller University estão injetando genes humanos em ratos com o propósito de estudar a propagação do vírus C da hepatite.

Tudo isso já é uma realidade hoje. Portanto, o que significará “um próximo passo”? E onde iremos parar com isso?

Fontes: Daily Mail / lifesi-tenews.com / midiasemmascara.org / washingtonpost.com

À luz da Bíblia, uma abominação e sinal

Misturar homens com animais é uma aberração. É um absurdo tanto para o bom senso quanto segundo as Sagradas Escrituras, que ressaltam a dignidade do ser humano. À Bíblia nos diz que a única das criaturas que Deus fez à sua “imagem e semelhança” e para estar sobre todos os animais da Terra, governando-os, foi o ser humano (Gênesis 1.26,27). O homem é a obra prima da criação de Deus, e por isso Satanás, que veio “roubar, matar e destruir” (João 10.10), faz de tudo para que a sua dignidade como criação divina seja rebaixada — a começar com a Teoria Evolucionista, que trata o ser humano apenas como um animal de origem primata, um primo dos macacos, e não como realmente é: um ser distinto das demais criaturas, criado à imagem e semelhança de Deus.

Com o advento do pecado no mundo via Queda de Adão, o homem perdeu um pouco da imagem divina nele, mas não tudo; ele ainda carrega as “relíquias” da imagem divina em seu ser, mas Satanás faz de tudo para levá-lo a rebaixá-la e destruí-la.

Matar embriões, que são vida, e ainda usar seu material genérico para produzir híbridos com animais é uma das maiores aberrações que o ser humano já cometeu e tem cometido sobre a face da Terra, e que demonstra a que ponto de degradação moral se encontra a sociedade hoje, especialmente aqueles que se julgam suas “grandes cabeças pensantes”. É, portanto, um sinal dos tempos.

Como afirmou com propriedade o bispo católico Elio Sgreccia, da Academia Pontifícia para a Vida, do Vaticano, “a união homem-animal, ainda que não seja sexual, representa um dos horrores que sempre provocam a rejeição da ética. Cada vez que se quebrou a barreira homem-animal, vimos consequências graves, inclusive involuntariamente”. Está correto. Misturar homens com animais é um absurdo com consequências graves, além de ser abominável a Deus (Levítico 20.15,16,23). O texto de Levítico refere-se, no seu sentido imediato, à prática sexual com animais, mas a união com animais, de forma geral, está implícita como condenável. Misturar homens com animais “confusão é” (Levítico 18.23).

Além disso, o argumento de que dessas células possa sair remédio para doenças como Parkinson ou Alzheimer é uma hipótese que ainda não tem fundamento. Até a presente data, nenhum remédio foi descoberto com a pesquisa com células-tronco embrionárias, enquanto com pesquisas com células-tronco adultas (estas, sim, sem nenhum problema ético) já há avanços significativos. E mesmo se um dia a pesquisa com células-tronco embrionárias puder gerar realmente alguma cura, será ao custo de um gigantesco genocídio silencioso, por meio da manipulação e assassinato de vidas humanas em formação. Os fins não justificam os meios. Não basta os fins serem nobres, os objetivos também devem ser.

Infelizmente, muitas pessoas, e até mesmo cristãos, se deixaram iludir pela campanha midiática em favor das pesquisas com células-tronco embrionárias, apoiando tal causa sem saber do que se tratava e muito menos de suas terríveis implicações. Tais campanhas, além de omitirem que pesquisa com célula-tronco embrionária implica em matar embriões, ainda criaram ilusões na mente das pessoas, sobretudo as que sofrem de graves doenças para as quais ainda não há cura hoje, pois venderam-lhes a ideia de que essas pesquisas seriam possivelmente mais eficientes do que as com células-tronco adultas, quando o resultado é que, até agora, não há nenhum retorno com aquelas. E mais: em nome da compaixão humana, mata-se, em grande escala — e para testes —, vidas em formação. Isso não é compaixão.

Ninguém está ignorando 0 sofrimento de jovens, crianças e adultos que sofrem de graves enfermidades, mas reconhecendo que matar seres humanos em formação em nome de pesquisas para melhorar a qualidade de vida de seres humanos já formados não é ética. É eugenia. É assassinato. E a Bíblia afirma: “Não matarás” (Êxodo 20.13 — No hebraico, “Não cometerás assassinato”. Quem comete ou aprova tais abominações prestará contas a Deus no dia do Juízo (Romanos 2.5).

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