Afinal, quem é Jesus para você?

Afinal, quem é Jesus para você?

Quando Jesus veio a este mundo, não vejo em um momento qualquer. Ele chegou no tempo determinado por Deus (Gálatas 4.4). Ele veio no momento em que Seu povo alimentava grandes esperanças acerca do Messias. “És tu aquele que havia de vir, ou havemos de esperar outro?”, perguntava João Batista (Mateus 11.3) Até a samaritana afirma: “Eu sei que há de vir o Messias” (João 4.25). André disse a Simão Pedro: “Achamos o Messias” (João 1.41).

Contudo, Jesus causou uma impressão bem diferente. Ele não correspondeu às expectativas que o Seu povo tinha acerca do Messias. Ele era grande demais e humilde demais para adequar-se às ideias de Israel. “Ele veio para O que era seu e os seus não o receberam” (João 1.11).

Pergunta Jesus: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” (Marcos 16.13). Não era uma questão de popularidade, mas de identidade. Jesus não estava preocupado com aquilo que as pessoas pensavam das Suas obras, mas de Sua pessoa. Responderam: “Uns dizem que é João, o Batista” [opinião divulgada por Herodes]. Outros, Elias [“um grande profeta” — Malaquias 4.5-6], outros Jeremias, ou alguns dos profetas. Quantos conceitos sobre Jesus!

Mas, e hoje? Quem é Jesus hoje para o povo brasileiro? Há muitas caricaturas de Jesus na memória popular:

a) O Jesus Médico — Aquele que está sempre pronto a curar, em hora marcada e endereço certo. À igreja torna-se um “pronto socorro” e há competição entre 0s locais onde há mais curas. Geralmente, promove-se mais na igreja o curador do que o próprio Jesus.

b) O Jesus Morto — Da procissão do “Cristo morto” e dos crucifixos. É o Cristo inoperante pendurado em repartições públicas, retrovisor de automóveis e estabelecimentos comerciais.

c) O Jesus não respeitado — Cantado pelas bandas de rock. Presente nas borracharias, barbearias e bares. Sempre ao lado do Cristo há uma foto do clube campeão ou de uma mulher nua.

d) O Jesus da publicidade — Está no adesivo do carro, na camiseta, no boné, no chaveiro e em bugigangas. É tema de filmes, peças publicitárias ou de espetáculos teatrais.

e) O Jesus da LBV — Inspira o social e só, É usado apenas para as campanhas para desabrigados, indigentes e outros.

f) O Jesus dos espiritualistas — Jesus é um mito, semelhante a Buda ou Krishna. Criam, inclusive, lendas a respeito de Jesus, de que Ele teria, durante anos, viajado pela Índia, Tibet, Pérsia e Oriente Próximo, tornando-se um espécie de iogue perfeito.

g) O Jesus influenciável — Acha-se em poder do Catolicismo Romano. “Peça à mãe que o filho dá”. É por isso que, além de crer em Jesus, é preciso crer em Maria e ter um “santo” de devoção. Muitos deles são vistos como tendo até mais poder e eficiência do que Jesus.

Na época de Jesus, os religiosos tiveram contato com Ele e formaram também uma opinião acerca dEle. É no julgamento final de Jesus Cristo que se vê o conceito dos religiosos a Seu respeito (Lucas 22.63-71). O Sinédrio, o Supremo Tribunal dos judeus, representado pelos escribas, rabinos, fariseus, sacerdotes, saduceus e anciãos, acusou Jesus de blasfêmia. Mas, quem é Jesus para os religiosos hoje?

a) A Teologia da Libertação — Vê Cristo como o libertador, uma espécie de modelo na luta contra a opressão econômica, social e política sobre os oprimidos e dominados. Em síntese, Jesus é apenas um referencial ideológico para lutas sociais.

b) A religião de mercado (neopentecostalismo) — Oferece Cristo como um produto, que ao ser adquirido promoverá a felicidade do seu consumidor. Resumindo, Jesus é só uma mercadoria útil, um investimento rentável. À igreja torna-se um ponto de venda, um balcão de serviços.

c) Uma criatura exaltada — As seitas olham para Jesus apenas como “a criatura mais exaltada de todas as criaturas”, apenas isso. Para eles, Jesus não é divino, apenas um ser espiritual mais desenvolvido.

Porém, para os crentes, Jesus Cristo é Deus que se fez homem, sem pecado, tornando-se Salvador e Senhor do Seu povo através de Sua morte expiatória. Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Não existe a possibilidade de se separar a pessoa de Jesus Cristo da Sua obra salvífica.

“Mas vós, quem dizeis que eu sou?” (Mateus 16.15). Jesus não perdeu tempo discutindo a opinião que o povo tinha a Seu respeito, mas confrontou Seus discípulos com a questão mais importante de Suas vidas: “Quem é Jesus para você?”,

Qual o conceito que você tem sobre Jesus? À resposta a essa questão determinará a sua felicidade eterna (João 17.3).

Respondeu Pedro, disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16.16). O grego usa o artigo definido antes de cada termo: o Cristo, o Filho, o Deus vivo. O propósito é distinguir Jesus de qualquer outro que pudesse ser chamado Cristo ou filho de Deus. Jesus Cristo é o Messias profetizado no Antigo Testamento. É o Filho de Deus, que possui a mesma natureza do Pai (João 5.19,30; Hebreus 1.3,4). Cada pessoa precisa compreender Jesus dessa maneira.

Jesus chama Pedro bem-aventurado, pois essa compreensão da identidade de Cristo não veio através da inteligência humana, mas da revelação divina: “Não foi carne e sangue que te revelou, mas meu Pai que está nos céus”, Mateus 16.17.

O conhecimento verdadeiro acerca da Pessoa de Jesus Cristo, não se consegue pela inteligência humana. É um dom de Deus. Nenhuma pessoa pode conhecer de faro a Jesus, senão pela vontade divina: “Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece 0 Filho senão o Pai, Ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar”, Marcos 11.27.

Por, Paulo André Barbosa.

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