Apesar da relevância, o estudo sistemático da doutrina do Espírito Santo, no contexto do desenvolvimento da teologia, não teve a atenção que deveria. No contexto teológico, o Espírito Santo, “O Deus que habita em nós”, é “O Deus esquecido”. Isso fica evidente ao examinar inúmeras Teologias Sistemáticas. Muitas delas apresentam capítulos inteiros sobre questões teológicas relacionadas à Doutrina de Deus Pai e de Cristo, mas silenciam sobre o Espírito Santo. Tal postura trouxe muitas dúvidas sobre o entendimento da pessoa bendita do Espírito Santo, que perduram até hoje. Por exemplo, Gutierres Fernandes destaca que existem cristãos que têm dúvidas se podem orar diretamente ao Espírito Santo ou render louvores e adoração a Ele. (Revestido de Poder, CPAD, p. 16). Essa negligência teológica é responsável por inúmeras confusões e equívocos em relação à obra e à natureza do Espírito Santo.
Ainda no contexto do desenvolvimento histórico do pensamento
teológico, é importante destacar que o Movimento Pentecostal moderno, iniciado
com o ministério de Charles Fox Parham, na cidade de Topeka, Kansas, e
posteriormente na Rua Azusa, na cidade de Los Angeles, com o pastor William
Seymour, foi responsável por lançar luz sobre a Paracletologia (Doutrina sobre
o Espírito Santo). Esta é a maior contribuição teológica que os pentecostais
ofertam para a cristandade.
No Brasil, a Assembleia de Deus, através da Casa Publicadora
das Assembleias de Deus (CPAD), tem se dedicado a publicar inúmeras obras sobre
a Doutrina do Espírito Santo, com destaque para a sua natureza e obra. Dessa
forma, cristãos pentecostais e não-pentecostais podem ter acesso a reflexões e
tratados teológicos que auxiliam na compreensão da Paracletologia.
As revistas de Lições Bíblicas publicadas pela CPAD possuem
uma orientação confessional de tradição pentecostal clássica e, neste quarto
trimestre, mais uma vez a revista Juvenis (15 a 17 anos) aborda lições
relacionadas à Paracletologia. É inegável a confusão que o neopentecostalismo
tem gerado na igreja brasileira e global, ao flertar com o sincretismo
religioso. Muito “fogo estranho” tem “ardido” por aí. Mas, neste trimestre, nós
temos a oportunidade de oferecer aos nossos alunos uma reflexão teológica sobre
a natureza e a obra do Espírito Santo com forte embasamento bíblico.
Nós nos alegramos em pertencermos a uma denominação de forte
tradição pentecostal clássica. Reconhecemos que a Assembleia de Deus no Brasil
deve seu crescimento à intrínseca dependência que temos da obra do Espírito
Santo, que habita em nós e dirige a nossa vida. As lições deste trimestre
precisam ser ministradas objetivando manter acesa a chama pentecostal que
“varreu” o nosso país, mudando completamente os rumos da cristandade por aqui,
fazendo do Brasil um celeiro missionário para as nações.
Aproveitemos este trimestre para despertar em nossos juvenis
o interesse de buscar o batismo no Espírito Santo, os dons espirituais e o
desenvolvimento das virtudes do fruto do Espírito. Que tenhamos um trimestre
avivado pelo Espírito de Deus!
por Carlos Alexandre Ribeiro Duarte
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