Dedicação ao ensino há cerca de 50 anos

Dedicação ao ensino há cerca de 50 anos

Nascida em lar assembleiano, filha de Lauro Soares, um dos fundadores da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), e Nair Barata, uma das primeiras redatoras do currículo de Escola Dominical infantojuvenil da CPAD, Helena Figueiredo, nossa entrevistada desta edição do Mensageiro da Paz, experimentou sua conversão aos 15 anos, ao ler um livro cristão. Desde então, começou a estudar a Bíblia e tomou gosto pela evangelização e pelo ensino da Palavra. Pedagoga e especialista em gestão escolar, dedicada à Escola Dominical em sua igreja local, no Rio de Janeiro (RJ), ela foi convidada a integrar importantes instituições de ensino nas Assembleias de Deus; passou a integrar, desde a sua primeira edição em 1974, o corpo de professores do Curso de Aperfeiçoamento de Professores da Escola Dominical (CAPED), promovido pela CPAD, ensinando pedagogia; fez parte do Seminário Nacional de Evangelismo Pleno (SENEP); atuou como coordenadora pedagógica da Escola de Preparação de Obreiros (EPOE) na Assembleia de Deus em São Cristóvão, Rio de Janeiro (RJ); atuou no curso de evangelização infantojuvenil da CPAD; e, entre 1996 e 2005, coordenou a área pedagógica da Escola de Missões das Assembleias de Deus (Emad), no Rio de Janeiro. Como escritora, a serva de Deus também é autora da obra A Importância do Evangelismo Infantojuvenil e coautora da obra Cada dia uma festa, ambas publicadas pela CPAD.

Durante o 10º Congresso Nacional de Escola Dominical da CPAD, realizado entre os dias 2 e 5 de novembro, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, a veterana educadora Helena Figueiredo recebeu homenagem da editora ao encerrar suas atividades de mais de 48 anos em eventos públicos e cursos de educação cristã nas Assembleias de Deus. Recordando a bem sucedida carreira da irmã Helena Figueiredo, a CPAD preparou um vídeo especial dedicado a ela, acessível via QR-Code ao final desta entrevista.

Em sua jornada como educadora cristã, qual a experiência mais marcante que a senhora viveu?

Em minha jornada como educadora cristã, sempre me emocionei quando eu sentia que meus alunos estavam se alimentando da Palavra de Deus. Porém, uma que me marcou muito foi em um curso do CAPED, não me lembro em qual cidade, no qual havia uma moça que tinha sido abusada pelo pai e guardava uma mágoa profunda, não o perdoava. Neste curso, ela me procurou, pois havia sido tocada pelo Espírito Santo. Conversamos, oramos e, graças a Deus, ela, chorando muito, perdoou seu pai. Deus faz coisas maravilhosas!

Qual o maior desafio que as igrejas têm hoje no contexto da educação cristã, tanto no ensino via Escola Dominical como na formação de obreiros?

A Escola Dominical é uma agência de ensino que coopera também com a família. Atualmente, os princípios e os valores morais estão sendo muito abalados devido à facilidade às mídias e às redes sociais. Fazer com que o aluno assimile e retenha o ensino da Palavra de Deus que está sendo ministrado é um desafio para o professor. A Igreja de nosso Senhor Jesus será bem mais fortalecida se tiver alunos não apenas esclarecidos, mas convictos e seguidores da verdade. Já os cursos de formação de obreiros devem desenvolver em cada obreiro a responsabilidade que cada um tem diante de Deus de ser, em primeiro lugar, um exemplo para a comunidade em que vai trabalhar; em segundo, a convicção plena da Palavra de Deus; e, em terceiro lugar, a visão missionária para ganhar almas para o Reino de Deus.

Qual a importância da CPAD como fomentadora do ensino nas Assembleias de Deus?

A CPAD, desde a sua inauguração, tem sido uma agente para a área do ensino, melhorando e atualizando os seus currículos, procurando sempre oferecer às igrejas material didático e recursos visuais a fim de alcançar o alvo, que é o aluno. Que cada um, de acordo com o ministério que recebeu, faça a sua parte para que vidas possam ser abençoadas.

O que significou para a senhora encerrar seu ciclo como educadora em eventos da CPAD, exatamente no 10o Congresso Nacional de Escola Dominical?

Para mim é uma despedida. E toda despedida é triste. Mas, ao mesmo tempo, eu estou muito feliz, porque Deus me escolheu para iniciar esse projeto da CPAD em 1974, junto, à época, dentre outros pastores, ao pastor Antônio Gilberto e à irmã Albertina Malafaia. Eu me sinto, assim, feliz de saber que Deus aprovou esse trabalho, tanto que o projeto cresceu. De um curso, que tinha apenas cinco disciplinas, vieram, após o CAPED, as conferências e os congressos. Tanto é que realizamos o 10o Congresso Nacional. E Deus escolheu exatamente esse décimo congresso, que já estava escrito. Deus é onisciente e onipotente. Ele já tinha preparado, eu creio, esse dia. Irmão Ronaldo me convidou e eu estou feliz. Minha despedida se deu justamente no Nordeste, terra de meu marido, pastor Otoni Figueiredo, que é de Natal (RN).

Deixe uma mensagem de motivação aos educadores cristãos de todo o Brasil.

Eu desejo que todos os educadores, os que já estão envolvidos na Obra do Senhor, continuem iéi s, sabendo que a Obra do Senhor é uma obra séria, não é brincadeira, é de responsabilidade, é de oração, porque nós estamos falando para muitos alunos que nem estão envolvidos com a educação e nem são acostumados a irem à Escola Dominical. Inclusive, alguns alunos nascidos e criados na Casa do Senhor. Então, nós temos que estimulá-los a também serem ser vos fiéis. Aos educadores que estão chegando, eu também desejo que eles tenham entusiasmo, sabendo que Deus recompensa. Nós não fazemos a Obra para recompensa, mas Ele nos abençoa.

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