O espírito do anticristo e o despertar da fé cristã

O espírito do anticristo e o despertar da fé cristã

Apesar dos esforços das campanhas culturais antiteístas para emudecer a fé cristã no ocidente, a verdade é que esta continua  avançando. Mesmo na Europa secularizada, onde o Cristianismo se desenvolveu de forma pujante no passado e hoje não é nem sombra do que já foi, não se pode dizer que a fé cristã expirou de vez ali. Ainda há, por exemplo, as crescentes e viçosas igrejas de imigrantes na Europa (principalmente as de brasileiros e africanos) e também, conforme se tem ouvido e lido, vestígios animadores de evangelicalismo nacional na Alemanha, na Inglaterra e em alguns outros países. É verdade que, na maioria da Europa, ainda prevalece um protestantismo meramente nominal e um ateísmo crescente, mas daí a dizer que o Cristianismo “definitivamente morreu na Europa” é bem diferente. Recentemente, a União Europeia equivocadamente pensou assim e anunciou um calendário oficial de eventos no continente onde os feriados cristãos haviam sido abolidos. Devido a uma enxurrada de críticas e protestos que se seguiram em várias partes da velha Europa, ela voltou atrás e incluiu os feriados no calendário.

Na verdade, dois fenômenos podem ser vistos coexistindo hoje no Ocidente: uma onda crescente na mídia e formadores de opinião em defesa do secularismo e um reflorescimento do Cristianismo em algumas partes. Parece que as duas grandes marcas do final dos tempos serão o avanço da mentalidade e do poder do espírito do anticristo nas questões estruturais, envolvendo leis, mídia e instituições, e, simultaneamente a isso, focos de reavivamento da fé cristã, sobretudo nas Américas, na África e na Ásia. Por essa razão, o escritor Philip Jenkins, em seu livro “A próxima cristandade”, lançado há alguns anos, já falava que o Cristianismo no século 21 seria “meridional”, já que sua força no Hemisfério Norte havia diminuído, mas crescido poderosamente no Hemisfério Sul.

Quanto ao primeiro fenômeno, basta citar um exemplo. Se quisermos entender a mentalidade dominante em uma época, devemos, entre outras tarefas indispensáveis, identificar o perfil e a linha ideológica dos mais influentes intelectuais do período em apreço, posto que, sem dúvida alguma, os ícones culturais de uma época revelam muito do seu espírito.

Pois bem, o que dizer de nossa época? Em 2005, a revista britânica “Prospect” elegeu, numa votação que envolveu 20 mil pessoas (a maioria dos EUA e Grã-Bretanha), quais seriam os três maiores intelectuais de nossa época, os mais influentes. Resultado: em primeiro lugar, o linguista e ativista político Noam Chomsky; em segundo lugar, o romancista e acadêmico italiano Umberto Eco; e em terceiro, o zoólogo britânico Richard Dawkins. Tal seleção é, sem dúvida, absolutamente sintomática. Demonstra com clareza qual a maré ideológica que faz a cabeça da maioria das pessoas ditas “esclarecidas” em nossos dias. Dawkins e Chomsky são ateus engajados em campanhas de proselitismo ateísta, enquanto Eco é ateu, mas não engajado em uma missão antiteísta como seus dois outros colegas.

Ou seja, o avanço do espírito do anticristo está aí, inclusive afetando as novas leis que estão sendo votadas no Ocidente, mas, simultaneamente, a Igreja avança, porque, como seu Fundador garantiu, “as portas do inferno não prevalecerão contra ela".

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