Após oração, Deus revelou o endereço de seus pais

Após oração, Deus revelou o endereço de seus pais

Depois de vários anos de procura, a empresária Maria Valdízia recorreu ao auxílio divino e o milagre aconteceu como pedira

O destino de Maria Valdízia Oliveira Silva estava em risco. Expedito Gomes dos Santos, o pai da criança de 25 dias, estava decidido a mudar-se para São Paulo sem a menina. Ele temia que o esforço da viagem fosse fatal à recém-nascida. A mãe, Antonia Gomes, não via outra alternativa senão apoiar a decisão do marido, se não quisesse testemunhar a morte da filha e ter que sepultá-la junto aos barrancos da estrada empoeirada do sertão nordestino. Era a época de seca, quando até os animais sofrem e acabam morrendo. Finalmente, “seu” Expedito optou em depositar nos braços do casal Antonio Messias de Oliveira e Marta Araujo o seu bem mais precioso e colocar o “pé na estrada”.

“Eu nasci em 13 de dezembro de 1950 e fui entregue aos meus pais adotivos por causa da mudança de cidade empreendida por meu pai. Eu não pude acompanhá-los porque a jornada exigia a travessia do sertão nordestino, e se eu fosse com eles, corria  um sério risco, então meu pai optou por viajar sem mim. Minha mãe, angustiada, não concordava com a decisão, mas ela nada podia fazer em uma época na qual as mulheres eram totalmente submissas aos seus maridos”, explica a irmã Maria Valdízia. 

Durante esse período em que esteve afastada de seus pais biológicos, Maria Valdízia morou no sítio Feliz Deserto, na cidade de Belém, interior de Alagoas, e enfrentou problemas na área emocional pelo fato de ser adotada. O seu irmão adotivo passou a implicar com ela enfatizando que ela não era filha legítima, mas havia sido “abandonada na porta”. Quando completou  14 anos, a jovem se converteu a Cristo, mas esmoreceu na fé, e o resultado da tortura psicológica quase a levou ao suicídio aos 18 anos de idade. “Deus não permitiu que eu fizesse aquilo, porque o Senhor tinha um plano em minha vida e fico maravilhada ao contemplar o Senhor trabalhando na vida do ser humano", conta.

A verdade surgiu quando viajava em companhia de seu irmão para cuidar da cunhada que dera à luz. Eles tiveram que parar em uma fazenda e o proprietário perguntou ao homem se a jovem que o acompanhava era filha legítima ou adotada. “Nesse momento,  meus sonhos acabaram, pois a implicância de meu irmão tinha consistência. Eu segui a viajem toda chorando muito, e meu irmão adotivo intensificou as provocações contra mim. Descobri porque meu irmão, sendo filho legítimo do casal que me adotou, me odiava tanto, revela Maria Valdízia.

Tempos depois, seu irmão se converteu a Cristo, mudou seu comportamento e agora descansa no Senhor.

Mas, o tempo passou, à jovem casou-se aos 2Á anos com Antonio Alécio da Silva e dessa união nasceram cinco filhos. “Até então, nunca havia dito ao meu marido e a meus filhos que eu era adotada”, lembra. Nesse período, o Senhor começou a revelar  informações sobre o “grande segredo”, forma como se referia à sua verdadeira família, desaparecida. Certa ocasião, enquanto lia um trecho do livro de Daniel 2.9, ela percebeu como Deus revelou o conteúdo do sonho de Nabucodonozor para Daniel. “A partir de então, passei a acreditar que Deus poderia me mostrar onde estava minha família, fiquei confiante e orei com o firme propósito de saber onde eles moravam”, lembra Maria Valdízia. Sua esperança aumentava cada vez mais, de modo que passou a dormir com uma folha de papel e caneta debaixo do travesseiro para anotar o endereço de seus país, caso a informação fosse revelada em sonhos.

Mas, o que para muitos poderia parecer um “faz de conta, a confiança depositada por Maria Valdízia no Senhor para descobrir o paradeiro de seus pais, realmente aconteceu. Em sonho, ela foi abordada por um personagem que ordenou a ela que o seguisse e, juntos, embarcaram em um ônibus que os levou a um local identificado da seguinte maneira: “Bem-vindo a Campo Grande, Mato Grosso do Sul'. “Nesse momento, esse personagem me tirava do ônibus e seguíamos voando sobre as montanhas, onde fomos recebidos por uma jovem loira parecida com a minha filha mais velha, Adja, que me recepcionou com as seguintes palavras: “Entre, pois estávamos apenas esperando por vocês”, conta Maria Valdízia, que identificou no sonho aquela que seria a sua mãe, e que estava enferma e deitada em uma cama.

“Acordei, escrevi o endereço e entrei em contato com o extinto programa de televisão “A Porta da Esperança, onde relatei a minha história e pedi ajuda para encontrar meus país. À minha irmã Nazaré, que assistia ao programa, tentou me localizar em Alagoas, mas eu já estava no Estado do Pará. Mesmo assim, ela não desistiu e, quando fez contato comigo, naquele momento, conversei pela primeira vez com alguém de minha família, e ainda tive a chance de falar com meu pai legítimo”, relata.

Três dias depois do telefonema e acompanhada do marido, Maria Valdízia inicia a viagem para Campo Grande. “Quando cheguei ao meu  destino, fui a primeira pessoa a desembarcar do veículo e encontrei 12 irmãos, todos evangélicos, para a glória de Deus! Ao chegar à casa de meus pais, tive uma grande surpresa: a minha mãe esteve doente, mas recuperou-se seis meses antes de minha chegada, em  cumprimento a uma promessa em que não morreria até conhecer 'o fruto que almejava'. Eu aproveitei ao máximo o nosso encontro, mas 45 dias depois ela veio a falecer. Deus é maravilhoso e sabe o que é melhor para nós. Meu pai também morreu. Ele foi pastor na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero”, relara Maria Valdízia.

Atualmente, ela trabalha em sua fábrica de mosquiteiros e atua como professora da Escola Dominical. Apesar de todo o trabalho para localizar seus familiares, infelizmente a empresária perdeu o contato com alguns deles. Desejosa de refazer seus contatos, a empresária aguarda informações através dos telefones: (91) 3711-2649 e 8130-8289, ou pelo endereço Rua Rui  Luiz Almeida, 3073, CEP 687.390. Saudade 1, Castanhal (PA).

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