Cristãos na Nigéria, Coreia Irã, México, EUA e Ucrânia alvos de ataques
A Nigéria continua sendo um dos países mais perigosos do mundo para os cristãos devido ao clima de terror promovido pelos radicais islâmicos, que não somente demonstram intolerância, mas também se insurgem contra a vida dos seguidores de Jesus Cristo no país africano. Segundo fontes locais, nos dias 1 e 2 de junho, os terroristas, conhecidos como pastores fulani, assassinaram pelo menos nove cristãos no estado de Plateau, após o massacre de outras 27 pessoas dias antes. Testemunhas oculares disseram que a tragédia aconteceu no condado de Bokkos, nas comunidades de predominância cristã de Hokk, Pangkap, Fokoldep, Kopmur, Margif, Horop, Mbor, Mushere e Kwahas.
A moradora, Lilian Madaki, informou que os terroristas atacavam
aldeias do Condado de Bokkos dias antes. “Por seis dias, os fulanis continuaram
a atacar nossas comunidades, que são predominantemente vilas cristãs. Entre
algumas das vítimas cristãs que conheço está um adolescente cristão de 14 anos que
foi baleado e ferido e está atualmente sendo tratado em um hospital”. As
cidades cristãs de Mbor, Margif e Mijing foram atacadas pelos radicais, que incendiaram
casas e promoveram a morte de cristãos, de acordo com a moradora Dorcas Ishaya.
A tragédia continuou na noite de segunda-feira, quando os terroristas invadiram
as aldeias cristãs de Hokk, Pangkap e Fokoldep. O massacre foi denunciado no
dia 3 de junho pelo morador Yakubu Kefas, que acionou o alerta ao Christian
Daily International-Morning Star News.
Durante as eleições na Nigéria em 2023, a questão dos cristãos
nigerianos era tão forte que o grupo Líderes Cristãos do Norte do APC emitiu,
no final de 2022, o seguinte comunicado: “Certamente, a chapa com candidatos da
mesma fé do APC visa envergonhar os cristãos e conferir a eles e à sua religião
um status sócio-político de segunda classe dentro do seu próprio país. Em
particular, é uma validação da discriminação e opressão impostas aos cristãos
do norte da Nigéria, onde hoje lhes são negados empregos, promoções, contratos
e admissão em cursos de prestígio e de maior potencial econômico em faculdades
estatais simplesmente por causa da sua religião”. O comunicado acusou o então
candidato e atual presidente Asiwaju Bola Ahmed Tinubu de “não ter nenhum
respeito pelos cristãos e pelo Cristianismo”.
No dia 27 de junho, foram detidos seis norte-americanos na
Ilha de Gwanghwa, Coreia do Sul, após a tentativa de envio de itens - dentre os
quais miniaturas de Bíblias – pelo mar para a Coreia do Norte. As autoridades anunciaram
que os prisioneiros estão sob investigação por alegada “violação da lei de
gestão de segurança e desastres”. Eles tentaram transportar cerca de 1,6 mil
garrafas plásticas contendo arroz, miniaturas de Bíblias, notas de 1 dólar e
pendrives e fazê-las flutuar até o país vizinho. As autoridades sul-coreanas
disseram que a tensão entre as duas Coreias fez com que a prática fosse
proibida entre 2021 e 2023.
Na última semana de junho, os iranianos convertidos ao
Cristianismo Mehdi Rahimi, 49 anos, e Kia Nourinia, 55 anos, foram alvo da
Justiça de seu país e acabaram condenados a 12 anos de prisão cada por um
Tribunal Revolucionário Islâmico. A notícia foi veiculada pela organização
Portas Abertas. A condenação dos dois iranianos foi baseada em acusações de
“promover crenças cristãs desviantes” e “contrabando de mercadorias proibidas”.
As mercadorias mencionadas eram Bíblias, que são consideradas contrabando pelas
autoridades. O Irã é conhecido como o país dos aiatolás por ser governado por
clérigos xiitas, denominados aiatolás, que impõem a sharia - código de lei
religiosa dos muçulmanos. Por esse motivo, a conversão ao Cristianismo é considerada
ilegal naquele país e um crime contra a segurança nacional.
No dia 24 de junho, o culto matinal na CrossPointe Community
Church, em Wayne, Michigan (EUA), foi interrompido por um homem de 31 anos
armado com um fuzil e uma pistola, que passou a atirar do lado de fora do
templo, durante um culto especial de Escola Bíblica de Férias (EBF), onde
estavam cerca de 150 pessoas, a maioria delas crianças. O chefe de polícia Ryan
Strong, em entrevista coletiva, disse que o homem acabou atropelado por uma
caminhonete antes de ser morto por seguranças, e que não havia qualquer conexão
entre o suspeito morto e a igreja.
Na região de Chiapas, no Mexico, a insegurança motivada por grupos
armados levou mais de 100 pessoas a fugirem e outras 109 foram mantidas por
nove dias em uma escola abandonada. À missão Portas Abertas denunciou esses
ataques, que começaram a ocorrer em janeiro de 2024, levando seus missionários
a oferecer ajuda às famílias, com cuidados pós-trauma, comida, aconselhamento
espiritual, cuidados médicos, assistência para mais de 50 crianças e
medicamentos para doenças crônicas.
As igrejas ucranianas sob controle russo também têm enfrentado
perseguições. “Quando os evangélicos mantêm à sua identidade protestante e
ucraniana, suas vidas se tornam muito complicadas. Essa é a parte que devemos
lembrar dos cristãos perseguidos: se eles forem embora, quem levará o Evangelho
adiante? Se eles escolherem apenas o conforto em vez de serem luz no meio da
escuridão, quem vai se levantar?”, conclui Eric Mock, da Slavic Gospel
Association.
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