Tendo havido não pouca contenda entre os primitivos cristãos na novel igreja em Jerusalém por causa do serviço social que envolvia as viúvas na comunidade, foi necessária a escolha a primeira escolha de diáconos de que se tem notícia na história bíblica. A liderança formada pelos apóstolos escolheu sete homens de boa reputação, isto é, cidadãos íntegros e cheios do Espírito Santo para desempenhar tão nobre tarefa no atendimento dos necessitados.
Nesta ocasião, vamos falar sobre a integridade exigida pela liderança
local para à escolha dos diáconos, e que Lucas nos lança aos olhos em seu
relato. Assim nós lemos em Atos 6.1-6: “Ora, naqueles dias, crescendo o número
dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as
suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. E os doze, convocando a multidão
dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e
sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação,
cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este
importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de
fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Pármenas e
Nicolau, prosélito de Antioquia; e os apresentaram ante os apóstolos, e estes,
orando, lhes impuseram as mãos”.
Esses homens escolhidos eram de conduta ilibada. Somente por
meio de Jesus Cristo é que temos uma conduta ilibada, pois somente por Ele é
que conseguimos esse aperfeiçoamento. Quanto mais pertos estamos do Senhor,
mais aperfeiçoados seremos. Quanto mais O conhecemos, mais íntegros seremos e
mais parecidos com Ele também. Cito o exemplo do apóstolo Pedro, que se encontrava
junto aos incrédulos na fogueira enquanto a prisão de Jesus estava sendo
oficializada diante das autoridades judaicas. Naquela ocasião, uma mulher e mais
adiante um homem olharam para ele e o reconheceram como seguidor de Cristo (Lucas
22.55-62). Por que disseram que Pedro era discípulo do Senhor? Porque ele se
parecia com Jesus. À medida que convivemos com Jesus, acabamos por nos parecer
com Ele.
Estou falando no sentido moral e espiritual, e não no
físico. Cito também o exemplo de Zaqueu, o chefe dos cobradores de impostos em
Jericó, que manifestou o desejo de conhecer Jesus ao atravessar as ruas da cidade
se dirigindo a Jerusalém (Lucas 19.1-9). Chamo a atenção do prezado leitor para
a atitude do chefe dos publicanos, que havia subido em uma árvore procurando observar
quem era o Nazareno. O Senhor localizou o homem na árvore, não perdeu tempo e
disse: “Zaqueu, desce depressa, pois me convém pousar em tua casa” (v.5).
Aquele publicano recebeu Jesus naquele exato momento, não deixando para o dia
seguinte! O publicano talvez não tivesse ideia da magnitude daquela chamada de
Cristo em sua vida, mas atendeu a chamada sem hesitar. Preparou um jantar em homenagem
a Jesus e o recebeu com imensa alegria. Ao receber o Filho de Deus, Zaqueu
passou por uma transformação em seu caráter. Disse ele: “Senhor, eis que eu dou
aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o
restituo quadruplicado” (v.8). Naquele memorável dia, o amor ao dinheiro foi
neutralizado pelo poder de Deus. Zaqueu passou a ser uma pessoa Íntegra, capaz de
levar Jesus para a sua casa e suportar as críticas dos vizinhos e demais
moradores de Jericó. O Messias, como sempre, ignorou o comportamento lamentável
dos judeus incrédulos, o que se tornou uma constante em Seu ministério terreno.
Eram religiosos por fora, mas mortos por dentro, sem nenhum referencial de uma vida
de comunhão com o Senhor. Jesus alegrou-se com a conversão de Zaqueu e disse:
“Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o
Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (v.9). A primeira
conversão ali foi a de Zaqueu, depois aconteceu a conversão dos demais membros de
sua família.
Eis à nossa referência, que nos estimula a compartilhar com nossos
semelhantes: temos que levar para dentro de nossos lares uma conduta Íntegra a
fim de darmos o real testemunho de uma vida separada do pecado e íntima com o
Criador.
por José Wellington Costa Junior
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