Jesus estabeleceu para a Igreja algumas prioridades, que fluíram a partir do derramamento do Espírito Santo (Atos 2). Vemos que os primeiros cristãos consideraram à comunhão dos santos (Atos 2.42,46), a adoração ao Senhor (Atos 2.472), a evangelização (Atos 2.47b), a ação social (Atos 2.44,45) e o discipulado dos recém-convertidos (Atos 2.40,41) como prioridades de sua marcha terrestre. Quero destacar a prioridade do discipulado como modelo para o crescimento da Igreja, cumprindo a determinação do Senhor em Mateus 28.19-20.
Por discipulado entenda-se o processo em que o novo
convertido recebe todas as instruções indispensáveis para à sua formação e o
crescimento de sua fé, até que esteja apto a fazer outros discípulos, reproduzindo
assim o modelo do caráter cristão (2 Timóteo 2.2),
Vemos que o crescimento explosivo da Igreja no primeiro
século da Era Cristã se deu por meio do discipulado. Jesus formou o Seu grupo de
discípulos, inicialmente com os doze (Mateus 10.1-4), depois com 70 (Lucas
10.1) e, finalmente, com mais de 500 discípulos (1 Coríntios 15.6), Logo após o
Pentecostes, os discípulos começaram a multiplicar-se, ensinando e batizando aqueles
que iam sendo salvos. Jesus optou pelo discipulado como meio de alcançar todas
as nações (Mateus 28.19-20), pois esse modelo de crescimento supera as
barreiras temporais, isto é, funcionou no passado, funciona hoje e funcionará
até o Arrebatamento da Igreja.
Quando Jesus estava na Terra, muitos quiseram segui-lo, mas
não pagaram o preço do discipulado (Mateus 19.16-24). O chamado de Cristo inclui
renúncia, abnegação e compromisso com o Mestre. Podemos ver a diferença entre
os meros seguidores e os discípulos na Primeira Multiplicação de Pães (João
6.5-13). Jesus fez o milagre, mas deu aos discípulos a incumbência de alimentar
as multidões. Note que os seguidores vivem atrás dos sinais, mas são os
discípulos quem operam sinais (Marcos 16.17-18),
Um dia depois de saciar a multidão, o discurso de Cristo foi
mais veemente e, por conta disto, os seguidores deixaram-no, ficar do com o
Mestre apenas os verdadeiros discípulos (João 6.60-68). Ou seja, o seguidor
está apenas envolvido com Cristo, enquanto o discípulo está totalmente
comprometido com Ele.
A Igreja atual deve investir maciçamente no discipulado, pois
trata-se da formação do caráter de Cristo (Efésios 4.13) nas pessoas que
aceitam Jesus como Salvador, e também do melhor meio para que os crentes se
tornem frutíferos na Obra do Senhor e sadios na fé. A falta de discipulado nas
igrejas produz crentes fracos espiritualmente e descomprometidos com a cruz de
Cristo (Mateus 16,24). Sem falar no grande número de seitas e heresias que
enganam diariamente muitos cristãos sinceros, que desconhecem as doutrinas
cardeais da fé cristã (2 Pedro 3.18). Além disso, uma igreja sem discipulado
estagna seu crescimento e compromete o seu futuro, gerando com isso muitos
desviados, que não permanecem servindo a Deus pela falta de estrutura de fé (Mateus
7.26,27).
Amado irmão que lê este artigo, não se contente em apenas
fazer com que o pecador aceite Jesus como Salvador. Ensine-o a identificar-se
com Cristo desde seus primeiros passos de caminhada de fé por meio de um método
sério de discipulado, Dessa forma, você verá que quando esse crente amadurecer,
será um verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, o Mestre por excelência.
por Sérgio Melfior
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