Somente a inspiração do EspÃrito Santo usando a pena de um exÃmio escritor, como era o apóstolo Paulo de Tarso, criaria uma metáfora tão adequada, tão bela e tão perfeita como esta de sermos nós, os crentes, um corpo: o Corpo de Cristo.
Escreve Paulo aos crentes em Corinto:
“Cristo é como um corpo, o qual tem muitas partes. E todas as
partes, mesmo sendo muitas, formam um só corpo. Assim, também, todos nós, judeus
e não-judeus, escravos e livres, fomos batizados pelo mesmo EspÃrito para
formarmos um só corpo. E a todos nós foi dado de beber do mesmo EspÃrito. Desse
modo não existe divisão no corpo, mas todas as suas partes têm o mesmo interesse
umas pelas outras. Se uma parte do corpo sofre, todas as outras sofrem com ela.
Se uma é elogiada, todas as outras se alegram com ela. Vocês são o corpo de Cristo,
e cada um é uma parte desse corpo”, 1 CorÃntios 12.12-27 (BLH).
É o EspÃrito Santo que nos convence “do pecado, da justiça e
do juÃzo” (João 16.8) e nos batiza, isto é, nos insere, nos mergulha ou nos enxerta
no Corpo de Cristo, quando aceitamos Jesus como Senhor e Salvador, conforme lemos
no texto de Paulo aos cristãos em Corinto. Daà em diante, passamos a fazer parte de
um organismo divino-humano: a Igreja de Deus (1 CorÃntios 1.2) ou “Assembleia de
Deus”, já que o vocábulo grego ekklesia, traduzido nesse texto por igreja,
significa também “assembleia”.
Estaremos nós procedendo realmente como membros desse Corpo?
Sofremos verdadeiramente ao sabermos que algum irmão está
sofrendo?
Que temos feito para diminuir ou suprimir os seus sofrimentos?
Os membros do nosso corpo fazem isso! Observemos dois
exemplos.
Primeiro exemplo: A nossa boca “se enche d’água” só em pensarmos
em uma banda de limão sendo esfregada em nossa lÃngua. Por que isso acontece?
Porque as glândulas salivares são motivadas a produzirem mais saliva, jogando-a
na boca, para diluir o ácido cÃtrico do limão, evitando, assim, a cauterização
das papilas gustativas da nossa lÃngua.
Outro exemplo: Quando ouvimos um estampido, fechamos os olhos,
não é verdade? Este é mais um lindo exemplo da solidariedade que reina entre os
membros do nosso corpo! Uma explosão espalha estilhaços que podem ferir a delicada
membrana transparente do nosso olho, deixando-o cego.
Por isso, antes que pensemos em fechar os olhos, a irmã mais
forte, a pálpebra, voluntariamente recobre com o seu próprio corpo a sua irmã
mais fraca, a córnea, oferecendo-se para ser ferida em seu lugar, evitando, dessa
forma, maior dano para você.
Aproveitando este último exemplo, reflitamos: Estará acontecendo
esse tipo de solidariedade hoje, entre nós, na nossa igreja?
Procuramos defender, ajudar nossos irmãos, mesmo nos sujeitando
a sofrer algum prejuÃzo?
Se isso está acontecendo, aleluia! Estamos vivendo o verdadeiro
Cristianismo! Mas, se procuramos acusá-los ou prejudicá-los, merecemos esta reprimenda do apóstolo
Paulo: “O só existir entre vós demandas já é completa derrota para vós outros. Por
que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano? Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos próprios
irmãos!”, 1 CorÃntios 6.7,8.
Frequentemente, ouvimos o seguinte versÃculo recitado na Igreja:
“Oh quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!”, Salmos 33.1. Realmente,
tal convÃvio é uma bênção para toda a famÃlia, mas o verdadeiramente Cristianismo
é bem mais do que isso. Cristianismo é viver o amor como um sentimento diligente
e em alto grau.
O amor sempre traz o bem, tanto a quem o dá como a quem o
recebe, e se caracteriza mais pelas ações do que pelas emoções.
“Ainda que eu falasse as lÃnguas dos homens e dos anjos, e não
tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse
o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que
tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada
seria. E ainda que distribuÃsse toda a minha fortuna para sustento dos pobres,
e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada
disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor
não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca
os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça,
mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor
nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo lÃnguas, cessarão;
havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado”, 1
CorÃntios 13.1-10.
por Edmar Cunha de Barcellos
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