A correta interpretação do texto bíblico de Gênesis 3.16

A correta interpretação do texto bíblico de Gênesis 3.16


A menção de “e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará” (Gênesis 3.16) pode ser traduzida como segurança masculina à parceira no trato doméstico ao longo do relacionamento?

Vamos inicialmente lembrar que este versículo (Gênesis 3.16) se trata do juízo de Deus sobre a mulher, por sua deliberada liderança na desobediência à Palavra de Deus de que não comessem do fruto que estava no meio do Jardim (Gênesis 2.17). O sábio Salomão disse que “Tudo que Deus faz é bom e eterno” (Eclesiastes 3.11,14). Dentro desse prisma, podemos dizer que a sentença promulgada por Deus ao homem e à mulher foi para o bem e a felicidade de ambos e de toda a humanidade. Pelo fato de a mulher ter sido primariamente quem pecou e induziu seu marido também a pecar (Gênesis 3.4-6), ela recebeu como sentença dois desconfortos: 1) “multiplicarei grandemente a tua conceição; com dor terás filhos”; 2) “E o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará”. A segunda parte deste versículo é traduzida assim pela New Life Translation: “E você desejará controlar seu marido, mas ele governará sobre você”; e a versão da Good News Translationdiz: “Apesar disso, você ainda terá desejo pelo teu marido, mas estará sujeita a ele”.

Na maioria das culturas de povos pagãos, a mulher ficou reduzida à inferioridade e à grande humilhação – e em muitos casos, até os dias atuais. Já entre os judeus sempre houve um respeito e consideração maior do papel exercido pela mulher. O próprio Deus, em uma ocasião, ordenou a Abraão que ouvisse e seguisse a decisão de sua esposa Sara (Gênesis 21.12). Porém, isso jamais levou Sara a desrespeitar a autoridade de seu marido (1 Pedro 3.6). Vemos nisto um perfeito equilíbrio entre estar sujeita à autoridade de seu marido sem anular-se em seu papel original de “adjutora” (Gênesis 2.18).

O sábio Salomão destacou que no caso da mulher virtuosa – aquela que cumpre seu papel de esposa, mãe, edificadora do seu lar e adjutora ao lado do seu marido –, “o seu valor muito excede o de rubis (Provérbios 31.10). A Bíblia está farta de exemplos de mulheres que, mesmo atuando em “segundo plano”, se sentiram seguras e apoiadas por seus maridos para realizar atos grandiosos, como 1) Ester (Ester 4-8), que salvou seu povo do extermínio; 2) Débora (Juízes 4.4-24), profetiza e juíza que liderou a nação de Israel em batalha; 3) Ana (1 Samuel 1), que venceu as circunstâncias mais adversas e deu à luz Samuel, que tornou-se juiz, sacerdote e profeta dos mais eminentes do Antigo Testamento; 4) Priscila, mulher que é mencionada sempre em primeiro plano por Lucas e Paulo, denotando claramente sua liderança (Atos 18.26; Romanos 16.3,4).

O trabalho feito e o respeito adquirido por essas mulheres e uma infinidade de outras ao longo da história é uma evidência clara de que as mulheres, na sua posição estabelecida por Deus de submissas (isto é, “sob a missão”) aos seus maridos, são capazes de protagonizar feitos sobressalentes quer seja no matrimônio, na edificação do lar, na igreja ou na sociedade exercendo uma profissão. Ter um marido como líder e cabeça da casa jamais irá denegrir, prejudicar ou inferiorizar a mulher. Muito ao contrário, ser uma adjutora de seu marido sempre trouxe e sempre trará à mulher segurança e liberdade para a realização de sua missão, que é sublime, insubstituível e dada pelo próprio Deus,

por Sérgio Bastian

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