Morte cerebral revertida por milagre

Morte cerebral revertida por milagre


Profecias e visão antecedem cura de paralisia de Mateus Nóbrega, causada por tétano

Faltando poucos dias para completar 14 anos, o paraibano Mateus Nóbrega Silva aguardava ansiosamente pelos presentes que receberia. Deitado na cama, pois se recuperava de tétano causado por perfuração sofrida havia 15 dias no pé por uma felpa de madeira, ele lembrou a seus irmãos do aniversário que se aproximava, dizendo: “De hoje a oito dias é meu aniversário. Eu vou ver o que é que vocês vão me dar”. Mal sabia ele o que estava por vir. “Na madrugada daquele dia, senti uma dor muito forte, que subia de meu peito para a cabeça. No pé, onde havia acontecido a furada, não sentia mais nada, apesar das três idas ao hospital para limpeza e ter ficado fragmentos nele”, lembra.

Sem querer incomodar os pais Nivaldo e Socorro, o adolescente passou a noite sofrendo. Às vezes, dobrava os joelhos e orava ao Senhor pedindo a Ele para que pelo menos amanhecesse o dia para poder morrer sob os cuidados dos pais. Quando amanheceu o dia, o pai dele se levantou, abriu a porta do quarto e pediu que fosse comprar pães, pois essa era sua missão diária matinal, sempre às 6hs.

“Eu não disse nada ao meu pai. Enquanto ele se organizava para ir trabalhar, fui me arrastando, pegando nas paredes, e abri a porta. Ele não percebeu. Levantei-me sentindo dores muito mais fortes e saí para o meio da rua, a mesma onde minha mãe mora ainda hoje, vizinha à igreja, no bairro Bodocongó, em Campina Grande. Cheguei em frente ao portão do templo e pedi misericórdia a Deus. Em vez de continuar a viagem para a mercearia, terminei voltando, segurando nos portões da igreja, e sentei-me na calçada, ainda com muita dor. Os vizinhos que passavam perguntavam o que estava acontecendo, mas eu dizia que estava tudo bem”, conta Mateus.

Com muito esforço, entrou pelo beco da humilde casa onde moravam, de onde avistou o pai e a mãe no quintal. Quando o pai o viu, correu para pegá-lo antes que caísse. Mateus já não estava mais com os movimentos do corpo. Ficou paralisado, sem andar. Nos braços do pai, foi levado para dentro de casa. Desesperados, os pais o levaram ao Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), pois era o mais próximo. Lá, o médico falou: “Mãe, não podemos fazer nada. A senhora tem que voltar ao hospital onde trataram do pé dele na primeira vez, porque a gente não sabe o que está acontecendo. A coisa é grave, mãe”.

Mateus conta que a mãe dele e o irmão mais velho o pegaram e levaram de ônibus ao Hospital Antônio Targino. Ao chegarem lá, com o irmão carregando-o nos braços, começou o corre-corre dos médicos. Eles não sabiam, mas, após exames, descobriram que o tétano havia atingido o cérebro, os pulmões e vários outros órgãos internos. “Colocaram-me em cima de uma cama. Eu estava sentindo muita dor. Quando a dor vinha, eu não suportava, gritava, chorava mais. Pedia misericórdia a Deus, pois sirvo a Ele desde o berço e era um adolescente crente, sem nunca ter me desviado. Ali eu estava com fé, mas lembrei-me que, na minha infância, ouvia falar muito que quando as pessoas estão bem mal de saúde, prestes a morrer, são levadas sem roupa para um lugar chamado UTI. Quando cheguei ao hospital, tiraram a minha roupa e me colocaram em uma cadeira de rodas. Ao ver-me naquela situação, lembrei-me disso e pensei: ‘Eu estou mal, pois para entrar na sala sem roupa é que estou para morrer’. Naquela hora, disse: ‘Deus, se eu estou nesta condição e vou morrer, seu eu tiver pecado, Jesus, me perdoe, pois quero ir morar no Céu’”, conta.

Cada dia que passava, a mãe de Mateus, irmã Socorro, continuava orando a Deus com um grupo de irmãs. Quando ia ao hospital, perguntava aos médicos como ele estava. Os profissionais respondiam que a situação só piorava, pois o menino estava apenas batendo o coração. A mente já havia paralisado. Certa ocasião, eles informaram que se desligassem os aparelhos, Mateus morreria. Com fé, irmã Socorro respondia: “Deus vai fazer alguma coisa. Deus vai fazer o milagre, doutor”.

“Minha mãe conta que sempre perguntava a mesma coisa. Em uma das vezes, um dos médicos respondeu de forma arrogante: ‘O Mateus não tem mais jeito! Deu gangrena no sangue, tétano e morte cerebral. Nem Deus dá jeito’. Imediatamente, ela respondeu: ‘O Deus que eu sirvo é o Deus que pode fazer milagres’. Bem abalada por aquela fala, minha mãe foi para casa chorando, mas crendo”, conta Mateus.

Quando o menino estava com sete dias na UTI, a mãe dele convidou um grupo de irmãs para orar. Havia 10 pessoas na oração. Na reunião, uma irmã disse: “Irmã Socorro, Deus está me revelando agora, meia noite, que um anjo está indo lá na UTI, abrindo trinco da porta e entrando onde o Mateus está. Irmã Socorro, Deus cura o Mateus hoje!”. Com essa profecia, a oração encerrou debaixo de forte mover espiritual. Irmã Socorro ficou na expectativa de que o dia amanhecesse logo para que ela fosse ao hospital para a visita, pois tinha certeza de que Deus havia curado o filho dela naquele momento. De fato, algo também sobrenatural havia acontecido simultaneamente.

“Pela madrugada, lembro-me que comecei a gritar: ‘Mãe! Mãe! Mãe!’. Vendo aquela cena, os profissionais que trabalhavam na UTI foram até mim admirados e questionando o que havia acontecido. Como podia alguém que estava morto como eu ter voltado à vida? Ninguém sabia explicar. Ninguém entendia o que estava acontecendo naquele momento. Imediatamente, me tiravam da UTI, pois eu estava, segundo eles, perturbando, e me levaram para a enfermaria”, conta Mateus, emocionado.

Amanhecido o dia, irmã Socorro chegou ao hospital para a visita. Como de costume, perguntou ao médico como o filho dela estava. A resposta foi: “Não sei o que aconteceu, mas ontem de madrugada ele começou a gritar pela senhora, sentindo muito a sua falta. Fez muito barulho, fez muita zuada. Já tínhamos dado por certa a morte cerebral deste rapaz. Não sabemos o que aconteceu. Ele agora está na enfermaria, pois já está quase são”. Naquele momento, ela saiu glorificando a Deus e dizendo: “Jesus é bom! Jesus é o Médico dos médicos”. E, apontando para os que ali estavam, dizia: “Olhe, mãe de família, o que Deus fez por meu filho pode fazer por vocês. Meu filho estava morto, mas, através da oração, Deus o ressuscitou. Está aqui o médico para comprovar”.

Ainda com algumas sequelas, Mateus passou um período de mais oito dias na enfermaria. Quando alguém o visitava, inexplicavelmente ele ficava paralisado. Por causa disso, não podia receber visitas.

Mesmo tendo testemunhado o milagre na vida do adolescente, os médicos disseram à mãe dele que se ele saísse do hospital, ou sairia aleijado ou doido. Mas, certo dia, o Senhor usou uma irmã na igreja e disse à irmã Socorro: “O teu filho não vai voltar nem aleijado e nem doido. Vou entregar o teu filho do jeito que nasceu”.

Como foi o Senhor quem falou, mas uma vez, algo sobrenatural aconteceu naquele hospital, como narra Mateus: “Nos últimos dias que passei na enfermaria, lembro-me que, no quinto dia, estávamos meu irmão e eu. Entre meio dia e uma da tarde, minha mãe chamou três irmãs para orar na igreja. Enquanto isso, no hospital, Deus me dava uma visão. Vi ali quando se apresentaram a mim dois anjos e colocaram as mãos sobre a minha vida, sobre meu corpo, sobre meus pés, onde fui furado por aquela madeira. Vi quando saiu de dentro do meu pé aquele toco preto enraizado. Enquanto acontecia, contei para meu irmão, que me disse: ‘Não abra os olhos. Deus está te curando agora’. Passados mais três dias, saí do hospital”.

Sem sequelas, como o Senhor havia falado que ele ficaria, hoje Mateus Nóbrega é evangelista, dirigente da congregação Lírio dos Vales, no bairro São Januário, em Campina Grande (PB), e faz parte do ministério das Assembleias de Deus presidido pelo pastor Dari Ferreira. “Não sabia que o maior presente de aniversário que o Senhor reservara para mim era restaurar minha saúde. Naquela madrugada, depois da meia-noite do dia 27 de janeiro daquele ano, Deus me visitou na UTI. Recentemente, em janeiro, completei 50 anos de idade. Não sou merecedor, mas sou grato. Enquanto eu tiver vida, estou glorificando o nome dEle, pois Ele merece nossa adoração”, finaliza Mateus.

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