“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; porque aquele que quiser salvar a sua vida, perde-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á” (Mateus 16.24,25).
Todas as igrejas têm o mesmo peso de responsabilidade diante
de Deus, dos seus membros e da sociedade, mas a diferença está no valor, na
reverência e temor que cada igreja dá a Cristo, à Sua doutrina e a Seu
evangelho (1 Timóteo 4.16). Sas sete cartas enviadas por Jesus às igrejas da Ásia,
cada uma tinha seu elogio, mas também sua repreensão, em conformidade com o
comportamento. O valor de cada uma estava no seu comportamento (Apocalipse 2.1-3.22).
Como disse o Senhor a Caim: “Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se
não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre
ele deves dominar” (Gênesis 4.7).
Muitos estão à procura de um evangelho barato. Os tais vão
se deparar com um Jesus falso, um evangelho falso, um espírito falso. Tudo isso
é fácil adquirir e viver, pois não necessita renúncia, nem sacrifício de uma
vida fiel e abnegada. Torna-se fácil pertencer a esse “cristo” e a esse “evangelho”,
mas a recompensa será outra (2 Coríntios 11.4-6). Há algo mais precioso, mais
caro do que o ouro: é o serviço da nossa fé em Cristo Jesus. Por mais durável
que seja o ouro, ele perece, mas a fé, não (1 Pedro 1.7,8). Ela ultrapassa o
tempo e recebe-se o dividendo na eternidade.
Em uma de Suas parábolas, Jesus conta que um homem prestou contas
a seu senhor, dizendo “Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros
cinco talentos que granjeei com eles”; e a resposta foi: “Bem está, servo bom e
fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”
(Mateus 25.20,21).
No serviço do evangelho, se exige mais. Disse Paulo a Timóteo:
“Tu pois, sofre as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que
milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o
alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar
legitimamente” (2 Timóteo 2.3‑5).
Paulo afirma que o preço, o sacrifício que se paga pela fé
no serviço a Jesus e ao Seu evangelho, por mais sacrificante que seja aqui na
terra, nunca poderá chegar ao peso de glória que receberemos por recompensa na
eternidade (Romanos 8.18). Jesus assevera que seremos honrados pelo Pai
celestial no Seu reino eterno (João 12.26). Tão grande é a gloria da recompensa
que Paulo não teve palavras para descrever a grandeza do paraíso (2 Coríntios 12.1-4).
Jesus revelou o alto preço que temos que pagar para
pertencer a Ele e ao Seu evangelho: “Assim, pois, qualquer de vós, que não
renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.33). Você está
disposto a pagar este alto preço ou pretende reter alguma porcentagem para o
teu bel-prazer? Ele disse que temos que renunciar a tudo quanto possuímos (Lucas
9.57-62).
Josué, o líder de Israel, que tinha se dedicado com sua
família a servir ao Deus vivo que o vocacionou, deu um ultimato ao povo para
não servirem a outras ideias religiosas (Josué 24.15). Os homens estão
dispostos a servir a tudo e a todos: servir o mundo que passa (Mateus 16.26);
servir suas paixões e vícios carnais que os deixam envergonhados (Romanos 6.12-21);
servir aos homens que são ingratos e não reconhecem esforço (2 Crônicas 12.8);
e servir à cultura (escreveu o sábio Salomão que “o muito estudar é enfado da
carne”, Eclesiastes 12.12); e servir aos demônios (1 Coríntios 10.20,21), recebendo
de Deus a terrível palavra: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno,
preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25.41).
Sobre a forma de alcançar a morada celestial, disse Jesus: “Se
alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e
siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder
a sua vida por amor de mim, achá-la-á” (Mateus 16.24,25).
Mas, por que muitos se esquivam tanto para não servir integralmente
a Deus? Porque servir a Deus custa muito caro! Custa responsabilidade moral e
social; custa todo o nosso amor e dedicação a Ele; custa o amor a Jesus em
detrimento ao amor e apelos dos caprichos familiares; custa o amor a si mesmo,
o preço do sacrifício da nossa própria vida; custa o dever da nossa
contribuição para a manutenção da Igreja de Cristo, nos dízimos e ofertas (Mateus
23.23); custa a coragem de testemunhar a sua fé em Cristo; custa nossa fidelidade
incondicional; custa o sacrifício de estar na Casa de Deus cultuando, adorando
e servindo (Romanos 12.1,2; Hebreus 10.25; Atos 20.24).
Em recompensa, teremos de Deus a vida eterna. “Então Pedro, tomando
a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos: que receberemos?
E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na
regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos
assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. E todo
aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher,
ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará
a vida eterna” (Mateus 19.27-29). No final, Deus recolherá Seus fiéis
servidores em todo o mundo. “E virão do oriente, e do ocidente, e do norte, e
do sul, e assentar-se-ão à mesa no reino de Deus” (Lucas 13.29).
A implantação e a consumação do evangelho custaram o sangue
de Jesus. Isso não pode ser banalizado, ridicularizado, vilipendiado como muitos
fazem e como os falsos líderes religiosos oferecem (2 Coríntios 6.1).
por José Edson Souza Filho
Compartilhe este artigo. Obrigado.
Postar um comentário
Seu comentário é muito importante