Prezado leitor, vamos analisar nesta oportunidade o conteúdo da carta endereçada aos romanos, no capítulo 8 e versículo 18, onde o apóstolo Paulo comenta alguns detalhes de suas experiências enquanto pregador da palavra de Deus e suas inevitáveis consequências, resultantes de sua fidelidade ao Altíssimo. Ninguém manifesta alegria quando o assunto gira em torno de aflições e perseguição. Se alguém está atravessando esse período ou já teve essa experiência - e temos muitos testemunhos de nossos irmãos que já atravessaram provações - sabe que é um assunto que muita gente evita comentar. Nesta oportunidade, vamos analisar esse relevante tema que ainda assombra muitos crentes e, dentro deste contexto, vamos esquadrinhar a missiva de autoria de Paulo e a maneira como ele se identifica nas cartas que escreveu.
Fico imaginando se podemos considerar que o Apóstolo dos gentios
possuía alguns complexos por não ter sido elencado no grupo dos Doze, isto é, o
grupo formado pelos principais homens escolhidos por Jesus. O apóstolo Paulo
dava testemunho de que ele não foi escolhido no Mar da Galileia e que a sua
conversão aconteceu no caminho de Damasco (Atos 9). O mesmo Jesus que escolheu Seus
Doze apóstolos em situações e locais diferentes foi o mesmo Senhor que
converteu o antigo perseguidor quando este se dirigia a Damasco. Todos sabemos
do grupo formado pelos 12 homens chamados por Jesus não somente para auxiliá-lO,
mas para serem treinados em Sua Seara. O Mestre havia escolhido Pedro, Tiago,
João e os demais apóstolos, mas depois também se manifestou ao então Paulo de
Tarso. A expressão que o Senhor utiliza para qualificar Paulo é “vaso
escolhido”, proferida durante o seu diálogo com Ananias (v.15). Essa expressão apresenta
toda a autenticidade de alguém escolhido por Jesus, mesmo sendo perseguidor da Igreja
e uma persona non grata para os cristãos primitivos.
Nas cartas que ele escreve, Paulo se apresenta como servo,
apóstolo e prisioneiro do Senhor. Como servo, o veterano missionário se coloca
a serviço do Senhor Jesus e pronto para servi-lO, se colocando em uma posição
de humildade, até porque não há graduação para “servo”; isto é, não há servo
maior ou menor. Ele se colocava como servo do Senhor e também servo da Igreja,
por servir a ambos. Paulo serve à Igreja sendo perseguido por anunciar a Palavra
de Deus, e sempre orando em favor de seus irmãos. Paulo também se coloca como
apóstolo, de modo que ele assume a autoridade de escolhido de Deus e fundador
de locais de cultos. Ele prega a Palavra e mantém seu compromisso com o Senhor,
disposto a enfrentar qualquer desafio pelo evangelho.
O apóstolo Paulo é autor de 13 cartas, nove das quais
dirigidas a igrejas: uma para a igreja em Roma, duas para Corinto, uma para Galácia,
uma para Éfeso, uma para Filipos, uma para Colossos e duas para Tessalônica;
quatro cartas pessoais, classificadas como “pastorais”, isto é, duas para Timóteo,
uma para Tito e outra para Filemom. Na maioria das cartas, ele defende o seu
apostolado.
Podemos afirmar que Paulo foi o principal dos apóstolos. Não
podemos negar a intensa atividade dos demais servos de Deus que deixaram
registrado na história da Igreja o seu trabalho e seu empenho na obra do Senhor,
mas, dentre todos eles, podemos dizer que o apóstolo Paulo teve um papel destacado
por ter trabalhado mais que todos eles, uma vez que ele não somente ensinava e
pregava, mas também viajava fundando igrejas por onde passava, além de ter sido
um profundo ensinador.
Ao receber Jesus como Salvador pessoal e aceitar o desafio,
o perseguidor passou a ser o perseguido por causa da defesa de sua fé cristã.
Todo aquele que recebe Jesus passa a andar em espírito, isto significa que a
sua conduta deve ser distinta dos demais e não deve estar mais disposto a
agradar a sociedade, mas, sim, ao Senhor e com compromisso firmado com Ele. Prezado
leitor, se você atravessa alguma adversidade, lembre-se que, como Paulo, a sua
esperança deve estar em Jesus Cristo.
Atualmente, nos valemos dos ensinos do apóstolo Paulo no
sentido de manter a solidez doutrinária e afugentar os falsos ensinadores, além
de perpetuar um ambiente salutar para quem procura salvação na pessoa de Jesus.
Louvamos a Deus pela vida de Paulo.
por José Wellington Costa Junior
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