Sociedade Bíblica do Brasil: 200 milhões de Bíblias e NTs impressos
Os dias 5 a 7 de novembro foram especiais para a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), que programou celebrações repletas de gratidão, emoção e reconhecimento pelos 200 milhões de Bíblias e Novos Testamentos impressos pela organização cristã, com sede em Barueri (SP). Foi organizada pela Cãmara Municipal da cidade uma sessão solene para homenagear a SBB durante a abertura das comemorações. Além da homenagem pela histórica conquista, foi destacado o papel essencial na tradução, produção e distribuição da Palavra de Deus em 88 idiomas, alcançando 122 países. Na ocasião, o vereador Reinaldo Campos, representando o presidente da Cãmara, Antônio Furlan Filho, citou o impacto espiritual e social da organização. Para nós, é uma alegria muito grande saber que a Palavra de Deus é produzida aqui em Barueri e o nome da nossa cidade se difunde por muitos países. Mais importante ainda é que, através dessa Palavra, vidas são transformadas”, declarou Campos.
No dia 6 de novembro, compareceram à sede da SBB os representantes
de Sociedades Bíblicas de diversas partes do planeta, os quais, ao longo da
programação, apresentaram um panorama atualizado de suas atividades, reforçando
o objetivo de fazer com que a Bíblia Sagrada alcance o maior número possível de
pessoas. A impressão do exemplar de número 200 milhões foi o ponto alto da programação.
A edição interlinear comemorativa permite ao leitor o acesso ao texto bíblico
nas línguas originais - hebraico, aramaico e grego. Os colaboradores, líderes religiosos
e autoridades, reunidos no Centro de Produção de Bíblias, assistiram ao momento
simbólico. “São 200 milhões de sementes que ajudam a transformar vidas e que se
espalharam pelo mundo em 29 anos, um tempo recorde na história da humanidade”,
comemorou emocionado o diretor-executivo da SBB, reverendo Erní Seibert.
O presidente do Conselho da SBB, pastor Esequias Soares da Silva,
líder da Assembleia de Deus em Jundiaí (SP), ergueu diante dos presentes, em
sinal de vitória, o exemplar da Bíblia comemorativa quando esta saiu da esteira
de impressão. No Rio Grande do Norte, o governo estadual sancionou, no dia 9 de
outubro a Lei Nº 11.935, a utilização da Bíblia Sagrada como recurso didático e
extracurricular aos alunos nas escolas estaduais da rede pública. A nova medida
foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).
De acordo com a governadora Maria de Fátima Bezerra, “a nova
legislação tem como objetivo utilizar a Palavra de Deus como fonte para estudos
culturais, históricos, geográficos e arqueológicos em sala de aula,
aproveitando o valor educativo das Escrituras”. A medida oferece o uso do conteúdo
sagrado com amplitude, sem restrição ao contexto religioso. Os docentes terão acesso
a informações dos povos antigos, contextos históricos e a geografia narrada nas
passagens bíblicas. No sentido de garantir a liberdade de crença, a legislação afirma
que será opcional a participação dos alunos em atividades que utilizem trechos
do livro sagrado, de modo que os estudantes que não se identificarem com a proposta
não serão constrangidos a participar dessas aulas.
Em Rio Branco, capital do Acre, ocorreu o mesmo que no Rio Grande
do Norte: a disponibilidade da Bíblia Sagrada nas bibliotecas no ambiente
escolar municipal e particular. Foi sancionado o Projeto de Lei Ordinária (PLO)
denominado Bíblias nas Escolas” pela Câmara de Vereadores do município no dia 22
de outubro, de autoria do vereador não reeleito Arnaldo Barros. O próximo passo
é a liberação ou veto pelo prefeito Sebastião Bocalom Rodrigues, conhecido como
Tião Bocalom.
A nova medida estabelece que exemplares do livro sagrado estejam
disponíveis para consulta dos alunos como uma fonte de conhecimento histórico,
filosófico, sociológico, cultural e arqueológico. “A utilização da Bíblia como recurso
facultativo, por meio de consulta nas bibliotecas municipais, terá como objetivo
exclusivo o enriquecimento do aprendizado dos alunos, contribuindo para o desenvolvimento
de valores éticos, morais e culturais”, afirma o projeto.
De acordo com a lei aprovada, a utilização da Bíblia é
opcional após a autorização prévia dos responsáveis legais, e determina que o
conteúdo funcione como uma ferramenta educacional, evitando “proselitismo
religioso”. Na sessão em que o projeto foi sancionado, Arnaldo Barros declarou:
“Esse é um momento muito nobre, porque esta casa está aprovando um projeto que
traz oportunidades para que nossos filhos, adolescentes nas salas de aula,
ouçam falar do livro dos livros, que é a Bíblia nas escolas. Cremos que este
projeto vai mudar a história da nação rio-branquense”. O dispositivo é uma
versão alterada de um projeto semelhante, de autoria de Arnaldo Barros,
apresentado em julho de 2024. O Ministério Público do Acre recomendou o veto da
lei à prefeitura caso chegasse à mesa do prefeito, sugerindo ser inconstitucional
por privilegiar uma religião em relação a outras.
Enquanto isso, o Evangelho continua sendo anunciado pela comunidade
cristã no Nepal. A informação veio da organização cristã Global Christian
Relief, que acrescentou que novas tecnologias fazem parte das estratégias concebidas
pelos cristãos nacionais. A perseguição religiosa chegou à população religiosa
nas aldeias rurais, onde muitos decidem corajosamente seguir a Jesus Cristo. Foi
o que aconteceu com Arjun (nome fictício por motivo de segurança), que, após a
sua conversão, acabou rejeitado pelos familiares e pelos conterrâneos hindus.
Atualmente, ele está em plena atividade evangelizando e esperançoso que mais
pessoas sejam alcançadas pela Palavra de Deus. “Fui o primeiro crente na minha família.
Agora, 71 familiares ex-hindus se converteram. Na minha aldeia, não havia um
cristão, muito menos uma única igreja. Agora, há seis”, revela.
Apesar disso, a falta de acesso à Palavra de Deus é um
desafio para os crentes nacionais. “Mesmo se você tiver dinheiro, as Bíblias não
estão disponíveis para compra em todos os lugares”, explicou Arjun. As
lideranças cristãs passaram a utilizar a Bíblia em áudio por meio de um
dispositivo de bolso, movido a energia solar. Os nepaleses que não sabem ler não
desfrutam de eletricidade. As estatísticas indicam que cerca de 23% dos adultos
são analfabetos. “As Escrituras em áudio são uma ferramenta poderosa para eles.
Traz esperança, especialmente em lugares onde as pessoas estão isoladas sem
igrejas. Isso pode ser um amigo para eles. É a Bíblia deles - a Palavra que
eles podem ouvir”, disse o ativista cristão. O Nepal é um país onde não é
permitida a distribuição de Bíblias, com risco de penalidades em caso de
desobediência.
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