A razão chama de impossível a pergunta, mas a clareza das revelações de Ezequiel, quando comparadas aos fatos recentes da política externa israelense, faz parecer verdade a chegada dos periódicos de maior alcance na atualidade às mãos do profeta. Ele anunciou a dispersão do seu povo por muitas nações do mundo e igualmente previu seu retorno, como que recolhido pelas mãos do mesmo Senhor que os espalhou. A profecia, cumprida com o ressurgimento do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948, guarda ainda outros eventos para breve cumprimento. Ezequiel previu que Magogue (Rússia) levantaria contra Israel, unido a uma coalizão de nações, na tentativa de destruir o povo da promessa. Os nomes das nações são textualmente citados no capítulo 38 de seu livro, a saber, a Pérsia, a Etiópia e a Líbia, “todos com escudo e capacete”. Além da Rússia, que na Bíblia recebe o nome do povo que a formou, apenas a Pérsia sofreu mudança de nome. Desde a Antiguidade até o ano de 1935, manteve o nome pelo qual é chamada nas Escrituras. Apenas em 1935 recebeu o nome de Irã e, mais recentemente, de República Islâmica do Irã. A lembrança dessas alterações ajuda-nos a identificar os povos citados na Palavra de Deus e seu papel nos últimos acontecimentos.
A aliança entre Rússia e Irã é antiga e vem sendo
fortalecida através de ajudas mútuas, muito especialmente a que oferece a primeira
nos assuntos de ordem tecnológica, como o desenvolvimento das usinas nucleares iranianas.
O Kremlim tem se declarado pronto para defender o Irã diante de qualquer ataque.
A Rússia é mencionada pela política iraniana como um aliado chave ou aliado de
confiança, ao lado da China, uma espécie de braço-forte coringa das relações
internacionais pela esperança em força econômica que representa.
O apoio russo não se limita ao Irã, mas alcança outros reconhecidos
inimigos de Israel. Abbas, sucessor de Yasser Arafat, apresentado como um líder
moderado, prestou doutorado defendendo tese sobre a negação do Holocausto. Sua titulação
ocorreu na Universidade de Moscou.
A recente decisão do governo de Israel em não mais proibir a
publicação de anúncio sobre um caso de traição e espionagem ocorrido em seu
território afetou os ânimos da população árabe-israelense, uma população que
constitui cerca de 20% do total de habitantes, numa atitude que seria impensável
para a política interna do país, e que não seria defendida pelo serviço secreto
não houvessem provas concretas da traição. Acontece que Omar Sayid é membro do
partido Balad, que possui três representantes no Parlamento Israelense e Amir Makhoul,
o outro preso, é escritor e presidente do Ittijah, união de 80 ONGs da comunidade
árabe em Israel. Ambos são pessoas de projeção e a denúncia de espionagem para o
grupo libanês xiita Hezbollah obteve repercussão mundial. O caso mostra que o
ataque possui duas faces, uma interna e outra externa, a mais visível.
Resta saber de que forma seria possível preparar uma defesa,
ou mesmo um contra-ataque diante de inimigos tão bem articulados? O atual vice-primeiro-ministro
de Israel, Moshe Ya’alon, declarou confiantemente que a tecnologia tem
concedido a seu país fazer um ataque militar ao Irã, caso isso se torne necessário.
A declaração, apesar de fundamentada na reconhecida força militar e
investimento tecnológico, subestima a força e estratégia de uma coalizão de
nações tão poderosas em ódio quanto as citadas por Ezequiel.
O profeta não vê a solução para o conflito através da mediação
da diplomacia, da farta distribuição de “Nobel da Paz” aos envolvidos ou do uso
de um crescente aparelhamento bélico de ataque e defesa. A solução nasce na “mui
grande indignação” do Todo Poderoso diante das nações que se levantarem contra Israel.
Nesse momento, Ele não esconderá mais o Seu rosto e derramará o Seu Espírito e livrará
Seu povo (Ezequiel 39.28,29). Nesse dia, as nações entenderão que o povo do
Altíssimo não prevalece por sua força ou pelo número de seus combatentes, mas
pela mão e pelo nome de Seu Senhor.
Ajuntamento sem propósito ou com propósito calcado na
vaidade humana não produz vitória. A vitória, até mesmo de um pequenino rebanho,
está em confiar em Deus. Repetidamente, a Bíblia nos mostra que não foram as alianças
entre as nações contra Israel que as fizeram prevalecer. Do mesmo modo, também
as alianças que fez Israel com outros povos no intuito de prevalecer mostraram-se
vãs. Somente Deus pode fazer triunfar e Ele sabe o exato momento de intervir.
por Sara Alice Cavalcante
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