“É correto o cristão benzer objetos e adotar a cultura religiosa de ‘água consagrada’ e ‘banho de descarrego‘, como fazem adeptos de outras religiões?”
Não, não é correto. O termo benzer tem origem no hebraico barak e no grego eulogia, que significam ambos “abençoar”, “tornar bem-aventurado”, “falar bem!” ou “bem dizer”. Mas, por que os evangélicos não benzem?
Esse termo – benzer – é a pronúncia latina que equivale àquelas
palavras hebraicas e gregas. Como os católicos defendem que o latim é uma
língua santa, eles evitam traduzir termos latinos, mas mantêm a sua pronúncia
original. Os evangélicos abençoam, o equivalente (etimologicamente falando) a benzer.
Porém, o benzer que os católicos e espíritas praticam não tem nada a ver com a
bênção bíblica. Os padres enchem um aspersório com água, lançam sal na água e
dizem que este sal tem o poder de abençoar aquela água. Chamam-na de água
lustral, que significa água que santifica, e depois lançam essa água sobre defuntos,
carros, casas, etc. Acreditam que essa água os abençoa. A prática de usar uma água
lustral foi adotada no Concílio Católico de Toledo, em 447 d.C., e tinha o propósito
original de substituir o culto ao deus Mitra. Essa divindade tinha muitos adeptos
em Roma e em muitos povos antigos como babilônios e cananeus.
Infelizmente, a estratégia católica de substituir o culto pagão
adotando algumas práticas deste para que o povo se voltasse para o Cristianismo
gerou idolatria e sincretismo. Aquele “chapeuzinho” que os padres usam se chama
Mitra, que é uma referência a essa divindade pagã. Também o líder Mitraísta era
chamado de Papa e tinha sua sede na Colina Vaticano em Roma, e os católicos
adotaram esse termo para o seu líder. A Igreja Católica adotou essa prática e hoje
temos espalhados pelo país “benzedores” de todos os tipos com práticas
antibíblicas.
Infelizmente, algumas igrejas ditas evangélicas seguem esse “topa
tudo por ovelha” e seguem essa doutrina mitraísta/católica, sugerindo aos seus
membros que coloquem um copo d’água ao lado da televisão; ou promovem um banho de
“água santa”. Os católicos adotaram essa prática para conquistar os seguidores
da divindade Mitra, e alguns adotam a prática católica para conquistar os seguidores
católicos, cumprindo-se neles a profecia de Paulo: “E desviarão os ouvidos da verdade,
voltando às fábulas”, 2 Timóteo 4.4.
Alguns católicos se defendem dizendo que as igrejas evangélicas,
por sua vez, ungem os seus membros com óleo, mas a unção com óleo tem
referência no Novo Testamento (Tiago 5.14). Outros querem se defender dizendo que
o sacerdote deveria se limpar com água após um sacrifício (Números 19), mas
hoje não existe mais sacrifício de animais e nem essa purificação que o sacerdote
fazia.
A Igreja de Jesus deve estar atenta, pois nestes últimos dias
verá surgir muitos ensinos estranhos, sem base bíblica. A Igreja de Jesus não
precisa adotar culto pagão para atrair os não crentes. Deve seguir a Bíblia
Sagrada, que nos ensina que a bênção deve partir dos lábios do homem de Deus (Números
6.24-27). A mesma recomendação divina de Israel permanece para nós: “Quando entrares
na terra que o Senhor, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme as
abominações daquelas nações”, Deuteronômio 18.9. O Cristianismo tem a verdade necessária
para conquistar aqueles que o Pai reservou, não devendo usar recursos pagãos.
por Levi Matos Marins
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