Os constantes ataques do maligno para o esfacelamento das famílias

Os constantes ataques do maligno para o esfacelamento das famílias


À luz do que lemos em Êxodo capítulos 8 a 10, podemos entender os ardis do maligno para arruinar a família. No livro de Êxodo, encontramos o relato da escravidão e da libertação de Israel, o povo de Deus, do Egito. Em nosso breve estudo, faraó simboliza Satanás e o Egito simboliza o mundo e seu mundanismo. Isso porque os ardis usados por faraó naquela ocasião são, na prática, os mesmos usados pelo maligno para destruir a família. Portanto, os ardis que vamos abordar são de Satanás, simbolizado aqui em faraó, o inimigo opressor que visava a destruir o povo de Deus a partir da família, como veremos.

Veremos que todas as propostas ardilosas de faraó visavam a destruição da família constituída de seus membros. Vejamos, pois, as propostas astuciosas que Satanás continua a fazer hoje ao povo de Deus, de forma sutil e enganadora.

1) Êxodo 8.8 registra a proposta para o homem adiar o atendimento à voz de Deus. Lemos ali: “Depois eu deixarei ir o povo, para que sacrifique ao Senhor”. Isso ilustra o adiamento do não-crente para entregar-se a Jesus e ser salvo, e o adiamento do crente para atender ao chamado do Senhor para um serviço específico. Lembremos que, em primeiro lugar, Jesus disse: “Vinde a mim”; e em segundo lugar, Ele disse: “Vindo APÓS mim”. O cristão deve atender a esses dois chamados. Em sua família, especificamente, deve ele evangelizar a criança e levá-la a aceitar Jesus como seu Salvador o mais cedo possível, e em seguida acompanhá-la em seu crescimento no Senhor. Não podemos adiar essa responsabilidade.

2) Êxodo 8.25 revela a proposta do crente servir a Deus sem separar-se do mundanismo. Propôs faraó: “Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra”, ou seja, todos juntos aqui, no Egito. É o ardil da mistura da Igreja de Deus com o mundo: um povo misto (Êxodo 12.38; Números 11.4; 1 Coríntios 10.10,11). Jesus disse em João 17.6: “Não são do mundo, como Eu do mundo não sou”.

Notemos o maquiavelismo satânico e enganador, a ideia de que “os fins justificam o meios”: “Sacrificai ao vosso Deus...” – os “fins” aqui estavam certos, mas ele continua – “...nesta terra” – o “meio” aqui estava errado. É uma proposta ardilosa que resultaria na unificação do povo de Deus com os egípcios, como sendo um só povo, o que resultaria na destruição de Israel.

A Igreja de Deus e o mundo ímpio, misturados, como um só povo, é uma proposta que as famílias ainda hoje recebem (2 Crônicas 33.17). O fim estava certo, mas o meio estava errado. Devemos aborrecer a duplicidade (Salmos 119.13). Jesus, em Mateus 6.24, afirma: “Ninguém pode servir a dois senhores”.

“Sacrificai ao vosso Deus nesta terra” é a destruição da Igreja pela mistura, pela miscigenação espiritual. O inimigo não conseguiu arruinar a Igreja com perseguição, prisão, tortura e morte, mas está conseguindo pela mistura, com a conivência de alguns pastores, dirigentes, líderes e demais obreiros.

3) Êxodo 8.28 mostra a proposta de separação parcial do Egito. Disse faraó: “Somente que, indo, não vades longe”. Esse detalhe resultaria no povo hebreu sair do Egito, mas o Egito não sair do povo, ou seja, o Egito não sair do coração e da mente do povo. Como a mulher de Ló, que saiu de Sodoma, mas não tirou Sodoma de dentro dela, do seu coração. O resultado foi a sua perdição (Lucas 17.31).

“Não vades longe” – assim Faraó podia monitorar os movimentos dos israelitas, vigiar seus passos e sua vida. “Não vades longe” é vida cristã superficial, rasa, sem compromisso com Deus, a doutrina bíblica, a Sua Igreja e a santidade.

“Não vades longe” é ser um pouco frio e um pouco crente, como os crentes de Laodicéia (Apocalipse 3.15,16). Lembremo-nos que, em Mateus 13.5,6, a plantinha da parábola “queimou-se e secou-se” não apenas por causa do sol, mas “porque não tinha raiz”.

4) Êxodo 10.11, a proposta de faraó para dividir a família. Disse mais ainda faraó: “Não será assim; andai agora, vós, varões, e servi ao Senhor”. Isso é dividir a família para enfraquecê-la e arruiná-la. As mulheres no Egito e os maridos, no deserto. Interessante que Satanás visa com prioridade a mulher, como ele fez no Éden.

 “Andai agora, vós varões”, isto é, somente os homens. Maridos sem esposas, mulheres sem os maridos, crianças separadas dos pais. Miscigenação: os homens de Israel, no deserto, casariam com mulheres pagãs. Enquanto isso, as mulheres deixadas no Egito casariam com os incrédulos egípcios.

Os pais são os moldadores da personalidade dos filhos pelo seu exemplo, pela escolarização e pela disciplina (bíblica e cristã). A formação da personalidade dos filhos na infância, nos três primeiros anos de vida da criança, é quádrupla: a formação cristã, através da doutrina (Efésios 6.4b); a formação social, através da disciplina (Efésios 6.4a); a formação moral, através do caráter; e a formação intelectual, através da escolarização. A criança é um diamante a ser lapidado. Diz um sábio ditado: “Nunca se ouviu falar de um garimpeiro ter encontrado um diamante lapidado”. É o caso da criança.

5) Êxodo 10.24 revela o erro da proposta para que nossos bens e objetos pessoais sejam postos a serviço de Satanás. Propôs por último faraó: “Ide, servi ao Senhor, somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças”. Isso significa os pais e filhos sem alimentação (espiritual). “Ovelhas e vacas” significavam para Israel leite e carne para as crianças e a família em geral, e água para todos (que era então transportada em odes feitos de peles desses animais). “Sem ovelhas e vacas” significa o crente e a Igreja sem alimentação espiritual sadia, pois ovelhas e vacas eram animais “limpos” cerimonialmente. Com que seus filhos têm se alimentado espiritualmente? Devemos de atentar para muitos dos passatempos e das diversões atuais das crianças, tidos como inofensivos, mas que na realidade são muitas vezes violentos, erógenos, ocultistas e maléficos.

No Evangelho de João, capítulo 14, versículo 30, o Senhor Jesus Cristo afirma que “o príncipe deste mundo, e ele nada tem em mim”. Ver também João 12.31 e 16.11. Não devemos ter nada dele em nós, nada de suas propostas em nossas vidas. Nossa resposta ao maligno deve ser: “Em nome de Jesus, ‘nem uma unha ficará no Egito’ (Êxodo 10.26)”.

por Antonio Gilberto

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