“De repente, a voz me disse: ‘Levanta o teu braço direito’”

“De repente, a voz me disse: ‘Levanta o teu braço direito’”


Impossibilitada de usar o braço direito por causa do acidente, psicóloga Sônia Pires foi curada durante Conferência Pentecostal em Natal

Para a psicóloga Sônia Pires Ramos, membro da Assembleia de Deus, Ministério do Belém, em São Paulo, liderada pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, aquele fatídico 22 de julho de 2009 seria um dia normal de trabalho como tem sido nos últimos 27 anos. Porém, não foi assim. Ela se lembra perfeitamente daquele momento, primeiro porque chovia copiosamente e depois porque o piso de granito do saguão, sem nenhum tipo de proteção aos frequentadores do prédio, levou-a ao chão. A queda fez com que o peso de seu corpo recaísse sobre o braço direito no que resultou em uma fratura no ombro e o rompimento do tendão principal responsável pelos movimentos do seu braço direito. Para uma pessoa que mantinha uma rotina profissional e religiosa intensa, além de trazer o sofrimento físico, o acidente limitou suas atividades por conta das dores extenuantes que sofria.

A partir de então, sua rotina foi alterada por causa do intenso tratamento a que ela se submeteu. Foram vários tratamentos, exames e uma ressonância magnética. Quando os médicos concluíram todo o processo, eles disseram que seu caso exigia uma intervenção cirúrgica, mas sem a promessa de total restabelecimento. “Os médicos disseram que a cirurgia não era garantia de que eu ficaria curada. Na verdade, teria a possibilidade de melhorar o movimento do braço atingido, que ficou bastante limitado. Eu também não podia realizar outros movimentos básicos, como pentear os cabelos e nem levar a mão às costas”, lembra Sônia.

A psicóloga concordou com a cirurgia proposta pelos médicos, mas combinou com eles que faria a cirurgia no final do ano, quando o clima mais quente poderia, de alguma forma, aplacar o dolorido processo de cicatrização. “Eu havia sofrido com dores horríveis e não conseguia dormir. Nos primeiros seis meses, não conseguia ficar deitada. A cirurgia seria em dezembro por ser o mês mais quente e coincidir com as férias no consultório. Também orei ao Senhor e solicitei a ajuda de irmãos. Quando conversei com Deus, disse-lhe o quanto precisava movimentar a minha mão direita. Mas, não reclamei de minha situação e não permitir que a enfermidade servisse como obstáculo em meu desempenho na obra do Senhor. Decidi honrar meus compromissos em nome de Jesus”.

Apesar das circunstâncias adversas, a doutora Sônia deu prosseguimento às suas atividades profissionais e religiosas. O médico a aconselhou evitar movimentos que poderiam agravar ainda mais a lesão. “Obedeci à recomendação médica e comecei a realizar minhas atividades utilizando o braço esquerdo. Nesse período, participei de um trabalho muito lindo com as irmãs, na 3ª edição da Conferência Pentecostal, realizada na cidade de Natal (RN), de 3 a 5 de junho. Foi um encontro em que se comemorava também o Centenário das Assembleias de Deus no Brasil”, conta. Ela estava reunida com outras irmãs no hotel e o tema do encontro foi: “Cem anos de adoração, Deus na vida da mulher”. A psicóloga foi uma das palestrantes, mas, antes de fazer uso da palavra, ela orou ao Senhor para abençoar a reunião e o conteúdo de sua mensagem para suas ouvintes. Sônia falou sobre o perfil da mulher adoradora e o que o Senhor espera de suas filhas. “Como consequência de ser uma mulher adoradora, ela procura ter mais contato com Deus, através da comunhão e aproximação com o Senhor, dessa forma a mente humana não carrega tantas preocupações, mágoas e outros motivos de tristezas do cotidiano. Uma mulher que desfruta da comunhão com o Senhor adora e tem a alegria no Altíssimo”. A mensagem marcou a psicóloga.

Em um dos intervalos, quando as participantes adoravam e oravam a Deus, e o ambiente era saturado pela presença divina, Sônia estava com o braço esquerdo levantado. De repente, ela ouviu uma voz dizendo-lhe o seguinte: “Levanta o teu braço direito”. Ela raciocinou rápido sobre o teor daquela ordem, lembrando que não podia fazer aquilo. Mesmo temerosa, lentamente foi levantando o braço direito e não sentiu mais nenhuma dor. Seus movimentos foram restabelecidos. Não mais sofreu com as terríveis dores que a atormentavam. Já conseguia abrir e fechar a mão sem dificuldades. Apesar da melhora súbita, a psicóloga ainda estava temerosa. Mas, as suas dúvidas seriam logo dissipadas.

De volta do Rio Grande do Norte, Sônia desembarcou no Aeroporto de Guarulhos. Durante a viagem, dois pastores gentilmente se prontificaram a ajudá-la com a sua bagagem. Porém, ato contínuo, ela pegou sua mala com a mão direita. Imediatamente, Sônia percebeu o que fez e a mesma voz que a ordenou que levantasse o braço durante o Congresso em Natal lhe respondeu: “Você queria uma prova de que estava totalmente curada. Eis a resposta”. Sônia se emocionou e alegrou-se no Senhor.

Sônia Pires leciona como professora de Escola Dominical e continua a atender no mesmo consultório no centro da cidade de São Paulo, onde realiza psicodiagnóstico, psicoterapia e ludoterapia, além de colaborar no setor de assistência social da igreja, liderado pela irmã Wanda Freire, esposa do pastor José Wellington Bezerra da Costa. A doutora Sônia também é escritora. Ela é autora do título Entre nós, mulheres, editado pela CPAD, mas está empenhada na elaboração de um novo livro voltado para a família. Consciente de sua responsabilidade como profissional e como cristã, a doutora Sônia se esmera no intuito de cuidar das pessoas que procuram tratamento em seu consultório. “Deus tem me dado oportunidades também de falar de Jesus e cuidar da esfera espiritual dos pacientes, porque não adianta cuidar do lado psicológico e ignorar o espiritual”, enfatiza.

A irmã Wanda Freire, que sempre trouxe palavras de ânimo à irmã Sônia em meio ao seu problema de saúde, agradeceu a Deus pelo restabelecimento de sua cooperadora e amiga. “A irmã Sônia é minha cooperadora no Departamento Feminino no Belenzinho e tem estado sempre ao meu lado. Ela faz parte da diretoria de nossa associação e é muito ativa na obra de Deus. Quando a convidei para ser a preletora do Congresso em Natal, ela não conseguia mover o braço direito, mas cremos que Deus poderia curá-la. Sempre a encorajava com palavras de ânimo. Quando o Senhor a curou, fiquei muito feliz com a bênção recebida por minha irmã”.

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