Ao lermos a Palavra de Deus observamos que o apóstolo Paulo deixou registrado para nosso enlevo espiritual uma relevante mensagem em 1 CorÃntios 1.10: “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer”.
Observo a conduta dos fiéis da Assembleia de Deus. No momento
em que nos reunimos para cultuar o Senhor, não nos incomodamos quem está
sentado ao nosso lado, se a pessoa ao lado é abastada ou humilde. O que importa
realmente é que ela compartilhe o mesmo sentimento. Na maioria das vezes, o
culto é tão abençoado que o poder de Deus que se manifesta na vida de um de
nossos irmãos toca o adorador ao lado, de modo que este acaba por sentir a
graça de Deus, adorando em lÃnguas estranhas, porque o ambiente está permeado
do poder de Deus. Os nossos cultos têm este perfil, portanto não existe
“preferência” por algum preletor ou cantor: o que interessa para nós é ouvir a mensagem
da Palavra de Deus e que esta seja ministrada por quem o Senhor designar. Mas, esse
problema do sectarismo é antigo, tendo sido detectado ainda nos primórdios do
cristianismo.
Temos que lembrar que não é a igreja que vocaciona o pastor
ou lÃder espiritual. Existem situações nas quais existe a necessidade de substituir
o dirigente de algum de nossos setores e o pastor está tão “enraizado” no local
que um determinado grupo não aceita a mudança, mas lembramos que é o Senhor
Jesus quem indica o pastor à igreja. Não existe eleição para pastor. Existe
eleição para diretoria da igreja. O pastor é designado pelo Senhor. Jesus é o
Mestre da Igreja e conhece cada um de nós. A BÃblia oferece diversas passagens
que ratificam esse entendimento: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros
para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”
(Efésios 4.11). Desse modo, temos que colocar em prática todas as funções a
serviço da Igreja do Senhor. Quando desfrutamos da presença de apóstolos,
profetas, evangelistas, pastores e mestres, a igreja experimenta mais solidez, e
por este motivo o pastor não sente ciúmes do evangelista por se expressar bem
ao anunciar a Palavra de Deus e ganhar almas para o Reino do Senhor; e, por sua
vez, o evangelista não sente ciúmes de quem ensina com eficácia; e o doutor fica
à vontade com o profeta que exerce o seu ministério com total liberdade. Mas,
infelizmente, existem casos nos quais um lÃder observa alguém com melhor
desenvoltura no púlpito e sente-se ameaçado. Veja: na Igreja, não há um lugar garantido.
Quem tem lugar garantido é Jesus Cristo. Ele é o Senhor da Igreja. Jesus
instrumentaliza o pastor, o evangelista, o profeta, o mestre, o doutor. É Ele
que fornece todo esse aparato para a Igreja.
Há pessoas que não são “avivalistas”, mas ensinam a Igreja; e
quem anuncia a Palavra de Deus nem sempre é um grande ensinador – embora tenha
absorvido uma grande quantidade de informações teológicas, contudo a sua
vocação é evangelizar. Se todos exercerem a função para qual foram vocacionados,
certamente toda a Igreja será beneficiada.
por José Wellington Costa Junior
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