Após ver a menina usada por Deus, médico disse à mãe: “Sua filha não é deste mundo”
Nascida em 1999 e aparentemente saudável, a menina Ivana Nayara Alves Silva e seus pais atravessaram vários desafios que puseram a fé dos genitores em prova e provocaram a resposta divina como resultado de intenso clamor por sua saúde precária. Hoje, a alagoana de 25 anos é membro da Igreja Assembleia de Deus em Pernambuco (IEADPE), liderada pelo pastor Aílton José Alves, presidente da Convenção das Assembleias de Deus do Estado de Pernambuco (CONADEPE).
Após uma consulta de rotina, veio o diagnóstico de
hidrocefalia aos quatro meses de nascida. As primeiras cirurgias aconteceram nesse
período. “Naquela época, eu cheguei a passar 20 dias com a cabeça ‘aberta’ na
Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), possibilitando o surgimento da meningite
bacteriana, resultando em cegueira, além de eu ter perdido o controle das
pernas”, lembra Ivana.
O tempo passou e aos 3 anos de idade ela já havia sido
submetida a 18 cirurgias com diagnósticos sombrios emitidos pelos médicos. “Se
a sua filha sobreviver, ela vai vegetar em cima de uma cama”, diziam. Nessa
época, sem enxergar e sem poder andar, a menina pedia para que as luzes do
quarto fossem acesas quando o quarto já estava completamente claro. Mesmo assim,
a paciente cantava e orava ao Senhor.
“Era dessa maneira que o Senhor manifestava o seu cuidado e fidelidade,
tanto para meus pais como para os demais acompanhantes de crianças presentes no
hospital. Eu permaneci por três anos na UTI da Santa Casa de Misericórdia de
Maceió (AL)”, lembra a jovem assembleiana.
Os médicos perceberam que o crânio da paciente não parava de
crescer, chegando a um centímetro por dia, levando a menina à sala de cirurgia.
Os genitores, o presbítero Ivano Alves da Silva e Luciana Enedina Alves Silva,
ao contemplarem a filha saindo da sala de cirurgia ainda entubada, ficaram
impactados, com a mãe chegando a procurar um banheiro no hospital para clamar ao
Senhor: “Deus, a menina é tua, se quiser pode levar”. Mesmo as circunstâncias
sendo contrárias, a melhora aconteceu, contrariando o diagnóstico emitido pelos
médicos. E a menina ainda foi instrumento da ação divina no hospital.
“A minha mãe se dirigiu até mim e passou a chorar. Eu retornei
do coma e cantei diante dela. Porém, chegou outra criança com quadro clínico
pior que o meu e, rapidamente, pediram para que minha mãe saísse da UTI. Do
lado de fora, ela começou a ouvir meus gritos. A minha mãe insistiu para que o
segurança a deixasse entrar, sem sucesso”. Repentinamente, o médico que havia
realizado a sua última cirurgia abre a porta e Luciana observou as pessoas chorando
em silêncio. O médico lhe disse: “Mãe, a sua filha não é desse mundo. Aquela
outra criança chegou aqui passando mal, os pais discutindo e a sua filha
começou a chamar por Jesus. Ela pediu que Jesus viesse aqui. Agora a outra menina
está bem e dormindo. Os pais estão ali abraçados chorando e pedindo perdão.
Isso não é normal, sua filha não é deste mundo”. Luciana, com muita calma,
disse ao profissional: “Nós não somos daqui, estamos apenas de passagem.
Glórias a Deus!”.
O tempo passou e já em casa, aos 11 anos, a menina já havia
realizado 22 cirurgias e aos 12 ela recebeu uma mensagem da parte de Deus sobre
a necessidade de passar pelas mãos dos médicos mais uma vez. “Novamente, Deus estaria
comigo. Uma semana depois, comecei a sentir muitas dores de cabeça.
Rapidamente, meus pais me levaram à Santa Casa de Maceió por trabalhar com o
plano de saúde. Após 24h de observação, foi constatado que seria necessário passar
novamente pela cirurgia, pois eu havia crescido e isso afetou a ligação entre
as duas válvulas da Derivação Ventrículo-Peritoneal (DVP)”, lembra a jovem. O
sistema funciona através de um cateter inserido no sistema ventricular cerebral
conectado a uma válvula unidirecional e esta, conectada a outro cateter distal,
segue em direção à cavidade peritoneal, para onde o líquido é drenado.
Os médicos empreenderam uma verdadeira corrida para salvar a
sua vida. Apesar da urgência, três situações aconteceram simultaneamente: 1) o
plano de saúde indeferiu a autorização para a realização da cirurgia; 2) o
médico que realizou todas as cirurgias desde a descoberta da hidrocefalia
insistiu para que a cirurgia fosse feita com urgência; 3) a paciente havia
entrado em coma.
“Nesse momento, houve uma grande mobilização espiritual.
Meus pais ligaram para pastores e dirigentes de Círculo de Oração e pediram que
realizassem um clamor ao nosso Deus. Então, como algo que podemos descrever
como ação divina, eu retornei do coma e orei ao Senhor. Os meu pais lembram que
eu pedi a Deus que abençoasse as mãos dos médicos e da equipe, que tudo fosse
feito para glória do nome dEle e encerrei a oração para que fosse tirado todo e
qualquer impedimento. Depois, entrei em coma novamente”, disse Ivana.
A jovem lembra que seus pais imaginavam ter sido a sua
oração de “despedida”, porém, alguns minutos depois, o médico responsável disse
não saber explicar, mas o plano de saúde havia liberado a cirurgia. Foram três
intervenções no mesmo ano: uma para colocar a válvula, outra para colocar o cateter
(uma vez que não havia como drenar o líquido da cabeça sem o cateter) e outra
para verificar a válvula e o cateter, de modo que ela completou 25 cirurgias.
“Posso dizer que nosso Deus nos surpreende com infinitamente
mais. Tive de volta a minha visão, a mobilidade das pernas e a saúde, considerando
também que, em alguns casos, se faz necessário a utilização de medicamentos por
tempo indeterminado. Meus pais e meu irmão Gunnar Vingren Alves Silva
anunciamos o livramento divino. Hoje, trabalho no Hospital Oswaldo Cruz, em
Recife (PE) como psicóloga”, concluiu Ivana com muita alegria.
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