Ruínas em Jerusalém apontam para construção do rei Uzias

Ruínas em Jerusalém apontam para construção do rei Uzias


A cidade de Jerusalém continua sendo objeto de fascínio por parte dos arqueólogos por conta de sua historicidade e, dentro desse contexto, uma descoberta chamou a atenção em torno de um trecho de muralha no coração original da célebre cidade. Até recentemente, os arqueólogos afirmavam que um trecho da muralha no núcleo original foi erguido nos tempos do rei Ezequias, que governou o Reino de Judá entre os séculos 7 e 8 a.C. O monarca testemunhou a destruição do Reino de Israel (Norte) pelo Império Assírio, em 722 a.C. e que a construção do muro foi necessário como medida de segurança contra os invasores assírios. Contudo, uma pesquisa de quase uma década indicou que a construção descoberta pelos especialistas remonta ao governo do bisavô de Ezequias, o rei Uzias, após uma ocorrência sísmica fazendo conexão a passagem bíblica do profeta Amós 1.1.

 O muro está localizado na Cidade de Davi, o sítio arqueológico que, segundo a Palavra de Deus, foi o local da cidade original de Jerusalém (foto).

“Durante décadas, presumiu-se que este muro foi construído por Ezequias, rei de Judá. Mas agora está ficando claro que isso remonta aos dias do Rei Uzias, conforme sugerido na Bíblia. Até agora, muitos investigadores presumiam que o muro foi construído por Ezequias durante a sua rebelião contra Senaqueribe, rei da Assíria, para defender Jerusalém durante o cerco assírio. É agora evidente que o muro na sua parte oriental, na área da Cidade de Davi, foi construído antes, pouco depois do grande terramoto de Jerusalém, e como parte da construção da cidade”, explicou Joe Uziel, da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA).

As páginas do Segundo livro de Crônicas, no Antigo Testamento, revelam que “Uzias construiu torres em Jerusalém, na Porta da Esquina, na Porta do Vale e na esquina do muro, e as fortificou” (2º Cr 26.9-10). O estudo, que faz parte de um projeto conjunto entre a IAA, a Universidade de Tel Aviv e o Instituto Weizmann de Ciência, descobriu a origem da antiga muralha com o resultado por carbono-14 que indicou a datação histórica.

Foram coletadas amostras de artefatos orgânicos em quatro locais de escavação diferentes no antigo núcleo de Jerusalém: sementes de uva, caroços de tâmaras e até mesmo esqueletos de morcegos. Os materiais foram limpos, convertidos em grafite e depois inseridos em um acelerador de partículas, onde foram submetidos a velocidades de 3 mil quilômetros por segundo para separar o carbono-14 de outros materiais orgânicos. Assim, a medição do carbono revelou a verdadeira idade da amostra.

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