Todo casal, ao iniciar sua vida matrimonial, tem em mente que ficará junto até que um ou outro passe à outra vida. Os cônjuges iniciam essa bela fase da vida com muito vigor e disposição para crescer e alcançar sonhos. Para isso, é extremamente importante saber escolher um cônjuge que seja alavanca, que ajude, que pense e compartilhe dos mesmos propósitos. Logo, a escolha da pessoa que irá permanecer ao nosso lado em todos os momentos de nossa vida é uma das mais importantes que fazemos, se não a mais importante. Todavia, embora essa seja uma escolha crucial para felicidade, muitos acabam escolhendo parceiros de forma precipitada, imatura ou até mesmo por situações forçadas.
Seja qual for a forma que se deu a escolha da pessoa para
compartilhar o resto da vida, muitos cônjuges, ao longo dos anos, infelizmente
acabam optando por encerrar o relacionamento, concluindo que a escolha não foi
a melhor. Como prova disso, o Instituto Brasileiro de Direitos da FamÃlia
aponta um aumento nas taxas de divórcio. A pesquisa EstatÃsticas do Registro
Civil do IBGE também revela que a taxa geral de divórcios por mil pessoas com
20 anos ou mais subiu de 2,15% em 2020 para 2,49% em 2021 (Fonte: Assessoria de
Comunicação do IBDFAM, com informações do G1).
Fica um questionamento diante desses dados: será que todas
as pessoas que optaram pelo divórcio escolheram a pessoa errada mesmo ou na
verdade fizeram escolhas ruins ao longo do casamento? Por que o número de
pessoas se divorciando vem crescendo? Qual seria o maior problema? A revista
Istoé indicou algumas das principais razões: “problemas de comunicação, falta de
amor, falta de intimidade, não estavam prontos para o casamento e traições”
(Istoé, 2022). Sejam esses motivos ou outros, fato é que a maioria dos casais
passa por ciclos no relacionamento, e que é dentro desses ciclos que os
problemas destacados pela revista surgem, com a maioria, infelizmente, fazendo escolhas
erradas quando eles aparecem. Todavia, essas dificuldades podem ser
trabalhadas, evitando o divórcio, pois quando entendemos os ciclos do
casamento, fica mais fácil tratar a origem e alcançar soluções.
Há quatro ciclos no casamento, com a maioria dos casais
passando por pelo menos três, e com o quarto ciclo sendo o momento que define a
estabilidade da relação. O primeiro ciclo é a tolerância. Compreendido como o
estágio inicial do casamento, ele estende-se até o segundo ano da união. Ambos
ainda estão no perÃodo de agradar um ao outro e levarão e a relação não será
fonte de alegria. Permanecem casados, mas insatisfeitos. Por fim, temos a
terceira escolha, que é mudar de ciclo. Poucos casais escolhem sair do terceiro
ciclo para o quarto.
O quarto ciclo é o que podemos chamar de “maturidade”. Não
são todos os casais que chegam a essa fase, mesmo os que estão há 20 ou 30 anos
casados. Não são todos que alcançam o nÃvel de maturidade na relação, porque
não é o tempo que define a maturidade do casal, mas as escolhas que fazem. Há casamentos
de 30 anos que ainda estão no terceiro ciclo, enfrentando os problemas da mesma
forma. Mesmo sem alcançar resultados, permanecem discutindo pelos mesmos
problemas. O quarto ciclo é o momento decisivo na felicidade do casal, pois
ambos já enfrentaram cara a cara as insatisfações e sabem perfeitamente o que
cada um gosta e não gosta. Nessa fase da relação, o casal chega a um nÃvel de
conhecimento quase completo um do outro, ambos sabem as áreas emocionais, psicológicas,
comportamentais, conhecem os hábitos bons e ruins. Diante dessa vivência, o
casal que passa para o quarto ciclo é aquele que entende que precisa mudar a si
mesmo, que precisa enfrentar os problemas de uma forma diferente, é aquele que
passa a aceitar e tolerar as diferenças.
O ciclo da maturidade é identificado pela empatia, pois
ambos se colocam no lugar do outro antes de levantar uma questão problemática ou
iniciar uma discussão. Esse ciclo é identificado pela sabedoria no uso das
palavras, pela busca da felicidade em detrimento do ter razão, pelo
reconhecimento verdadeiro das qualidades do outro acima dos defeitos, pois as
qualidades são postas em maior ênfase. Outro ponto que marca esse momento é a
visão dos próprios defeitos e a busca pela melhoria pessoal para depois buscar
mudança no outro. Os casais que chegam ao ciclo da maturidade dificilmente
optarão pelo não revelam seus defeitos, temperamentos e personalidade. Tanto o esposo
quanto a esposa ainda estão com um nÃvel de tolerância ótimo para lidar com os
comportamentos que começam a surgir. Todavia, com o passar do tempo, essa
tolerância aponta um declÃnio. Após diversas tentativas sem sucesso de
convencer o outro a evitar determinado modo de falar ou certo hábito
inaceitável, o casal passa para o segundo ciclo.
O segundo ciclo é o da intolerância, que vai do terceiro ao
quarto ano. Ambos começam a demonstrar claramente aquilo que não gostam um no
outro. A compreensão começa a cair e a intolerância em relação a alguns hábitos
e atitudes gera estresse. Em alguns casos, o casal apresenta uma fala em tom agressivo.
O pedido por mudanças comportamentais fica mais intenso.
O terceiro ciclo é o das decisões. Esse estágio é o ponto de
maior conflito. A tolerância e a compreensão já acabaram, e ambos começam a questionar
por que determinado comportamento não muda, por que ele ou ela ainda continua
fazendo o que já foi pedido “mil vezes” para mudar. A esse ciclo, que vai dos
cinco aos sete anos da união, muitos atribuem a famosa “crise dos sete anos”,
devido aos esforços nos anos anteriores para mudar um perfil que afeta a
convivência. Nessa fase, muitos decidem pelo divórcio ou, quando não, decidem ficar
juntos, mas em uma relação mediana. Embora não renunciem ao casamento, passam
anos em conflito, reclamando dos comportamentos que não mudam, vivendo infelizes
a maior parte do tempo.
Algo marcante nesse ciclo é o padrão do relacionamento, pois
esse é definido aqui. Basicamente, existem três escolhas que os casais fazem
dentro desse ciclo. A primeira, como já dito, é o divórcio. Muitos escolhem não
seguir mais com o casamento em virtude dos problemas, seja por falta de amor, falta
de carinho, comunicação ruim e outros. No entanto, a separação optada pelo
casal não será a solução para ambos, pois os mesmos problemas serão levados
para o próximo casamento, e será apenas uma questão de tempo até que novamente
cheguem ao terceiro ciclo na nova relação. A segunda escolha é manter o
casamento, mas continuando a insistir na mudança da mesma forma. Continuam com as
mesmas brigas, com as mesmas discussões. Nessa escolha, a probabilidade do
casal se separar depois que os filhos ficarem adultos é muito grande.
Infelizmente, nessa escolha ambos os cônjuges não serão completamente satisfeitos,
o casamento será um peso que levarão e a relação não será fonte de alegria.
Permanecem casados, mas insatisfeitos. Por fim, temos a terceira escolha, que é
mudar de ciclo. Poucos casais escolhem sair do terceiro ciclo para o quarto.
O quarto ciclo é o que podemos chamar de “maturidade”. Não
são todos os casais que chegam a essa fase, mesmo os que estão há 20 ou 30 anos
casados. Não são todos que alcançam o nÃvel de maturidade na relação, porque
não é o tempo que define a maturidade do casal, mas as escolhas que fazem. Há casamentos
de 30 anos que ainda estão no terceiro ciclo, enfrentando os problemas da mesma
forma. Mesmo sem alcançar resultados, permanecem discutindo pelos mesmos
problemas. O quarto ciclo é o momento decisivo na felicidade do casal, pois
ambos já enfrentaram cara a cara as insatisfações e sabem perfeitamente o que
cada um gosta e não gosta. Nessa fase da relação, o casal chega a um nÃvel de
conhecimento quase completo um do outro, ambos sabem as áreas emocionais, psicológicas,
comportamentais, conhecem os hábitos bons e ruins. Diante dessa vivência, o
casal que passa para o quarto ciclo é aquele que entende que precisa mudar a si
mesmo, que precisa enfrentar os problemas de uma forma diferente, é aquele que
passa a aceitar e tolerar as diferenças.
O ciclo da maturidade é identificado pela empatia, pois
ambos se colocam no lugar do outro antes de levantar uma questão problemática ou
iniciar uma discussão. Esse ciclo é identificado pela sabedoria no uso das
palavras, pela busca da felicidade em detrimento do ter razão, pelo
reconhecimento verdadeiro das qualidades do outro acima dos defeitos, pois as
qualidades são postas em maior ênfase. Outro ponto que marca esse momento é a
visão dos próprios defeitos e a busca pela melhoria pessoal para depois buscar
mudança no outro. Os casais que chegam ao ciclo da maturidade dificilmente
optarão pelo divórcio e alcançam o propósito do casamento: a felicidade um do
outro. Basicamente, o ciclo da maturidade é como aquela observação de Albert Einstein:
“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados
diferentes”.
Os casais que se separaram não chegaram ao ciclo da
maturidade. Diante dos problemas, optaram por não seguir. Todavia, os que
avançam e saem do terceiro para o quarto ciclo permanecem casados e felizes.
Referências bibliográficas
BIBLIA DE ESTUDO, MacArthur. Barueri, SP. Sociedade BÃblica
do Brasil. Texto, Almeida Revista e Atualizada, 1988,1993, SBB.
CARNEGIE, Dale, 1888-1955. Como Faze Amigos e Influenciar
Pessoas. 2ª reimpressão – Companhia Editora Nacional, SP 2006. NotÃcial em:
<https://ibdfam.org.br/noticias/10510/Brasil+registra+alta+de+16%2C8+por+cento+no+n%C3%BAmero+de+div%C3%B3rcios+em+2021%2C+revela+IBGE>.
Acesso em 21 jan. 2024
por Auricléssio Lima
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