Deus reverte AVC e trombose venosa

Deus reverte AVC e trombose venosa


Por quadro considerado irreversível, médica chegou a sugerir que paciente doasse órgãos

O dia 29 de setembro de 2023 jamais será esquecido pela família de Letícia Aparecida Cursini Moreira da Rocha, 35 anos. Nesse dia, ela se deslocou às pressas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na cidade de São Carlos (SP), no bairro Santa Felícia, no momento em que estava sendo vítima de um acidente vascular cerebral (AVC).

Letícia identificou logo a necessidade de atendimento médico para saber o que estava acontecendo. “Quando percebi o inchaço em minha mão esquerda, ainda tive condições de me deslocar até a UPA em um veículo pedido por aplicativo de transporte. Fui atendida pelo médico no mesmo dia, às 16h. Ele me fez algumas perguntas, indicou um medicamento na Sala de Observação e me liberou para casa”, recorda Letícia. Chegando à sua casa, ela observou que o seu lado esquerdo estava paralisando, sintoma clássico de quem é vitimado por AVC. Por esta razão, teve que retornar para a UPA às 23h. “Chegando ao local, fui atendida por outro médico que, após me examinar, disse que eu teria que ser atendida na Santa Casa de São Carlos. Ele acrescentou: ‘Abrindo uma vaga de leito, você será transferida para lá, mas terá que ser deslocada com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)’”.

A primeira crise convulsiva no corredor da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos aconteceu após a liberação de leito no dia seguinte, às 5h30. “Fiquei à espera do SAMU, que chegou somente às 10h30, e fui admitida. Após a primeira crise convulsiva, ocorreram mais duas crises com duração menor que um minuto, acompanhadas de confusão mental”, relata. Após as três crises, a paciente perdeu a visão e a consciência. Ela foi conduzida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou internada por três dias, segundo testemunho de seu esposo, Luciano Ferreira da Rocha, e familiares. Os exames indicaram que Letícia foi vítima de uma trombose venosa no seio sagital superior (seio da cabeça; trata-se do mediano e percorre o sulco sagital superior, desde a crista galli até a protuberância occipital interna, terminando na confluência dos seios). Diante desse complexo quadro clínico, os médicos alertaram os familiares de Letícia que somente um milagre salvaria a sua vida.

“Fui transferida para o quarto onde fiquei internada por 11 dias. A hipótese diagnóstica foi infarto cerebral, devido a uma trombose venosa cerebral. Após a alta médica, fui para casa paralisada e sentindo uma terrível ardência em minha cabeça por causa da trombose. Em casa, fui assistida por familiares e amigos, usando cadeira de rodas, cadeira de banho e andador”, lembra.

Após  alguns  dias  “ardendo em febre” em casa, Letícia e sua família receberam a visita de Leandro Marsiglia Treviso, um irmão em Cristo incumbido de levar uma cesta básica. Ele percebeu a situação alarmante e recomendou ao marido de Letícia que chamasse o SAMU para levá-la à Santa Casa. A enferma foi  encaminhada  ao  Hospital  da Universidade Federal de São Carlos e atendida por uma médica cardiologista, que constatou que o seu deslocamento para a unidade hospitalar foi uma indicação divina, uma vez que a veia de sua cabeça estava entupida. Depois, ela foi encaminhada à Santa Casa, onde permaneceu mais quatro dias internada.

“Uma médica neurologista já queria doar os meus órgãos. A profissional chamou o meu marido para ele assinar os documentos para a ressonância magnética e, aproveitando-se da minha situação, ela perguntou se doaria meus órgãos. Eu estava ouvindo, mas com a consciência enevoada, e disse a ela que doaria”, revela.

Entretanto, apesar do sombrio diagnóstico, Letícia e os demais fiéis clamaram ao Senhor em busca de livramento e as orações foram atendidas. Letícia teve alta hospitalar. Os médicos, porém, alertaram a sua família que a paciente voltaria a andar somente após um ano e a falar, entre quatro a seis meses, e que a dor craniana permaneceria cerca de dois meses. O desconforto era resultado da trombose venosa.

Após mais um período de oração, a recuperação foi além do esperado pelos médicos. “Foi uma grande experiência com Deus. Eu tive alta no dia 4 de outubro de 2023. Com um mês, o Senhor Jesus me abençoou com todos os meus movimentos. Após um mês, eu já não sentia mais dores de cabeça e a minha mente já estava normal: eu conhecia as pessoas ao meu redor e falava bem para a glória de Deus”, testifica.

A Assembleia de Deus Ministério do Belém (SP), no bairro Jardim Ipanema, em São Carlos (SP), onde Letícia congrega com a família, intercedeu a Deus em seu favor juntamente com o seu pastor Ademir de Brito, bem como com o pastor Eli Martins de Souza, líder do campo eclesiástico, e fiéis de outras denominações e cidades. “O Senhor, com a sua infinita misericórdia, ouviu o clamor dos seus servos e me concedeu saúde novamente. Hoje eu tenho minha vida normal com meu marido e filha Maria Eduarda Moreira da Rocha, de 11 anos. Eu não tenho nenhuma sequela!”,  jubila.

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