E se todos ajudassem?

Diante da tragédia que sucedeu com nossos irmãos no Rio Grande do Sul, comecei a refletir sobre o dever cristão de ajudarmos uns aos outros. Usando a imaginação, pensei: “Como seriam o mundo, a igreja e as famílias se todos se ajudassem?” Imagine se todos em sua rua, bairro e cidade ajudassem, sendo cidadãos mais conscientes e exemplares no cuidado com as coisas públicas, na limpeza das vias e no zelo com o município. Imagine se cada pessoa jogasse o seu lixo no lixo, se cada indivíduo ajudasse a cuidar das praças e repartições públicas. Imagine se cada aluno ajudasse cumprindo seu papel como aluno.

Imagine se todos em sua igreja ajudassem a zelar do templo, na evangelização do bairro e da cidade, nas contribuições cristãs, no investimento em missões e nos diversos trabalhos da obra de Deus. Imagine cada cristão fazendo sua parte como membro do Corpo de Cristo. Imagine se cada cristão fosse um leitor assíduo da Bíblia e um praticante disciplinado da oração. Imagine se cada cristão frequentasse os cultos e fosse um verdadeiro adorador. Imagine se em sua igreja cada crente cumprisse o seu papel.

Imagine se todos os membros de sua família ajudassem nos afazeres domésticos, na limpeza e manutenção da casa, no pagamento das contas, no apoio mútuo e fraterno, na resolução de conflitos. Imagine se atentássemos à risca em relação ao que está escrito em 1 João 3.17: “Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer o amor de Deus?”. Imagine cada cristão ajudando, nem que fosse com o seu mínimo.

A princípio, tudo isso pode não passar de uma mera expectativa ilusória de uma imaginação fértil do mundo ideal. Contudo, as Escrituras afirmam que é isso que Deus espera de nós. Em 1 Tessalonicenses 5.11, está escrito: “Portanto, animem e ajudem uns aos outros...”. Como membros do Corpo de Cristo, todos nós temos um papel a desempenhar e é fundamental que cada um desempenhe a sua função.

Recentemente, vi um teólogo citar uma pesquisa americana que afirmava que apenas 10% das pessoas que frequentam a igreja estão engajados em fazer alguma coisa. Ora, se a igreja é um corpo, como poderá viver funcionando com apenas 10% de sua capacidade? Um ser humano vivendo nessas condições estaria em estado grave numa UTI. Infelizmente, esse cenário espiritual é real. Na igreja hodierna, temos uma minoria que está “carregando” a maioria. O que era para todos fazerem, apenas alguns estão fazendo. Quando isso ocorre, o fardo se torna muito pesado, porque está sobre os ombros de poucos. Por essa causa, alguns membros do Corpo de Cristo estão sendo sobrecarregados. Quando não ajudamos, desempenhando nossa função, causamos desestabilização do Corpo. Precisamos redescobrir a verdade: somos membros uns dos outros. Não trabalhamos uns para os outros, trabalhamos uns com os outros. Há um velho ditado que diz: “Se não estivermos unindo forças, estamos nos separando”.

É tempo de fazermos nossa parte! O Senhor está nos conclamando a ajudarmos uns aos outros e cumprirmos nosso papel. Ninguém é tão inteligente e forte

quanto nós todos juntos. Não podemos nos esquecer de que a nossa unidade potencializa a nossa capacidade. Que passemos praticar isso de tal modo que, ao invés de o que foi dito aqui ser pensamentos de nossa imaginação, eles passem a se tornar a realidade das nossas vidas.

por Weder Fernando Moreira

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