A Doutrina da Ceia do Senhor

A Doutrina da Ceia do Senhor


O memorial e a questão da presença do Senhor na Ceia

A ordenança da Ceia do Senhor tem recebido interpretações diversas no curso da história do cristianismo. Os católicos, por exemplo, a consideram como sacramento. Os cristãos em geral concordam que Cristo está presente à mesa da comunhão, mas Sua presença é interpretada de modo distinto. A questão gira em torno do sentido em que o corpo e o sangue de Cristo estão presentes nos elementos do pão e do vinho.

Basicamente, quatro posições são defendidas, a saber: (1) o pão e o vinho são o corpo e o sangue de Cristo; (2) o pão e o vinho contêm o corpo e o sangue de Cristo; (3) o pão e o vinho contêm espiritualmente o corpo e o sangue de Cristo; e (4) o pão e o vinho representam o corpo e o sangue de Cristo. Nesse artigo, apresentamos a instituição da Ceia do Senhor e as concepções católica, luterana, calvinista/reformada e zuingliana, e, finalmente, o posicionamento pentecostal.

A instituição da Ceia do Senhor

A Ceia do Senhor foi instituída por ocasião da Páscoa celebrada pelo Senhor Jesus e seus apóstolos. Os sinópticos registraram os preparativos desta que seria a última refeição de Cristo (Mateus 26.17-20; Marcos 14.12-26, Marcos Lucas 22.7-13). Os apóstolos Pedro e João receberam ordens diretas de Cristo para fazerem as arrumações necessárias para a celebração (Lucas 22.8).

A frase lucana “chegou o dia dos ázimos” (Lucas 22.7) refere-se ao 14º dia do mês Nisã, quando o cordeiro pascal era sacrificado e o fermento era retirado das casas (Êxodo 12.68; Levítico 23.5,6). A refeição completa incluía o cordeiro assado, pães asmos, ervas amargas e o vinho (Números 9.11; 1 Coríntios 11.25). A Páscoa era celebrada como memorial da libertação dos hebreus da servidão e dos sofrimentos no Egito.

Na última Páscoa celebrada por Cristo, Ele orientou Pedro e João a seguir um homem que levava um cântaro de água até um cenáculo mobilado e lá prepararem a Páscoa (Lucas 22.10-13). Conforme Arrington (2003, p. 460), esse lugar era fora de Jerusalém, talvez no Monte das Oliveiras ou em Betânia. A narrativa de Lucas detalha que Cristo ansiava por essa celebração e que já entrava o 15º dia (sexta-feira) quando os apóstolos se reuniram à mesa com Ele (Lucas 22.14,15).

Na ocasião, o Senhor disse que não a celebraria novamente “até que ela se cumpra no reino de Deus” (Lucas 22.16). Essas palavras sinalizam que “não haveria mais páscoas no calendário de Deus. A próxima festa será a grande festa do Reino, quando Ele voltar” (WIERSBE, 2016, p. 124).

Na sequência, o Senhor, havendo dado graças, repartiu o pão e distribuiu o cálice. Cristo descreveu o pão como sendo Seu corpo que seria crucificado em favor dos pecadores, e ensinou que Seus discípulos devem participar do rito em memória dEle (Lucas 22.19). De igual modo, descreveu o cálice como a “nova aliança” no sangue dEle derramado em favor de todos (Lucas 22.20). Isso significa que a lei cerimonial da páscoa judaica e seus significados estavam anulados. Nesse sentido, Matthew Henry (2008, vol. 1, p. 709) declara: “Uma libertação muito maior irá eclipsar o brilho daquela, e por isso a Ceia do Senhor foi instituída, para ser um sinal comemorativo, ou um memorial, de um Cristo já vindo, que, ao morrer, nos libertou; e a sua morte, de uma maneira especial, nos é apresentada nesta ordenança”.

Desse modo, ao instituir um novo modelo de ceia, Cristo prenunciava Sua crucificação, Sua ressurreição, a descida do Espírito Santo e a inauguração da Igreja. E, conforme descreve Harper (2009, vol. 6, p. 481), “a páscoa terá sido substituída pela Ceia do Senhor, e o Reino de Deus terá chegado em um sentido novo e glorioso”. Contudo, apesar dos cristãos reconhecerem essas verdades, existem divergências entre eles na interpretação quanto à natureza e aos efeitos da Ceia do Senhor.

Transubstanciação: a interpretação católica

Conforme o dogma católico da transubstanciação, o pão e o vinho literalmente se transformam no corpo e no sangue de Cristo. Isso acontece quando, durante a missa, o sacerdote pronúncia as palavras “Isto é o meu corpo”. Assim, toda vez que a missa é oficiada, o sacrifício de Cristo é repetido. Em virtude disso, na doutrina católica, o pão e o vinho são o verdadeiro corpo e sangue físicos de Cristo. Em consequência, Grudem (1999, p. 838) registra que durante séculos aos leigos não foi permitido que participassem do cálice por temerem “que o sangue de Cristo fosse derramado, reservando-lhes apenas que comessem o pão”.

A posição católica se fundamenta basicamente na interpretação literal que fazem das palavras de Jesus na instituição da Ceia do Senhor: “Isto é o meu corpo” e “Isto é o meu sangue”. No entanto, seus intérpretes ignoram que Jesus falava por meio de metáforas, parábolas e figuras de linguagem (Mateus 13.10-11). Por exemplo, o Senhor também disse “Eu sou o pão” (João 6.41), “Eu sou a porta” (João 10.9), “Eu sou a videira” (João 15.1), e todas essas declarações são metafóricas. De modo semelhante, as palavras de Cristo “Isto é o meu corpo” e “Isto é o meu sangue” devem ser interpretadas de modo simbólico e não literalmente.

Outro aspecto do catolicismo é a insistência em considerar a Ceia do Senhor como sacramento. No sentido etimológico, a palavra “sacramento” sinaliza aquilo que representa algo sagrado ou santo, porém, na teologia católica, o sacramento não é apenas um sinal, mas uma causa da graça. Isso significa que o sacramento no catolicismo “contêm”, “conduz” e “concede” a salvação para quem deles participa. Nessa direção, o Concílio de Trento (1545-1563) definiu que os sacramentos são necessários à salvação (MCGRATH, 2005, p. 584).

Esse posicionamento foi rejeitado durante a Reforma Protestante, ocorrida no século XVI. Os reformadores restauraram o ensino bíblico de que a salvação é concedia “pela graça, por meio da fé” (Efésios 2.8,9). A maior parte dos eruditos da Reforma ratificaram a teologia paulina de que “a circuncisão nada significa” (1 Coríntios 7.19) e, portanto, o sinal exterior não justifica ninguém. Dessa forma, a participação na Ceia do Senhor não pode salvar, sendo apenas testemunho da vontade de Deus para com os fiéis.

Consubstanciação: a interpretação luterana

Na tentativa de contrapor o dogma católico, Lutero ensinou que os elementos não se transformam em carne e sangue. Ao contrário, após a consagração pelo sacerdote, o pão e o vinho permanecem com suas propriedades inalteradas. No entanto, insistiu na interpretação literal das palavras de Jesus. Nesse aspecto, reiterou que o corpo e o sangue de Cristo não devem ser interpretados de forma figurada.

Assim, há uma consubstanciação, com o corpo e o sangue de Cristo estando presentes “em, com e sob” o pão e o vinho. Em outras palavras, o pão e o vinho contêm o corpo e o sangue físicos de Cristo. Conforme Erickson (2015, p. 1.087), nessa interpretação “o pão e o vinho não se tornaram o corpo e o sangue de Cristo, mas nós temos agora o corpo e o sangue acrescentados ao pão e ao vinho”. Isso significa que corpo e sangue coexistem e estão simultaneamente presentes no pão e no vinho.

Esse ensino pode ser visto no Catecismo Menor de Lutero (1967, p. 18), que define a Ceia do Senhor como “o verdadeiro corpo e sangue de nosso Senhor Jesus Cristo para ser comida e bebida, sob o pão e o vinho”. Na Confissão de Augsbugo, a definição é semelhante: “O verdadeiro corpo e sangue de Cristo estão realmente presentes na Ceia de nosso Senhor sob a forma de pão e vinho e são ali distribuídos e recebidos” (LANE, 1999, p. 200-201). E, nas Obras Selecionadas de Lutero (1993, vol. 4, p. 217) está registrado que “o Cristo inteiro está realmente presente na santa Ceia (ou sacramento), inclusive segundo sua humanidade”.

Em contrapartida, Lutero refutou a ideia de que a missa é um sacrifício onde Cristo é crucificado novamente. Também rejeitou o conceito do sacerdotalismo – em que a presença do corpo e do sangue de Cristo é resultado das ações do sacerdote. Nesse ponto, Lutero argumentou que a presença de Cristo nos elementos acontecia por meio de um ato divino. Contudo, segundo Geisler (2010, vol. 2, p. 639), assim como pensavam os católicos, “os luteranos acreditam que esse evento é um sacramento, isto é, um meio da graça pela qual recebemos benefícios verdadeiramente espirituais, isto é, o perdão dos pecados e a confirmação da fé”.

Porém, essa doutrina foi questionada por outros reformadores, tais como, João Calvino e Ulrich Zuínglio. Ambos discordavam da presença física de Cristo nos elementos da Ceia do Senhor, quer seja pela transformação do pão e do vinho em carne e sangue (transubstanciação), quer pela coexistência da carne e do sangue de Cristo nos elementos da Ceia (consubstanciação). Para Calvino, o pão e o vinho contêm espiritualmente o corpo e o sangue de Cristo; e para o reformador Zuínglio, o pão e o vinho representam o corpo e o sangue.

Presença espiritual: a interpretação calvinista

A concepção de João Calvino é que Cristo não está presente nos elementos da Ceia do Senhor de forma física ou corpórea. Em lugar disso, Calvino assegura que a presença de Cristo no pão e no vinho é espiritual ou dinâmica. Segundo Erickson (2015, p. 1.088), nessa interpretação, “embora os elementos signifiquem ou representem o corpo de Cristo, eles fazem mais do que isso. Eles também selam”. Aqui o sentido de “selo” é de garantia ou certeza de que todas as promessas espirituais estão asseguradas aos participantes da celebração da Ceia.

Nesse entendimento, Calvino ensinava “que nossa alma é alimentada pela carne e sangue de Cristo, precisamente como nossa vida física é preservada pelo pão e o vinho” (HODGE, 2001, 1.484). Assim, reitera-se que o conceito calvinista pressupõe que o pão e o vinho contêm espiritualmente o corpo e o sangue de Cristo. Ressalva-se, porém, que os adeptos dessa doutrina asseveram que os benefícios não vêm dos elementos, mas de Cristo.

Contudo, essa ideia de Cristo estar espiritualmente presente nos elementos da ceia do Senhor, advém de duas fontes bem complexas: uma delas veio do desejo de manter a crença tradicional da presença real de Cristo no pão e no vinho e a outra foi uma propensão em espiritualizar a ordenança. Erickson (2015, p. 1.090) assegura que “alguns crentes, tendo experimentado um encontro profundo com Cristo na celebração da Ceia do Senhor, concluíram que Cristo deveria estar nela espiritualmente. A doutrina serviu como uma explicação da experiência”.

Desse modo, a veracidade desse ensino sofre algumas objeções, dentre elas a de que Cristo não somente prometeu estar presente quando estivéssemos reunidos em Seu nome (Mateus 18.20), mas que estaria conosco em todos os lugares (Mateus 28.20; João 14.23). Dessa maneira, Cristo se faz presente na vida dos crentes que celebram a Ceia do Senhor e não no pão ou no cálice. Por isso, Paulo nada menciona a respeito da presença espiritual de Cristo nos elementos da Ceia do Senhor. Ele apenas ensina que “o pão e o cálice anunciam a morte do Senhor, até que venha” (1 Coríntios 11.26). Essa declaração aponta para o rito como comemorativo.

Ceia como memorial: a interpretação de Zuínglio

A concepção memorialista ensina que a Ceia do Senhor é essencialmente uma comemoração da morte de Cristo. Erickson (2015, p. 1.088) destaca que é notório na concepção de Zuínglio “sua forte ênfase no papel do sacramento, ao trazer à memória a morte de Cristo e a sua eficácia em favor do crente”. Portanto, essa posição é conhecida como “memorial”. Hodge (2001, p. 1.483) transcreve o seguinte enunciado dessa doutrina: “Ensinamos que o grande desígnio e fim da Ceia do Senhor, aquilo para o qual todo o serviço se dirige, é a memória do corpo de Cristo dedicado, e de seu sangue derramado para a remissão dos nossos pecados”.

Nesse sentido, a Ceia do Senhor é uma representação da morte de Cristo para rememorar o sacrifício no Calvário. Ao discorrer acerca desse tema. Williams (2011, p. 956) escreve o seguinte: “A Ceia do Senhor é o memorial perpétuo da morte sacrificial de Cristo. Ao contrário da maioria dos memoriais que assinalam vidas destacadas, esse é exclusivamente o memorial de uma morte. O pão partido representa o corpo de Cristo, e o cálice representa o sangue: sua total auto entrega para a redenção do gênero humano. A Ceia do Senhor, portanto, é a afirmação de um fato histórico”.

Nessa perspectiva, a Ceia do Senhor não é a celebração de um evento mitológico, mas é a representação de um evento histórico devidamente comprovado. Ela não recorda apenas o sofrimento, mas também a vitória de Cristo sobre a morte. De acordo com Horton (1997, p. 573) o termo grego anamnêsis, aqui traduzido por “lembrança” ou “memória” (Lucas 22.19,20; 1 Coríntios 11.24,25), significa “transportar uma ação enterrada no passado, de tal maneira que não se percam a sua potência e a vitalidade originais, mas sejam trazidas para o momento presente”.

Com esse entendimento, a Ceia do Senhor é essencialmente um memorial e uma proclamação: “Fazei isto em memória de mim” e “Anunciais a morte do Senhor, até que venha” (1 Coríntios 11.24, 26). O valor dos elementos da Ceia do Senhor (pão e vinho) simbolizam ou representam o corpo e o sangue de Cristo. Horton (1997, p. 576) descreve que na visão memorial “Zuínglio rejeitava qualquer noção da presença física de Cristo à sua mesa. [...] Ensinava, pelo contrário, que Cristo estava espiritualmente presente para os da fé”. Concorde com essa interpretação, Geisler (2010, vol. 2, p. 641) ratifica que “os elementos da Comunhão são tais quais símbolos [...] e a experiência da presença espiritual depende de quem a recebe”.

O posicionamento pentecostal assembleiano

As Assembleias de Deus no Brasil, por meio da sua Declaração de Fé, reconhecem que o rito da Ceia do Senhor é um memorial: “Cremos, professamos e ensinamos que a Ceia do Senhor é o rito da comunhão e ilustra a continuação da vida espiritual. [...] Desde então, a Igreja vem celebrando esse memorial e proclamando a Nova Aliança” (SOARES, 2017, p. 131).

Nessa direção, assevera a teologia pentecostal que essa solenidade é o rito contínuo da Igreja visível como um ato comemorativo da morte de Jesus, um profundo memorial que conduz o cristão a lembrar-se da morte expiatória de Cristo no passado, da presença de Cristo no presente e de Sua vinda no futuro que se aproxima. A respeito disso, Donald Stamps (1995, p. 1.753) apresenta a seguinte descrição:

“(1) Sua importância no passado. (a) É um memorial (gr. anamnêsis; vv. 24-26; Lucas 22.19) da morte de Cristo no Calvário, para redimir os crentes do pecado e da condenação [...] (b) É um ato de ação de graças (gr. Eucharistia) pelas bênçãos e salvação da parte de Deus, provenientes do sacrifício de Jesus Cristo na cruz por nós [...]

“(2) Sua importância no presente. (a) A Ceia do Senhor é um ato de comunhão (gr. koinonia) com Cristo e de participação nos benefícios da sua morte sacrificial e, ao mesmo tempo, comunhão com os demais membros do corpo de Cristo [...] (b) É o reconhecimento e a proclamação da Nova Aliança (gr. kaine diatheke) mediante a qual os crentes reafirmam o senhorio de Cristo e nosso compromisso de fazer a sua vontade [...]

“(3) Sua importância no futuro. (a) A Ceia do Senhor é um ante-gozo do reino futuro de Deus e do banquete messiânico futuro, quando então, todos os crentes estarão presentes com o Senhor [...] (b) Antevê a volta iminente de Cristo para buscar o seu povo [...]”.

Por conseguinte, ratifica-se que o rito de celebração do pão e do vinho é comemorativo. Soares (2017, p. 132) assegura que “tendo Jesus ministrado pessoalmente os dois elementos aos Seus discípulos, fica cabalmente demonstrado que as expressões ‘isto é o meu corpo’ e ‘isto é o meu sangue’ não são literais, mas referem-se a uma linguagem metafórica”. Nesse sentido, a presença do Senhor não está nos elementos, pois eles são os símbolos que representam o Cristo. Esse entendimento é assim descrito na Teologia Sistemática de Bergstén (2014, p. 246).

Sendo assim, é um absurdo ensinar que Jesus, em cada Ceia, é novamente crucificado. Pelo contrário, Ele está assentado à destra do Pai (cf. Colossenses 3.1), mas, pelo Espírito Santo, está presente, pessoalmente, abençoando os comungantes, mas não no pão e no vinho transformados em Cristo real.

Desse modo, na perspectiva pentecostal, a Ceia do Senhor foi instituída como memorial da morte de Jesus até a Sua vinda. E embora, ao participar da celebração, o crente sincero receba fortalecimento espiritual, essa ordenança não transmite qualquer poder místico ou graça salvífica, pois simboliza aquilo que já foi realizado na vida de quem pertence a Cristo.

Nessa compreensão, apesar de Cristo estar presente no culto da Comunhão, não existe nenhum benefício automático ao se participar da Ceia do Senhor. Geisler (2010, p. 641) pondera que a eficácia da Comunhão não depende dos elementos ou do ritual, mas da fé e da receptividade do participante. Significa que aquele que responde com temor e obediência é edificado, e o mesmo não acontece com quem for irreverente e impenitente.

Em consequência, ninguém deve participar sem compreender o significado da Ceia do Senhor (1 Coríntios 11.27,28). Paulo ensina que é alvo de juízo quem participa indignamente (1 Coríntios 11.29). O advérbio “indignamente” indica a “maneira” de celebrar. A ênfase não é tanto no estado espiritual do crente, mas no modo como celebra, porque ninguém é verdadeiramente digno de participar (ARRINGTON, 2003, p. 1007).

Contudo, ensinamos que ninguém deve se aproximar da mesa do Senhor de forma leviana, “tendo em sua vida pecados dos quais estava consciente e não se arrependeu” (RIBAS, 2009, vol. 2, p. 156). Desse modo, reconhecemos que o privilégio de participar da Ceia do Senhor é uma manifestação da graça de Deus, mas não um meio de salvação. Portanto, faz-se necessário o autoexame para participar do pão e do cálice do Senhor de modo digno (1 Coríntios 11.28).

Considerações finais

Em síntese, a Ceia do Senhor é realizada em memória de Cristo, portanto ela deve ser celebrada em obediência e temor. Trata-se de um momento sublime de relacionamento e comunhão entre Cristo e Sua Igreja. Ratifica-se que não se pode negar a presença de Cristo na celebração da Ceia, porém na vida de quem participa com coração sincero, contrito e agradecido, e não nos elementos do pão e do vinho. O que é sagrado não são os elementos, mas o ato da celebração. O efeito da Ceia depende da fé de quem participa e sua resposta a essa ordenança de Cristo.

Referências bibliográficas

ARRINGTON, French L; STRONDAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

ERICKSON, Millard. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 2015.

GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999.

HARPER, A. F. (Ed.). Comentário Bíblico Beacon. Vol. 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do Novo Testamento. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2001.

HORTON, Stanley M. (Ed.). Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

LANE, T. Pensamento cristão: dos primórdios à Idade Média. Vol. 1. São Paulo: Editora Abba Press, 1999.

LUTERO, M. Catecismo menor. Porto Alegre: Concórdia, 1967.

______. Obras selecionadas – Debates e Controvérsias, II. São Leopoldo: Sinodal, 1993.

McGRATH, Alister E. Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica. São Paulo: Shedd Publicações, 2005.

RIBAS, Degmar (Trad.). Comentário do N.T: Aplicação Pessoal. Vol. 1. Rio: CPAD, 2009.

SOARES, Esequias (Ed.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

STAMPS, Donald (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico baseado no livro de Lucas 14-24. Santo André: Geográfica, 2016.

WILLIANS, J. Roodman. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. São Paulo: Editora Vida, 2011.

por Douglas Baptista

Compartilhe este artigo. Obrigado.

Comentário

Seu comentário é muito importante

Postagem Anterior Próxima Postagem