O site de notícias Times of Israel anunciou na última semana de janeiro a descoberta de duas moedas da era bizantina pelo Projeto de Peneiração do Monte do Templo, que tem descoberto relíquias desde 2004. Os arqueólogos disseram que os objetos indicam a presença cristã no local antes da conquista muçulmana de Jerusalém. Os objetos encontrados são feitos de vidro roxo e latão, respectivamente, e pesam 0,6 gramas cada. Os especialistas indicam que provavelmente os objetos eram utilizados como pesos imperiais oficiais cumprindo a lei bizantina do século 6 para estarem nas principais igrejas.
Com o passar do tempo, os especialistas ligados ao projeto
já recuperaram muitos objetos atribuídos à Era Bizantina, incluindo aqueles
ligados aos templos, pisos sofisticados do período, utilizados apenas em
edifícios monumentais, peças de telas da capela-mor, elemento da arquitetura da
igreja primitiva, além de muitas pedras de mosaico.
Os estudiosos indicaram a raridade, a precisão dos artefatos
e a contraditória narrativa histórica que sugeria que o Monte do Templo era um
depósito de lixo naquela época. A segunda hipótese é a destruição de um
edifício bizantino no Monte do Templo pelo Império Persa Sassânida durante o
controle sobre Jerusalém de 614 a 630 d.C.
Já nas Colinas de Judá, no sudoeste de Jerusalém,
arqueólogos descobriram uma antiga moeda de prata que remonta ao período do Primeiro
Templo. De acordo com a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), também foi
encontrado junto com a moeda um peso de shekel de pedra e outros artefatos. Os
itens foram removidos durante a escavação de uma casa. O Dr. Robert Kool, chefe
do Departamento Numismático da Autoridade de Antiguidades de Israel, revelou
que a rara moeda faz parte do grupo de apenas meia dúzia desse tipo encontradas
em Israel e datadas do período persa, há cerca de 2.550 anos. Ele informou que
a moeda foi cunhada no momento em que o uso de moedas havia acabado de começar.
Na mesma região, em 2022, arqueólogos israelenses fizeram descoberta
semelhante. Eles encontraram 44 moedas de ouro escondidas em uma parede na base
de um muro de pedra na reserva natural de Hermon Stream, nas Colinas de Golã.
“A descoberta rara contribui com informações sobre a forma como
o comércio era realizado e o processo pelo qual o comércio global passou de
pagamentos pesando peças de prata para o uso de moedas. O objeto pertence a um grupo
de moedas muito antigas que foram cunhadas fora de Israel, nas regiões da
Grécia antiga, Chipre e Turquia. Entre os séculos 6 e 5 a.C., essas moedas
começaram a aparecer em locais na Terra de Israel”, explicou. A moeda foi
encontrada dividida em duas partes, indicando que o objeto estava sendo
utilizado como peso para o comércio, apesar de ter sido originalmente cunhada como
moeda. O site The Times of Israel publicou que o peso de shekel de pedra, que
pesa 11,07 gramas, sinaliza o nascente comércio organizado na região. Os
diretores da escavação, Michal Mermelstein e Danny Benayoun, informaram que o
objeto teria sido utilizado para pesar metais, especiarias e outras mercadorias
caras. “O sinal no peso era uma abreviação egípcia antiga (hierática) para a
palavra shekel, e o único traço inciso representa um shekel. Isso era
efetivamente um peso padrão na região do Reino de Judá, mostrando que as
mercadorias eram cuidadosamente pesadas nos mercados”, afirmam eles.
Por fim, o diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel,
Eli Escuisido, revelou que as pequenas moedas são uma fonte crucial de
informação em arqueologia. “Por meio de um objeto pequeno como uma moeda, torna-se
possível rastrear os processos de pensamento humano e observar que nossos
hábitos econômicos permaneceram amplamente inalterados por milhares de anos, apenas
a tecnologia mudou. Nesse contexto, é interessante considerar futuras pesquisas
arqueológicas em um mundo que adotou o comércio eletrônico”, concluiu.
Arqueólogos avançam em busca de destroços da Arca de Noé
A conhecida narrativa da embarcação construída pelo
patriarca Noé em Gênesis 6.19 ainda é uma fonte de especulações entre
historiadores e especialistas em engenharia naval, além dos céticos, que colocam
dúvidas quanto à veracidade do Dilúvio bíblico, que destruiu o mundo daquele
período. De acordo com o site de notícias Monet, um grupo de arqueólogos disse
estar perto de comprovar que a formação geológica na Turquia que lembra os
contornos de uma embarcação é a célebre construção descrita nas páginas da
Bíblia Sagrada. As atividades começaram em 2021 e estão em andamento.
Os cientistas envelheceram amostras de rochas e solo que supostamente
contêm ruínas da embarcação, e o resultado colocou a região no mesmo período em
que aconteceu o desastre, há 5 mil anos. A análise inicial determinou que as
amostras continham materiais argilosos, marinhos e frutos do mar. Além da
Monet, outros noticiosos como Daily Mail, UNILAD e The New York Post também
compartilharam a notícia. A suposta formação geológica que seria a Arca está
localizada no distrito de Doğubayazıt, em Ağrı, e tem sido considerada como
sendo a provável Arca desde a sua descoberta, em 1956. Os especialistas
envolvidos nas pesquisas pertencem à Universidade Técnica de Istambul (ITU), à
Universidade Andrews (EUA) e à Universidade Ağrı İbrahim Çeçen (AİÇÜ), e
coletam amostras do local há cerca de um ano. “De acordo com as primeiras descobertas
obtidas nos estudos, houve atividades humanas na região desde o período
Calcolítico entre os anos 5500 a.C. e 3000 AC. Sabe-se que o Dilúvio do profeta
Noé ocorreu há cinco mil anos. Em termos de datação, afirma-se que também
existia vida nesta região. Isso foi revelado nos resultados de laboratório. Não
é possível afirmar que o navio está aqui com a datação. Precisamos trabalhar
muito para revelar isso”, disse o professor Faruk Kaya, Vice-Reitor da AİÇÜ. O
relato bíblico informa que Deus ordenou a Noé que construísse uma embarcação
que teria a capacidade de abrigar a sua família e dois animais de cada espécie.
A construção seria necessária, uma vez que o mundo conhecido seria destruído
pelo dilúvio perpetrado pelo Criador. O cataclismo foi castigo divino pela corrupção
dos seres humanos. O Dilúvio atingiu todo o planeta com duração de 150 dias,
submergindo as maiores montanhas da Terra.
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