O obreiro e sua família

O obreiro e sua família


A importância do casamento para o ministério, o papel do obreiro no lar, o obreiro como marido e pai, e a relação da família com a igreja

A família foi estabelecida por Deus como a unidade básica da sociedade. Ela é a entidade mais elevada do homem, tendo sido instituída por Deus, com o propósito de trazer felicidade ao homem, à mulher e aos fifilhos. Sem a família, a sociedade se desfaria automaticamente. Talvez seja por isso que Satanás, de forma sistemática e constante, tem atacado a família, tentando desfazer os alicerces éticos, morais e espirituais sobre os quais ela está firmada. Seu intento é destruí-la.

O obreiro e o casamento

Um dos pré-requisitos para o exercício do ministério é o casamento. Na Primeira Carta de Paulo a Timóteo, no capítulo 3, o apóstolo apresenta as características necessárias para que o ministro seja considerado apto e digno para exercer o episcopado. Dentre as exigências está a necessidade de ele ser casado: "Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar" (1 Timóteo 3.1,2).

Outra exigência formal do apóstolo é que o obreiro cuide bem da sua casa: “Que governe bem a sua própria casa, tendo seus ­filhos em sujeição, com toda a modéstia. Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?” (1 Timóteo 3.4,5).

O cuidado com a família é a coisa mais importante depois da nossa relação com Deus (1 Timóteo 5.8). É no lar onde se desenvolvem os relacionamentos mais marcantes de toda nossa vida. Cabe ao homem estruturar a sua casa.

O ministério não isenta o pastor dos seus deveres como esposo e pai. Como tal, ele deve agir da melhor maneira possível, sendo um exemplo para o rebanho. Se o obreiro estiver ocupado demais com a igreja ao ponto de ignorar a necessidade de dar atenção para a sua família, perderá o autocontrole, prejudicando toda a estrutura do lar. Juntamente com a sua esposa, ele deve instruir e ensinar os fi­filhos a amar e a obedecer a Deus e a guardar os ensinamentos das Sagradas Escrituras. O obreiro precisa ser um exemplo para o rebanho nesse aspecto.

O obreiro e o seu papel no lar

Toda família necessita de um dirigente. Foi atribuída ao marido a responsabilidade de ser o cabeça da esposa e da família. Sua chefi­a deve ser exercida com amor, mansidão e consideração pela esposa e filhos, incluindo a provisão para as necessidades espirituais e domésticas do lar, bem como o amor, a proteção, a segurança pelo bem-estar de todos, da mesma maneira que Cristo cuida da Igreja. Lealdade e fi­delidade são necessárias na vivência conjugal.

O pastor é uma pessoa com grande visibilidade e goza de bastante prestígio por parte dos membros. Em contrapartida, sua posição o faz sofrer enorme pressão. Ele cuida das famílias em crise, enfrenta os desafi­os fi­nanceiros, lida com as dificuldades do exercício da liderança e ainda precisa alimentar espiritualmente o rebanho, o que exige dele uma preparação, forçando-o a orar mais, estudar a Bíblia e preparar os seus sermões. Como se isso não bastasse, alguns membros acham que o pastor é dotado de infalibilidade, nunca erra, nunca se cansa e nunca deve tirar férias. É por causa disso que muitos obreiros se dedicam tanto às atividades da igreja que se esquecem de cuidar da sua própria casa.

A liderança no lar

Administrar a sua vida, as suas emoções, e atender a todos na igreja não é tarefa fácil para nenhum pastor. Isto tem levado muitos a negligenciarem as suas famílias. O resultado disto é desastroso e tem culminado no desgaste de muitos casamentos, quando não no rompimento. Consequentemente, isso tem afetado os fi­filhos, levando-os a abandonarem a fé e perderem a identidade cristã. Ironicamente, o guerreiro vencedor do púlpito é muitas vezes um derrotado em casa.

A liderança de um homem determina a qualidade de vida da sua família. Quando o obreiro se dedica à igreja e deixa a família de lado, ele perde a sua liderança e deixa de ser um referencial para a esposa e os ­filhos. A família se torna vulnerável às investidas satânicas.

O papel do marido (obreiro)

O homem recebeu a responsabilidade de administrar a sua casa. De acordo com a Bíblia, ele é o cabeça do lar (Efésios 5.23,24). Ser cabeça não signifi­ca ser superior, mas ter maior responsabilidade. Como cabeça, ele é pai, sacerdote da família, protetor, instrutor, guia e provedor (Gênesis 3.19; 1 Coríntios 11.3). Deus exige do homem maior responsabilidade, atribuindo-lhe o dever de cuidar do bem-estar espiritual, mental e físico de sua família (Efésios 6.4; 5.28-31,33; 1 Timóteo 5.8; 1 Pedro 3.7). O apóstolo Paulo indaga: “Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da Igreja de Deus?” (1 Timóteo 3.5).

A família pastoral

A família pastoral sofre o julgamento da igreja. Esta exige a perfeição e o empenho da esposa e filhos, desconsiderando que eles são seres como qualquer um outro, com seus limites e imperfeições, sujeitos aos mais diversos conflitos.

Infelizmente, os relacionamentos conturbados entre a família pastoral e a igreja são comuns. Questões relacionadas à participação da esposa do obreiro nas atividades da igreja ou ao comportamento dos filhos, como devem ou não se portar, geram muitas vezes dissabores tanto para a igreja como para a família pastoral.

Observamos exemplos bíblicos da cobrança do povo em relação aos fi­filhos no caso de alguns homens de Deus, como Samuel. A Bíblia mostra que os filhos do profeta “não andaram pelos caminhos dele, antes se inclinaram à avareza, e aceitaram suborno, e perverteram o direito” (1 Samuel 8.1-6). Isso fez com que o povo os rejeitassem como juízes e solicitassem a Samuel um rei. Veja que o profeta Samuel era um homem íntegro, mas seus ­filhos não seguiram seu exemplo.

Como agir em meio aos conflitos entre a igreja e os membros da família pastoral – principalmente aqueles que envolvem os ­filhos? Não existe uma fórmula mágica que pode ser aplicada, mas há, com certeza, alguns aspectos que, se considerados, podem minimizar o problema.

As visões distorcidas têm causado danos à família pastoral, por se tratar de idealizações sobre a pessoa do pastor e sua família que fogem da realidade. Analisaremos a seguir o papel da esposa e dos fi­filhos do pastor e o que este pode fazer para atenuar os efeitos das cobranças que eles vivenciam.

A esposa do pastor

Quando um obreiro assume uma igreja, ele leva consigo toda a sua família junto com ele. O ministério causa visibilidade na família pastoral e nas ações das pessoas que compõem esta família.

A esposa do pastor está entre as pessoas mais importantes da sua igreja. Ela é examinada e avaliada quase tanto quanto o próprio pastor. Talvez até mais. Expectativas são criadas e alimentadas quanto ao seu papel na igreja. Se ela é atuante e tem visibilidade, é tolhida; mas, se não estiver na linha de frente dos trabalhos, é vista como uma esposa inefi­caz.

Mas, qual é o verdadeiro papel da esposa do pastor? O papel da esposa do obreiro é o mesmo de qualquer outra esposa cristã: servir a Deus e cuidar da sua casa, do seu lar, e apoiar o marido nas coisas que ele faz. Não há mandato bíblico para a esposa do pastor ser uma “copastora”.

Há esposas que se sentem vocacionadas para atividades de liderança na igreja, mas há outras que não se sentem confortáveis em cargos de liderança. Algumas servem ao lado dos maridos totalmente engajadas na obra pública e visível do ministério, mas há aquelas que não se destacam publicamente, no entanto apoiam os seus maridos em oração, na criação dos ­filhos e cumprem o seu papel como esposas no lar.

O grande problema está quando as cobranças partem do próprio marido (obreiro), exigindo que a esposa se envolva mais nas atividades da igreja, talvez por se sentir desconfortável com as críticas que escuta em relação à sua esposa.

Para um pastor, é melhor ter uma esposa em casa que esteja ao seu lado e cumpra o seu papel, mesmo sem ser atuante na igreja, do que aquela que é atuante e deixa a desejar em casa.

A mulher tem um grande poder de influenciar o homem, tanto positivamente quanto negativamente, podendo o erguer ou empurrá-lo para baixo. Há um provérbio português que diz: “Por trás de um grande homem há uma grande mulher”. Um homem que possui uma esposa que esteja nos bastidores, a acarinhá-lo, amá-lo, alimentá-lo, escutá-lo, valorizá-lo, com certeza se tornará mais bem sucedido naquilo que faz.

Muitos pastores têm sofrido no exercício do seu ministério, justamente por não ter um casamento bem ajustado. Não seria hora de o obreiro fazer uma avalição sobre a maneira como tem tratado a sua esposa? Algumas esposas fazem tudo pelo ministério do marido, e ainda precisam dar conta das atividades do lar e da criação dos ­filhos, mas as suas necessidades pessoais e emocionais não são supridas. Isso as leva a um estado de insatisfação, frustração e exaustão, gerando um desgaste na relação.

Cabe ao pastor e líder olhar para a sua esposa e valorizá-la. Ele precisa entender que ela não é um apêndice seu. Ela tem a sua própria personalidade, pensamentos e sentimentos, e deve ser amada e respeitada.

Talvez ela não possua o chamado que ele espera. Algumas esposas consideram um chamado pastoral do marido como um chamado conjunto para os dois. Porém, outras não pensam assim.

O obreiro deve dar mais atenção para a sua esposa. Uma queixa frequente das esposas de pastores tem sido o tempo de dedicação deles para a família e exclusivamente para elas. Algumas vivem como viúvas de maridos vivos. Como esposas, elas compartilham os maridos com toda igreja. Eles fi­cam 24 horas disponíveis para a igreja todos os dias da semana, não sobrando tempo para elas e os fi­filhos. O líder precisa priorizar a sua família e promover momentos especiais, como jantares em família, viagens, lazer, férias etc. Também é necessário momentos as sós com a esposa. O ideal é que ele tire um dia de folga por semana e dedique este dia exclusivamente para ela. Os resultados dessa atitude serão extraordinários.

Os filhos do pastor

Assim como as esposas dos pastores, os ­filhos também sofrem pressão da igreja. Cria-se a expectativa de perfeição. Muitos esperam que o fi­lho do pastor seja um pastorzinho; no entanto, alguns seguirão por caminhos opostos.

Os pastores são censurados por causa dos seus ­filhos. Todas as crianças podem brincar, bagunçar, errar, exceto os ­filhos dos pastores. Alguns pastores se tornam intolerantes com os ­filhos por não saber lidar com as críticas recebidas.

Os líderes precisam orientar seus ­filhos e criá-los, educando-os no temor do Senhor. O ensino deve ser aplicado com paciência e amor. O lar é a primeira escola responsável pela formação do ser humano e a construção de sua cidadania. A família é uma espécie de laboratório da vida onde se desenvolvem as mais variadas experiências que poderão ajudar ou difi­cultar a relação do indivíduo com o mundo. A falta de uma educação adequada compromete o desenvolvimento pleno do ser humano.

O obreiro precisa ter consciência de que a educação dos seus ­filhos é uma responsabilidade sua e isso exige tempo e dedicação. A ausência do pai faz uma grande diferença no resultado final. Inconscientemente, muitos pais estão terceirizando a educação dos seus ­filhos. Eles estão sendo ensinados e doutrinados pelos influencers e youtubers que plantam sementes do mal levando os ­filhos à descrença em Deus e na sua Palavra. Os resultados no futuro serão drásticos.

A maneira mais eficaz de ensinar valores aos ­filhos é usando a Palavra de Deus como recurso. A Bíblia deve ser usada como um manual pleno de instrução e formação de valores. O apóstolo Paulo afirma: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda a boa obra” (1 Timóteo 3.16,17).

Outra forma de ensino é o exemplo de vida dos pais. Os ­filhos tendem a imitar as realizações e qualidades dos pais, por isso prover um modelo consistente é importante na educação dos ­filhos.

O obreiro precisa estabelecer limites para os ­filhos. Por limites não se quer dizer apenas tolher os ­filhos, enchê-los de proibições, repreendê-los na frente das pessoas para justificar perante os outros a sua autoridade, mas é ensinar aos filhos o que é certo e o que é errado, o que é bom e o que é ruim, o que convém e o que não convém, e o que deve e não deve ser feito. Ele deve esclarecer sobre como se comportar na igreja. O estabelecimento de limites ajuda no aprendizado das regras que regerão as relações pessoais e afetivas dos ­filhos.

O obreiro deve ouvir e sempre que possível considerar as opiniões que seus filhos expressam, além de deixá-los participar da vida familiar, encorajando-os e levando-os a realizar tarefas que os ensinem a ser responsáveis, valorizando aquilo que eles fazem, ainda que não tenham tido um resultado satisfatório. É preciso respeitar um ao outro, saber ouvir, saber compartilhar, sabe rir juntos, saber sonhar juntos, saber pedir perdão e perdoar quando necessário, para que haja harmonia no lar.

Os cuidados necessários que o obreiro deve ter com a sua família

Quando Deus instituiu a família, visou dar ao homem a oportunidade de ele desfrutar do prazer e da felicidade ao lado da sua esposa e dos ­filhos. A família é o maior tesouro que o homem pode ter, é o seu bem maior.

O cuidado com a família precisa ser a nossa prioridade máxima e deve estar acima de qualquer coisa. A ordem de valores que devemos usar é: Deus em primeiro lugar, a família em segundo e depois as demais coisas.

O obreiro deve dar o seu melhor para edificar a sua família. Não há sucesso sobre os escombros da família. De nada vale o dinheiro, uma carreira bem-sucedida ou um ministério “brilhante”, se o líder perder a sua família.

Vejamos alguns cuidados básicos que o obreiro deve ter em relação à sua família que podem fazer a diferença.

Deixar Cristo ser Senhor absoluto do lar

Um lar bem estruturado glorifica a Deus. Mas, para que se tenha um lar feliz e bem estruturado, é necessário que Cristo seja o Senhor absoluto desse lar. Quando Cristo é o Senhor da nossa casa, ele ocupa o primeiro lugar em tudo. Nada é mais importante do que Ele (Marcos 12.30). Se Cristo é o Senhor das nossas vidas, não dividimos ele com nada deste mundo.

Manter a Palavra de Deus como regra de fé e prática

Uma das grandes necessidades do cristão na atualidade é manter as Escrituras como base da autoridade e estudá-la sistematicamente para compreender os desígnios de Deus. É nas Escrituras que encontramos as respostas que precisamos para obter uma vida cristã sadia. A Palavra de Deus precisa ser usada como regra de fé e prática. O obreiro deve estimular os ­filhos a lerem a Bíblia, levando-os a conhecer a Cristo, o plano da salvação e a prática dos ensinos bíblicos.

Não aceitar o padrão de normalidade estabelecido pela sociedade

Devemos estabelecer sempre a Palavra de Deus como o único meio de orientação seguro para as nossas vidas e não deixarmos que a mídia exerça controle sobre nós, nem sobre o nosso lar. O obreiro precisa levar os ­filhos a saberem diferenciar entre o comum e o normal. É preciso mostrar que nem tudo o que é comum é normal, que o padrão de normalidade estabelecido pela sociedade não serve para um cristão. Como ­filhos de Deus, não devemos aceitar o padrão estabelecido pela mídia. Nós fomos chamados por Deus para fazermos a diferença (Ml 3.18).

Ensinar valores morais e espirituais aos filhos

O obreiro precisa ter consciência da responsabilidade que possui no desenvolvimento dos valores morais e espirituais dos ­filhos. O problema é: como fazer isso de forma adequada? A maneira mais eficaz de ensinar valores aos ­filhos é usando a Palavra de Deus como recurso. A Bíblia deve ser usada como um manual pleno de instrução e formação de valores.

O apóstolo Paulo a­rma: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda a boa obra” (1 Timóteo 3.16,17).

Realizar sempre o culto doméstico

O culto doméstico é um excelente caminho para a estabilidade do lar. Quando a Palavra de Deus é ensinada, Cristo assume a supremacia no lar e a família alcança as bênçãos espirituais. O culto doméstico ainda é a alternativa mais viável para a formação dos valores morais e espirituais. Deus, através da Sua Palavra, encoraja-nos a usar a correção de forma adequada, ensinando nossos ­filhos a ­m de que seu comportamento infantil não se torne seriamente antissocial e destrutivo. De acordo com o livro de Provérbios, se ensinarmos aos nossos ­filhos os caminhos do Senhor nos caminhos do Senhor, mesmo quando eles envelhecerem, não se desviarão (Provérbios 22.6).

Muitos obreiros não realizam o culto doméstico. Acreditam que a presença dos filhos na igreja, enquanto eles ensinam, seja o suficiente. Mas a experiência com a família na realização do culto em casa é algo sublime e os efeitos são extraordinários. Na igreja, o pastor está ensinando a todos, mas em casa ele é exclusivo para a família.

Dedicar tempo para a família

A “falta de tempo” e do diálogo familiar talvez seja um dos problemas mais frequentes nos lares cristãos, que tem causado um grande estrago em muitas famílias, inclusive nas famílias pastorais. Os maiores vilões desse problema têm sido a ausência dos pais, quer seja pelo trabalho ou as atividades da igreja, e o tempo gasto na frente da TV e do celular. O cuidado com a família é o que há de mais importante depois da nossa relação com Deus (1 Timóteo 5:8). Já vimos que há obreiros que se dedicam tanto às atividades da igreja que se esquecem de cuidar da sua própria casa. Levar os ­filhos à igreja não é o suficiente, mesmo quando o pai é o pastor. Os valores devem ser ensinados e praticados dentro de casa.

Ser um exemplo em casa

A falta de uma educação adequada compromete o desenvolvimento pleno do ser humano. A forma de ensino mais eficaz é o exemplo de vida dos pais. Os ­filhos tendem a imitar as realizações e qualidades dos pais, por isso provar um modelo consistente é importante na educação dos ­filhos.

por Jamiel de Oliveira Lopes

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